segunda-feira, outubro 16, 2006

Falta tempo, mas não histórias pra contar...

Olá meus queridos, deu pra perceber que não tem sobrado tempo para eu postar no meu blog né. Pois é, juntou a chegada da minha mãe e nossos primos Ludia e Jurandir com a semana da mudança pro novo apartamento, aí virou uma correria. De qualquer forma, tenho guardado na minha memória os melhores momentos e vou contá-los agora. Vou tentar ser meio breve porque ta fazendo um frio danado aqui. Acabei de ver no termômetro na rua: 7 graus centígrados.


Eles chegaram na terça, mesmo dia que eu fui na imobiliária assinar a papelada e buscar as chaves do apê. Tudo que o tiozão tem de simpático e extrovertido a secretária dele tem de tímida e desinformada. Eu tinha ido à imobiliária as 4 da tarde. Até aquela hora o pessoal não tinha dado sinal algum de que tinha chegado. É claro, pela lei de Murphy, eles tentariam falar comigo qdo eu estava ocupado. E não deu outra, me ligaram qdo eu estava no metro e ainda foram na Microsoft atrás de mim enquanto eu estava na imobiliária, a recepcionista me chamou pelo sistema de som até cansar. Liguei então no hotel deles e combinei de encontrá-los mais tarde. E foi o que aconteceu. É sempre bom estar com pessoas queridas, com a mãe da gente então nem se fala. Eles estavam bem cansados graças a viagem cansativa. Mesmo assim toparam de irmos ver o meu novo apto.

(Visão lateral do meu prédio; logo postarei fotos de dentro do apê)

Ensinei a eles +/- como andar no metro e fomos nós. Chega no meu prédio, nenhuma chave abre a porta da frente. Por sorte alguém abriu pra gente. Chega no apto, nada de abrir a porta. Putz, só podia ser brincadeira. Mas aí o Jurandir conseguiu abri-la qdo eu já tinha desistido. Acontece que ela funciona no sentido contrário, fazer o que. No outro dia fui descobrir que tem jeitinho para abrir todas as portas, o tio me disse: “you have to play a little bit with the keys”. Então ta né. Ainda a noite os levei para jantar no restaurante mediterrâneo e já os instiguei a passar óleo de peroba na cara e encarar os americanos falando inglês.
(Ludia, Jurandir e minha mãe, de metro, me ajudando na mudança)

No dia seguinte, fomos almoçar num restaurante mexicano e meu colega Francisco da MS foi conosco. Aí virou uma torre de babel: inglês, espanhol e português misturados hehe. Mas foi bacana. A não ser pelo fato de a Ludia e Jurandir não terem curtido muito o prato apimentado, mas foi bom pra experimentar pelo menos. Dali em diante o Francisco vem todo dia querendo aprender português hehe. Trabalhei a tarde e nos reencontramos a noitinha. Quando estávamos indo pro meu apto, uma japonesa mais velha começou a passar mal do nosso lado. Quase desmaiou. Acudimos ela e tentamos ajudar. Mas eles não falavam nada com ela, ou melhor, falavam português como se ela entendesse: senta, baixa a cabeça, respira fundo hehe. Aí eu tive que intervir e tentar ver o que ela tinha, se precisava de ajuda etc. Acabamos levando ela pra dentro do shopping e emprestei meu celular pra ligar pra irmã dela vir busca-la. Nesse meio tempo fiquei falando com ela enquanto eles procuravam no dicionário palavras que tem a ver com doença. Leram leram aquele dicionário mas não falaram um A. Daí a japonesa ficou se explicando, pedindo desculpa e tal. Ela tem diabete e fica sem comer no almoço porque não da tempo. Aí eu falei pra ela que não podia fazer isso, que tinha que comer antes de ficar mal, etc etc. E acabamos indo embora quando ela melhorou.

Fomos a Cleveland Park ver se as tais chaves agora funcionavam e também visitar uma cama usada pra comprar. Vi a cama, usada mas em boas condições e barata, mas não tinha como transporta-la, mesmo estando a 3 quadras apenas do apto. Tentamos com meio mundo: no posto, no mercado, com táxi etc. e nada de ninguém pra ter uma camionete pra levar (é muito pesado pra levar na mão). Desistimos e fomos testar as chaves. Dessa vez, playing a little bit deu tudo certo. Fomos então jantar num barzinho bacana ali por perto. Cada um comeu uma coisa e tomamos cada um uma cerveja diferente. Batemos papo e, quase no final, uma garçonete, que na verdade era gerente do bar, veio falar com a gente: vcs são brasileiros!!! Aí pronto, sentou e ficou conversando com a gente. Ela era gaúcha. E já sabe né, quando brasileiros se encontram no exterior da o que falar, ainda mais depois de umas cervejas hehe. Aliás, depois das cervejas, o Jurandir e a Ludia e minha mãe já tavam todos felizes porque tavam entendendo quase tudo que o pessoal falava em inglês. O que só vem confirmar minha teoria: beba e se transforme imediatamente em poliglota.

Na quinta resolvemos ir ao shopping lá em Wheaton pra comprar tudo que fosse possível e necessário pra minha nova casa. Fomos depois do almoço e só voltamos as 11 da noite. Andamos um monte lá e compramos um monte de coisas também. Desde um colchão de ar, passando por panelas e pratos até material de limpeza. E é claro duas malas gigantes: uma pra minha mãe e outra pra Ludia. Foram a salvação, pois botamos todas as compras lá dentro e então foi possível carregar tudo. Foi cansativo e cômico, já que era uma cena engraçada a gente arrastando aquelas malas, sacolas e vassoura. Coisa de louco, aventuras incríveis hehe. Mas ainda bem que eles estavam aqui, senão eu tava ferrado pra montar meu apê.
(Chegando em Cleveland Park Station de mala e "cuia" no sábado)

Sexta tirei o dia pra trabalhar. Pedi pra marcar uma reunião com meu chefe e ele me mandou falar com a Linette pra ver a agenda dele. No final das contas ficou marcada uma reunião por telefone pra semana que vem já no horário da noite. Quase não é ocupado o colega. Embora tenha trabalhado o dia todo, ainda almocei com minha mãe e os primos. A tarde eles foram pro apto dar uma limpada geral pois sábado eu mudo em definitivo. Fui pra lá só a noitinha quando terminei minhas coisas. Cheguei lá e já tava ficando mais com cara de casa. As coisas mais limpas e organizadas. Apesar disso, ainda ta vazio, pois não tenho móveis, a não ser minha cama de ar que eu enchi com uma bombinha e ficou uma beleza.


Nesse tempo que deixei eles sozinhos, eles tem se virado bem e tentado entender o inglês. É cada história que parece piada. Mas aí precisa que eles contem outra hora. Sei que depois da limpeza fomos num restaurante italiano meio chique. Chega lá, pedimos um vinho e de cara me pediram ID. Daí a Ludia pediu uma sopa, minha mãe um tipo fundue, e eu e Jurandir pedimos almôndegas (meatballs). Tomamos o vinho, comemos uns paezinhos que estavam na mesa e quando chegaram os pratos, putz, foi um ataque de riso generalizado e indisfarçável. Vcs não acreditam, mas veio um pratinho quadrado com 3, isso, 3 almondegas minúsculas e um molhinho mixuruca por cima. Quase morremos de tanto rir daquilo, pois era ridículo. Pode ser chique, mas é ridículo. Aí eu pedi mais pão né, afinal, aqueles projetos de almôndega não iam matar nossa fome. Mas foi engraçado d+, e caro também.

Sábado foi o dia da minha mudança definitiva para o apto. É claro que aproveitei muito bem o último café da manhã do hotel. Perto do almoço, fomos então para Cleveland Park, eu, de mala e cuia. Passamos metade da tarde esperando alguma lavadora de roupa ficar livre e lavando meus lençóis e edredom. Ainda bem que em 45 minutos tava tudo pronto, inclusive tudo seco. Quer dizer, algumas partes das coisas ficaram úmidas. Daí improvisamos um varal no meio da minha sala com o fio da TV a cabo e deixamos pra secar. Quem passa pela garagem e via aquele varal devia pensar, nossa, faz uns 20 anos que eu não vejo ninguém usar esse método para secar roupas, de onde será que esse povo veio?

(Visita à Basílica da Nossa Senhora da Imaculada Conceição, padroeira americana)

Quase à tardinha, pegamos o busão e fomos para o hospital buscar o resto das minhas mucutas. Antes, paramos na Basílica da Imaculada Conceição, a padroeira dos EUA. A igreja é muito bonita e gigante. Ela fica perto do hospital. Eu passava todo dia na sua frente, mas somente desta vez fui visitá-la. E ainda chegamos no meio da missa. Já no hospital, mostrei meu local de trabalho para eles, pegamos minhas coisas e fomos de volta pra casa de ônibus. Fazia um frio daqueles! Em CP (Cleveland Park), fomos jantar umas pizzas na lanchonete da brasileira e depois cada um pegou seu rumo.

(No hospital, finalmente uma foto minha no Washington Hospital Center)

Fui pro meu apê, era minha 1ª noite num canto só meu. Tratei de desfazer minhas malas e guardar todas as roupas. Finalmente depois de 5 meses, meu guarda-roupa deixava de ser minhas malas para ser um closet. Depois de algumas horas arrumando tudo, era hora de dormir e estrear meu colchão de ar. Simplesmente deitei e dormi. Entretanto, lá pelo meio da madrugada eu acordei com frio: sentia tudo gelado por baixo de mim, culpa do colchão de ar é claro. Coloquei uma roupa mais quente e não adiantou. Coloquei uma coberta por baixo, mas continuava gelado. Já não sabia mais o que fazer quando fui fuçar no termostato (super antigo) pra ver se o tal ar condicionado esquentava o ambiente. Então descobri, mesmo no escuro, um botão escondido que regulava a temperatura. Na hora aumentei e aí sim começou a esquentar e foi possível voltar a dormir. Mas não posso reclamar muito do meu colchão pq ele ta me servindo de local para refeições, local de trabalho, local de leitura e até mesmo local de dormir!

Domingo combinamos de nos encontrar na estação de CP mesmo para irmos visitar os pontos turísticos famosos de Washington. Fomos à Casa Branca e, por sorte, vimos meio de longe o helicóptero presidencial pousar no quintal dos fundos, onde um monte de gente esperava o cara. No Washington Monument estava tendo um encontro de donos de cachorros e cachorros, a favor dos animais sem teto. Tinha tudo quanto é tipo de cachorro, um mais bonito que o outro. No final ainda acabamos saindo junto na passeata com a cachorrada hehe. Visitamos ainda o Capitólio, a Suprema Corte e alguns museus. Tomara que agora minha mãe e a Ludia parem de achar que a Casa Branca é o Capitólio. Foi difícil convence-las do que é o que hehe. Cansados, pegamos o metro e fomos embora.

Cansados tbm deve estar você, leitor do meu blog. Mas de acordo com que as coisas vão se ajeitando, voltarei a postar mais frequentemente e com textos mais breves. Abraços a todos e voltem sempre!

3 comentários:

Unknown disse...

O cara tem a manha de escrever...Eu hein...;)
Saudade de ti brow
Abraços

Anônimo disse...

OI MEU GAROTO, QUANTAS AVENTURAS, E QUE AVENTURAS HEM, TEM DE TUDO MESMO, MAS VALE A PENA TUDO ISSO, SAO APRENDIZADOS MUITO IMPORTANTES. QUE TUDO CONTINUE A DAR CERTO E SE AJEITAR AÍ PRA VCES.

UM ABRACAO DO PAI PRA TODOS.

Anônimo disse...

Porra, até que enfim escreveu no blog hein cara... Eu acesso essa parada todo santo dia e fazia um tempão que não mudava o post! Mas massa pra caramba os rolos ae heheh... Ontem vi a mãe na TV numa propaganda de uma universidade, caraleo, fiquei de cara... vi só o finzinho mas já valeu heheh depois vou assistir aquele canal pra ver certinho. Outro dia o Vina, lá de Colorado, viu a mãe dando entrevista numa corrida de aventura... Essa mulher tá ficando famosa huehue...

Bom, sucesso pra vocês ae!

Bejuuuuuu