domingo, novembro 16, 2008

Encontro dos Poderosos

Ontem houve o encontro do G20 aqui em DC. Os 20 mais poderosos chefes de estado vieram discutir os problemas da economia. Eu e a Fer, pra não ficar de fora, fomos lá observar. Quer dizer, não foi bem lá por que a polícia fechou toda a área onde foi o encontro. A segurança tava reforçada, mas mesmo assim a turma de curiosos e protestantes se reuniu nas ruas ao redor. Embora eu tenha visto na TV vários tipos de protestos, ao vivo eu só vi mesmo uma turma defendendo a causa do Tibet contra a China. Tinham bastante chineses também com as bandeiras, mas tavam na deles. O negócio ficou interessante mesmo quando os todo poderosos começaram a ir embora. Estavamos no lugar certo e na hora certa. Com meu celular consegui filmar (do jeito que deu) a saída das comitivas dos presidentes. Editei tudo em um vídeo só, que pode ser visto a seguir. 

Detalhes interessantes:
  • O Lula almoçou rapidão por que foi um dos primeiros a cair fora. 
  • Todos os carros dos chefes de estado eram limusines iguaizinhas, a prova de balas. A diferença era a bandeirinha que eles carregavam.
  • Quanto maior a importância do sujeito, maior o tamanho da comitiva. Em todos os casos começava e terminava com um carro da polícia de DC, tinham várias SUVs do serviço secreto e a limousine no meio
  • A carreata da Argentina era a mais mixuruca, acho que ninguém nem liga hehe;
  • Alguns não passaram pela gente, como Alemanha e China. O primeiro-ministro chines não passou pra evitar qualquer risco diante das centenas de pessoas protestando a favor do Tibet.
  • O Bush foi o último a sair e foi quando a polícia ficou mais agitada. Por incrível que pareça, caiu o maior toró bem na hora e a turma toda dispersou. Logo que ele passou, acabou. Sei não se não é algum tipo de ação do serviço secreto.
  • Meu celular morreu também bem na hora que ele passou, por isso não deu pra gravar (será o serviço secreto? hehe)
  • A comitiva do Bush era de longe a maior, o dobro ou mais do que as outras. Acho que tinha uns 15, 20 carros, caminhões, furgões. Ah e tinham 2 limousines identicas pra ninguém saber em qual estava o espertão.


quarta-feira, setembro 24, 2008

Housewarming

Aqui nos EUA, tem-se o costume de fazer uma festinha de inauguração da casa nova. O housewarming, ou "aquecimento da casa", é feito em geral quando se compra uma casa (foi o que eu li na Wikipedia). Mas no nosso caso, só a mudança pra um novo Apto. já é uma boa justificativa. Chamamos os amigos, aproveitando a visita do George, e fizemos o housewarming.
Os anfitriões na foto. Prontos pra receber o pessoal.
Teve cerveja sim, mas o que não podia faltar numa casa brasileira era a caipirinha, é claro. Preparada por um legítimo baiano, a moçada curtiu a valer. O único problema foi fazê-los pronunciar a palavra: saiu de tudo, mas o que eu mais ouvi foi caipiranha (seria uma piranha caipira?). Ah, na foto, da esq. pra direita: George da Bahia, Alexei (sentado) da Rússia, Uri de Israel, John dos EUA, Francisco da Nicarágua, eu, e Sergey da Rússia.
Outra maravilha brasileira, o pão de queijo. Bom de mais, não sobrou nenhum pra contar história. Até tentamos ensiná-los a pronunciar o nome, mas depois da caipirinha (literalmente), ficou difícil hehe.
Depois de comer, começou a jogatina. Era um jogo de cartas chamado Apples & Apples que eu não vou nem tentar explicar. Sei que os piores tinha que beber. Como eu ganhei eu não bebi muito :)

Pra finalizar, fomos pra sala de jogos e dá-lhe pebolim e sinuca.

Foi bacana. Ainda não postei as fotos do novo lugar porque ainda estamos preenchendo os espaços vazios. Não sei se vcs repararam nas fotos, mas a mesa era pequenininha e o colchão de ar ta servindo de sofá. Logo que estiver tudo bonitinho vou colocar as fotos. Pode cobrar.

Baiano em DC!

George, ou Gregs, é o baiano mais arretado do Novo México. Meu amigo dos tempos de LBiC na Unicamp faz mais de 2 anos que veio pros EUA pra fazer doutorado. Mas o Novo México é bemmm longe de DC e até então nada de nos reencontramos. Pois não é que surgiu uma conferência praticamente do lado de casa aqui e ele veio conhecer DC. Ficou aqui em casa e deu pra matar um pouco a saudade dos velhos e ótimos tempos de laboratório. Se não dá pra vir todos os amigos juntos, que venha um por vez. Depois do Hamilton o Gregs foi o segundo. Quem será o próximo?


Bom, as fotos abaixo são o melhor relatório da passagem bainística por DC. Houve as tradicionais visitas aos pontos turísticos oficiais de DC, teve "água dura e reggae" (bebedeira e festa em baianês) e até visita ao "Brazilian Market" pra comer um salgado brasileiro e tomar um caldo de cana. Nós na Casa Branca. Embora o George quisesse conhecer seu xará presidente, não foi dessa vez. Mas ele conheceu ao menos o Tio Sam (lá no fundo). Washington Monument. Que malas hein! Idéia de quem será?Mas ficou massa a foto.


O cara é baiano, mas tá ficando americanizado, precisa de ver. Olha só que patriota, oh a cara de respeito com as bandeiras no fundo.... hahaha.

Fer e Gregs no Monumento à 2a. Guerra Mundial. Olha a moita do rapaz com a bandeira plantada (lá ele).

Renato, Gregs e Abraham. Que moral hein!
Tomando uma cervejinha na cervejaria RockBottom. Cerveja não tão boa quanto a da Universitária mas.... trouxe boas lembranças das noitadas originais.
Integrando os amigos de todas as partes do planeta. Da Rússia a Israel, passando pelo Brasil e terminando na Bahia, é claro hehe.

quinta-feira, setembro 04, 2008

Fatos de Agosto


Começamos com a panqueca a seguir. Eu e a Fer que fizemos.


O bolo a seguir é o meu preferido. É o bolo da minha Vó Zenaide. Pegamos a receita com ela e a Fer fez. Fico tão bom que só deu tempo de tirar a foto depois de ter comido mais da metade hehe.
A foto a seguir é da turma jogando boliche. Fomos jogar num sábado a noite e, no espírito da olímpiada, os brasileiros ficaram para trás hehe. Os outros amigos eram de Israel, Irã e Russia.
No fim de semana seguinte fizemos uma aventura culinária: jantar no restaurante Etíope (onde todos comem junto, no mesmo pratão e com as mãos!!!).
Tá aí o pratão. Usa-se um pão que parece uma panqueca de borracha pra embrulhar e pegar as comidas no pratão. Comidas bem apimentadas aliás. É bem diferente e divertido.
Pra fechar aquela noite, fomos num bar que se chama Madam's Organ (que fica na famosa rua Adams Morgan). Pra quem não entendeu, a tradução do nome do bar seria o Órgão da Madame. Vejam na foto o pessoal que trabalha comigo todo alegre.
Pra finalizar o mês, visitamos o zoológico e demos sorte (ou azar?) de testemunhar umas cenas no mínimo incomuns dos animaizinhos. Primeiro o elefante tirando água do joelho e brincando de bola.

E o hipopótamo seu vizinho também tava jogando um polo-aquático. Todos no espírito das olimpíadas :)

terça-feira, agosto 05, 2008

Great Falls Park

Sábado passado fomos conhecer o Parque das Grandes Quedas, que é bastante famoso na região por ter como maior atração as "maiores cataratas da região leste dos EUA, depois de Niagara Falls". Dá até a impressão que realmente são grandes quedas d'água, não é mesmo? Pois é, vejam vcs mesmos nas fotos a seguir.

Era sábado a tarde e meu amigo israelense Uri estava com o carro alugado pelo último fim de semana. Daí resolveu fazer algo diferente e nós topamos a idéia de ir até o parque. Pegamos outro amigo Russo, o Alexei, e com a ajuda do mapa partimos. O israelense dirigindo e o russo "navegando" sem nunca terem ido pra aqueles lados. Advinha no que ia dar? Bom, a verdade é que o parque fica a uma meia hora de DC. Nós levamos 1 h. É fato que as highways aqui são bem movimentadas e cheias de entradas e saídas. Isso colaborou pra gente se perder algumas vezes, pegar rodovia com pedágio e até estrada de fazenda. Imagine a cena: um russo gritando pra virar pra um lado, os brasileiros pro outro e o israelense assustado no volante sem saber o que fazer. A coisa ficou russa hehe. Com um pouco mais de familiaridade com o mapa, eu consegui ajudar a achar o rumo e chegar no parque.
Não tinha muita gente, embora tinha muitos carros estacionados. Até por que o parque tem trilhas longas de vários quilometros e o pessoal se manda mesmo. Os que não vão caminhar ficam fazendo churrasco nas mesinhas de pic-nic. Nós fomos direto ver as tais quedas. Realmente elas são bacaninhas, mas pra quem está acostumado com as cataratas do Iguaçu, vixi, que mixaria hehe. Mas ta ótimo, pra gente que vive em DC, onde tem muito museu e prédio histórico, aquele é uma ótima atração natural.


O rio ali é chamado Potomac e é (ou foi) bem importante pra capital americana. Além de demarcar a divisa entre os estados de Maryland, Virginia e DC, ele foi muito usado há 2, 3 séculos atrás para transporte fluvial. Washington dependia muito dos barcos que vinham pelo rio para abastecer a cidade. E, curiosamente, as quedas d’água eram um baita de um empecilho pra eles. Os barcos não tinham como passar por elas e o pessoal tinha que parar um pouco antes, transportar por terra a carga até outros barcos que esperavam do outro lado das quedas. Se pros barcos de antigamente elas eram um problema, pros de hoje elas são o máximo. O pessoal dos caiaques e outros esportes de corredeira aproveitam das fortes correntezas naquela área.


Nós caminhamos um bom trecho pra cima das quedas e descobrimos lá uma barreira que faz aquela parte do rio mais parecer um lago. Disseram pra gente que o pessoal costumava cruzar a pé aquela barreira, indo do estado da Virgínia pra Maryland rapidinho. Se é verdade, não sei. Não caminhamos mais por que estava meio chovendo e, considerando o tempo de volta mais o tempo de ficar perdido, ia ficar tarde.


Na volta resolvemos americanizar um pouco o passeio e fomos para o shopping tomar um sorvete (sem errar o caminho!!!). Mas o shopping tava tão cheio, tão cheio (ahhh, descobrimos onde vão os americanos de sábado à tarde!!) que tivemos que subir até o último andar do prédio de estacionamento (7 andares lotados de carros) pra conseguir uma vaguinha. Ao menos lá de cima a vista era bacana J.


Voltando embora, ao deixar o Alexei na casa dele, a colega de república dele estava com umas amigas batendo papo e nos convidou pra ficar por lá. Depois do passeio natureba no parque, a experiência americana no shopping, fechamos a noite com um bate-papo super internacional: 3 brasileiros, 1 russo, 1 israelense, 1 moça da República Tcheca e outra das Filipinas. Foi praticamente um encontro olímpico com vitória brasileira hehe.

domingo, julho 27, 2008

E ela chegou...

A espera acabou, ela chegou! Isso mesmo, a Fer, depois de virar mestra pela USP, embarcou pra esta nova etapa da vida dela (e minha). Ela chegou no meio dessa semana que passou e está muito bem obrigado.


A preparação para a sua chegada foi especial. Fiz aquela limpeza que o o apto. não via há algum tempo já. Banheiro, sala e cozinha. São apenas 35 m2 mas parecia um casarão, tamanho trabalho. Até porque eu tinha que caprichar né. Pro dia que ela chegou, comprei flores e frutas e deixei pronto um café da manhã simples mas gostoso, como vcs podem ver nas fotos.


Fui buscar ela de Zipcar (Honda Civic) e, para minha surpresa o voo adiantou cerca de 20 min. Acabou que ela me ligou e eu ainda estava no meio do caminho (são uns 40 min de casa ao aeroporto). Foi fácil achar ela, era a moça mais bonita e com o maior sorriso do aeroporto hehe. Após um abraço e um beijo depois de 6 meses sem nos vermos (exatamente 6 meses e zero dias), voltamos pra casa, não sem antes dar uma volta pela cidade.
Carregamos as malas pra dentro (mala de mulher já é, em geral, pesada; imagine duas malas de uma mulher chegando de mudança em outro país). A recepção com café da manhã e rosas fez ela se sentir em casa imediatamente e, finalmente, a contagem regressiva terminou: agora estamos juntos definitivamente.

quinta-feira, junho 12, 2008

Feliz dia dos Namorados


No Brasil hoje se comemora o dia dos namorados.


Infelizmente não vou poder estar ao lado da minha esposa-namorada. É ruim demais ficar longe, não poder ganhar um abraço e nem mesmo segurar a sua mão.....


Mas eu a amo muito, e seja o caminho longo ou perto, reto ou tortuoso, fácil ou difícil, vou trazer ela pra mim......



E quando estivermos juntos, não há de haver felicidade maior. Vai ser como um sonho com a cabeça nas nuvens e o paraíso ao nosso redor.......



Aí então todo dia será dia dos namorados por essas bandas do lado de cá.

Fer, meu amor, te amo!

sábado, maio 24, 2008

Sessão Saudade

Este é o primeiro post da sessão saudade. Longe de casa, da família e dos amigos, a saudade é a companheira mais constante. Por isso vou postar de vez em quando algumas boas lembranças e recordações neste blog.

Pra começar, um video dedicado a alguém muito especial. A palavra saudade, ao falar dele, é muito pouco. Não há palavras pra explicar a sua falta e, na falta de palavras, nada melhor que muitas imagens. Vejam só o maior figura que eu já conheci, indescritível, inesquecível....


sexta-feira, maio 23, 2008

Fotos da 2a viagem a Redmond

Casinhas à beira do Lago Sammamish


Lago Sammamish

Parque ao redor do lago


Churrasqueira e mesa no parque pro pessoal fazer um churrasquinho de hamburguer!


Chevy Cobalt que eu aluguei em Redmond

quarta-feira, abril 23, 2008

THEY'RE MADE OUT OF MEAT

THEY'RE MADE OUT OF MEAT
by Terry Bisson


"They're made out of meat."

"Meat?"

"Meat. They're made out of meat."

"Meat?"

"There's no doubt about it. We picked up several from different parts of the planet, took them aboard our recon vessels, and probed them all the way through. They're completely meat."

"That's impossible. What about the radio signals? The messages to the stars?"

"They use the radio waves to talk, but the signals don't come from them. The signals come from machines."

"So who made the machines? That's who we want to contact."

"They made the machines. That's what I'm trying to tell you. Meat made the machines."

"That's ridiculous. How can meat make a machine? You're asking me to believe in sentient meat."

"I'm not asking you, I'm telling you. These creatures are the only sentient race in that sector and they're made out of meat."

"Maybe they're like the orfolei. You know, a carbon-based intelligence that goes through a meat stage."

"Nope. They're born meat and they die meat. We studied them for several of their life spans, which didn't take long. Do you have any idea what's the life span of meat?"

"Spare me. Okay, maybe they're only part meat. You know, like the weddilei. A meat head with an electron plasma brain inside."

"Nope. We thought of that, since they do have meat heads, like the weddilei. But I told you, we probed them. They're meat all the way through."

"No brain?"

"Oh, there's a brain all right. It's just that the brain is made out of meat! That's what I've been trying to tell you."

"So ... what does the thinking?"

"You're not understanding, are you? You're refusing to deal with what I'm telling you. The brain does the thinking. The meat."

"Thinking meat! You're asking me to believe in thinking meat!"

"Yes, thinking meat! Conscious meat! Loving meat. Dreaming meat. The meat is the whole deal! Are you beginning to get the picture or do I have to start all over?"

"Omigod. You're serious then. They're made out of meat."

"Thank you. Finally. Yes. They are indeed made out of meat. And they've been trying to get in touch with us for almost a hundred of their years."

"Omigod. So what does this meat have in mind?"

"First it wants to talk to us. Then I imagine it wants to explore the Universe, contact other sentiences, swap ideas and information. The usual."

"We're supposed to talk to meat."

"That's the idea. That's the message they're sending out by radio. 'Hello. Anyone out there. Anybody home.' That sort of thing."

"They actually do talk, then. They use words, ideas, concepts?"
"Oh, yes. Except they do it with meat."

"I thought you just told me they used radio."

"They do, but what do you think is on the radio? Meat sounds. You know how when you slap or flap meat, it makes a noise? They talk by flapping their meat at each other. They can even sing by squirting air through their meat."

"Omigod. Singing meat. This is altogether too much. So what do you advise?"

"Officially or unofficially?"

"Both."

"Officially, we are required to contact, welcome and log in any and all sentient races or multibeings in this quadrant of the Universe, without prejudice, fear or favor. Unofficially, I advise that we erase the records and forget the whole thing."

"I was hoping you would say that."

"It seems harsh, but there is a limit. Do we really want to make contact with meat?"

"I agree one hundred percent. What's there to say? 'Hello, meat. How's it going?' But will this work? How many planets are we dealing with here?"

"Just one. They can travel to other planets in special meat containers, but they can't live on them. And being meat, they can only travel through C space. Which limits them to the speed of light and makes the possibility of their ever making contact pretty slim. Infinitesimal, in fact."

"So we just pretend there's no one home in the Universe."

"That's it."

"Cruel. But you said it yourself, who wants to meet meat? And the ones who have been aboard our vessels, the ones you probed? You're sure they won't remember?"

"They'll be considered crackpots if they do. We went into their heads and smoothed out their meat so that we're just a dream to them."

"A dream to meat! How strangely appropriate, that we should be meat's dream."

"And we marked the entire sector unoccupied."

"Good. Agreed, officially and unofficially. Case closed. Any others? Anyone interesting on that side of the galaxy?"

"Yes, a rather shy but sweet hydrogen core cluster intelligence in a class nine star in G445 zone. Was in contact two galactic rotations ago, wants to be friendly again."

"They always come around."

"And why not? Imagine how unbearably, how unutterably cold the Universe would be if one were all alone ..."

segunda-feira, abril 07, 2008

Festival da Cerejeira






Começou há 1 semana em Washington o Festival das Cerejeiras. Nos arredores do Tidal Basin, um lago entre o rio Potomac e o canal Washington, há cerca de 3.700 cerejeiras de 12 variedades e congestionamento de turistas na expectativa de acertar uma foto de cartão-postal, com o memorial a Thomas Jefferson ao fundo. Eu fui lá sábado e, é claro, tirei as minhas fotos. Como o dia estava meio nublado e eu não sou lá aquele fotógrafo.... as fotos que saíram ficaram assim.












sábado, março 08, 2008

Viagem a Microsoft, e ao futuro...

Esta semana viajei para Seattle e Redmond para participar da TechFest, feira interna da Microsoft Research que apresenta as inovações e invenções produzidas por eles. A viagem foi de Washington para Washington (Washington DC, a cidade capital onde moro até o estado de Washington, que fica na costa oeste dos EUA). No total, levou umas 6 h de vôo, sendo que boa parte do tempo eu fui escrevendo minha tese. Quer dizer, tentando, por que obviamente, conforme a lei de Murphy, havia um nenê chorão do meu lado que “ajudou” a me concentrar na tese e, pelo trabalho que deu pra coitada da mãe, me inspirou bastante com relação a ter filhos. Mesmo assim fui persistente e escrevi quase que a viagem inteira.

Chegando lá 11 da noite, horário local (5 h a menos que Brasília), peguei o carro alugado e fui dirigindo para o hotel. É claro que eu não tava muito seguro, afinal de contas o aeroporto fica a uns 30 km do hotel, em Redmond. Embora eu tivesse um mapa, Murphy compareceu mais uma vez, já que a estrada estava em obras, cheia de cone, desvio, etc. Mas, devagarzinho cheguei ao hotel sem problemas.

No dia seguinte, fomos todos juntos para a feira em um carro só (eu e o pessoal do meu grupo). Do hotel até a sede da Microsoft se gasta uns 10 minutos, se não se perder no caminho (o que aconteceu algumas vezes). Rapidamente demos uma volta pelo campus da MS e deu pra perceber como é gigante. É praticamente uma cidade e lembra bastante campus de universidade, bonito e bem cuidado. Tem até dois campos de futebol. São 50 mil pessoas trabalhando lá diariamente. Isso explica por que é tão difícil achar lugar pra estacionar, mesmo os prédios tendo vários pisos só de estacionamento.


Vimos o prédio do Bill (na foto abaixo) e ouvimos várias histórias, como por exemplo de um cara que foi ter uma reunião com ele e, sem querer, falou alguma coisa de bomba. Contam que na hora saíram seguranças de trás das paredes (?) e retiraram o cara imediatamente. Dizem que os seguranças do Bill são programadores, os maiores e mais musculosos programadores hehe.
A feira foi no centro de conferências e tinha muita gente. Boa organização e segurança rígida, dado que a feira é confidencial, só pra funcionários. Nada de fotos. Eram 150 trabalhos sendo demonstrados ao vivo e 24 palestras. Muita coisa interessante e boas palestras. Ah, as salas de palestras são um show. Gastamos os 2 dias inteiros da conferência interagindo com o pessoal e vendo muitos projetos que podem, um dia não muito distante, revolucionar o mundo da tecnologia.


No 2º dia, um colega nosso, o John, chegou. Ele não veio no dia anterior por que tinha simplesmente “esquecido” hehe. Ao chegar, como o campus é muito grande, ele estacionou no 1º estacionamento que tinha e veio parar no prédio de conferência com os ônibus internos da MS. Detalhe é que na hora de ir embora pro hotel, ele não lembrava mais onde tinha deixado o carro. Ou seja, ele perdeu o carro no campus. Acho que gastamos mais de 1 h procurando esse carro. Ele estava parado num estacionamento do outro lado de lá da rodovia que corta o campus no meio. De lá pro hotel, viemos em 2 carros e, é claro, nos perdemos hehe. Foi uma aventura voltar ao hotel.

Falando em colega, na foto abaixo estou eu com a Liz. Ela é nova no nosso grupo e um dos seus objetivos é tornar o grupo mais unido e botar as coisas que desenvolvemos para funcionar na prática. Conversamos muito por lá e muitas boas idéias surgiram. Inclusive ela contou que adora cozinhar e que vai levar doces e comidas pra gente "testar" hehe. Eu já achava ela parecida com a minha tia Áurea (olhem a foto abaixo), depois então que ela contou que adora cozinhar, mais ainda! Falei pra ela que tinha ela me lembrava uma tia minha e dá tiramos essa foto pra comprovar.


No último dia, fomos visitar a casa do futuro. É uma casa super moderna que a MS criou pra demonstrar como as coisas serão em 5, 10 anos. Acho que já passou algumas vezes na TV no Brasil. De qualquer forma, o mais interessante é que tudo pode ser controlado por voz e eles usam muita projeção de imagens nas paredes, mesas, etc. Tinha muita coisa eletrônica e telas de LCD por todos os cantos. Alguns exemplos. Então a mulher falava pra casa que iria cozinhar e imediatamente a cozinha toda se acendia, e a receita que ela pedia aparecia projetada na mesa da cozinha. Ao colocar os ingredientes na mesa, a casa já os identificava e confirmava se estava certo ou errado. Na copa, ela deu ordem pra casa mostrar um ambiente de festa de criança. As cores todas mudam, imagens de festa aparecem projetadas nas paredes como pinturas, e na mesa surge um jogo de aviõezinhos virtual que você pode interagir. No quarto, por exemplo, o espelho tinha como que uma tela de fundo que detecta a roupa que você coloca na frente e diz se ta na moda, com o que combina, se ta dentro do padrão da escola e tal. Foi bem legal. Mas eu, particularmente, senti falta de um robô. Quem vai limpar a casa do futuro? Quem vai arrumar as bagunças do quarto do futuro? Só pode ser o robô do futuro, oras. Mas, um dia a gente chega lá.


No mesmo dia à tarde, fomos passear em Seattle (foto acima). Aquela região é perto do oceano Pacífico e é cheia de baías e lagos. Eu achei bem bonito, gostei. Mas o clima é bastante chuvoso e nublado constantemente. O que não é muito legal. Andamos bastante pela cidade e nos perdemos bastante, mas desta vez estávamos com um GPS que dizia pra onde ir. Ah se não fosse ele hehe. A atração mais famosa de Seattle é uma torre (foto abaixo), chamada Space Needle. Subimos lá e valeu os 16 dolares pela bela visão da cidade (última foto).

À noite peguei meu rumo pro aeroporto e embarquei de volta quase à meia-noite. Voei a noite inteira e consegui dormir quase o tempo todo, ufa. Tinha uma conexão em Chicago, só que lá tava nevando, pra variar. Aí pronto, o 2º vôo atrasou mais de 1h. Resumo da ópera: cheguei em casa quase meio-dia do dia seguinte, quebrado. Valeu a pena.