quinta-feira, dezembro 28, 2006

Fer em Washington

Oi gente. Já perceberam que meu blog anda meio desatualizado essas semanas né. Pois é, desde que a Fer chegou por aqui, já coincidindo com o Natal, não sobrou tempo pra blogar. Mas não abandonei meu blog não hein! De qualquer forma, está sendo maravilhoso estar com as duas mulheres da minha vida aqui. E ao invés de ficar contando história, vou resumir os acontecimentos com fotos Ok? Lá vai.



Renato preparado para receber a Fer no aeroporto em Baltimore.


Reencontro...


Felicidade..... e vergonha da Fer por causa da minha recepção "natalina" no meio de todo mundo (eu não era o único de chapéu do noel)


Mamis e Fer fazendo Tiramisu (tá virando tradição)


Mamis ganhando presente na véspera de Natal

Fer recebendo seu presente de natal made in USA

Ceia exotica-chique de Natal, com direito a carangueijo gigante (Alaskan king crab), alcachofra e aspargos. Os 2 ultimos por conta da curiosidade culinaria da minha mae.


Foto da Fer na frente de uma engenhoca muito bacana dentro do predio do Discovery Channel.

That's all folks!

Happy New Year! Feliz Ano Novo!

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Receita de Tiramisu

Todo mundo que conhece o doce chamado tiramisu sabe quão gostoso ele é. Quem já experimentou lá na padaria alemã sabe do que estou falando. Eis que eu e mamãe resolvemos fazer o famoso doce italiano. É claro que a gente não sabia fazer, mas a internet nos ensinou rapidinho. E eu vou ensinar pra vcs agora, sigam a receita e extraiam o método de preparo da nossa experiência.

Ingredientes:

Molho de Café
1 1/2 xícara de café expresso
2 colheres de chá de açúcar

Creme
4 gemas de ovo
1/2 xícara de açúcar
1/2 xícara de vinho Marsala (ou qualquer vinho doce como Madeira) ou conhaque
450 gramas de queijo Mascarpone, à temperatura ambiente
4 claras, firmemente batidas

Base
275 gramas de bolacha champagne ou bolo inglês em tiras

Cobertura
2 colheres de sopa de cacau em pó

Com a lista de ingredientes, fomos ao mercado comprá-los. Café, ovo, açúcar... isso tudo foi fácil achar. O vinho tbm foi moleza. Já o queijo mascarpone (que parece um creme de leite consistente) foi mais complicado. Mas, por incrível que pareça, o mais difícil foi achar as tais bolachas de champagne. Quer dizer, não achamos e acabamos comprando uma caixa de bolo tipo brownie (pois pode ser bolo no lugar da bolacha).

A seguir, em casa, começamos a bater as gemas de ovo em banho maria. Quer dizer, a gente improvisou pq a cozinha aqui não é aquelas coisas. Colocamos a cumbuca com ovo dentro de uma panela com agua fervendo. E fomos batendo, com a danada quase virando algumas várias vezes. Quando a gemada começou a clarear, colocamos o açucar e o vinho. E continuamos batendo... mas.... a mistura começou a cozinhar.. pq a água esquentou d+ e não deu outra, virou umas pelotas de ovo no meio do caldo.


O único jeito de salvar o molho era tirando da panela e peneirando as pelotas. Foi um sofrimento pra tirar a cumbuca da panela. Com quatro mãos, colher, pano... foi difícil mas tiramos. E pra coar? Não tinhamos coador! Depois de tentar uma meia-dúzia de métodos alternativos que eu nem vou mencionar, resolvi sair correndo na rua e procurar um coador. Passei na farmácia e o máximo que achei foi uma tampa de ralo furada. Calma, não comprei. Fui procurar no mercado e achei um coador maneiro. voltei correndo pra salvar o molho.


Coamos e continuamos batendo até dar uma engrossada, para então misturar ao queijo mascarpone. Misturamos bem. Batemos as claras até virar creme e misturamos à mistura toda, bem misturado.

O próximo passo era molhar o bolo com café pra formar a base do doce no fundo da travessa. Quando abrimos a tal caixa, tomamos um susto: o bolo era em miniatura. Na verdade era um monte de bolinho pequenininho tudo embalado. Não dava nem pra começar! Solução: vai o Renato correndo de novo procurar bolacha em outro mercadinho. Por sorte achei exatamente a bolacha champagne e voltei correndo pra salvar nosso doce.


Aí a mãe inventou uma boa: colocar as bolachas molhadas de café no fundo, cobrir com o creme, colocar uma nova camada de bolinho de chocolate e finalmente cobrir com o resto de creme. Fico buntuuu! Mas pra finalizar faltava ainda deixar 3 h na geladeira.


A gente enquanto preparava foi tomando o vinho que não usou no doce né. E como ia demorar mais 3 h ainda, mommy resolveu ir dormir. Depois de estar embaixo das cobertas que ele lembrou: faltava espalhar chocolate em pó como cobertura.


Feito o doce, descansado na geladeira por 3 h, era hora de experimentar. E, apesar dos percalços, ficou uma delícia!!!! Comemos durante a semana inteira hehee. E deixo aqui a recomendação a vcs de tentarem fazer o doce. E quem preparar o doce depois de ler meu blog, tem muito mais chance de dar tudo certo, afinal de contas, a pessoa já vai saber tudo o que deve ser feito e, principlamente , o que NÃO deve ser feito ehehehe.


Mas falando sério, aqui vai um site bacana sobre como fazer o tiramisu:
http://guscamargo.com/cook/tiramisu/index.html

Bon Appetit

domingo, dezembro 10, 2006

Presentes de Natal Antecipados

Essa semana que passou foi uma das melhores dos últimos meses. Muitas boas coisas aconteceram. Talvez seja influência do espírito natalino hehe.

Primeiro foi a concessão do visto americano da Fer na quinta-feira. Depois de uma certa apreensão, deu tudo certo e logo logo a Fer chega aqui pra ficar conosco por algumas semanas. Não podia haver melhor presente de natal hehe.

Sexta à noite aconteceu a festa de confraternização de fim de ano da MS, mas apenas para o nosso grupo, não da empresa toda. Foi num clube super chique e por isso o traje era terno e gravata mesmo. E, é claro, o sobretudo! Pois tava fazendo 0ºC a noitinha e a tendência era esfriar mais (chegou a -5).

Quase todo mundo do trabalho foi e eu conhecia a maioria. O jantar foi super chique, talvez o mais chique que eu já fui. Ou seja, talheres de prata (vários), várias taças, vinhos e comida é claro. Os pratos vinham em sequência (courses). Foram 7 no total. Primeiro tipo uma sopinha, depois uma salada, depois um peixe, depois um sorvete. Pensamos que tinha acabado mas aí que veio a parte pesada. Uma codorna inteira no prato de cada um e depois um pernil de carneiro inteiro com osso e tudo. Ninguém aguentava mais comer. E pra fechar veio uma torta de maçã.

Mas essa sequência demorou umas 3 h. Isso porque entre um prato e outro, o chefão ficava falando sobre o trabalho, fazendo uma retrospectiva e falando do futuro. Ele também onvidava alguns para falar. Entre muitas coisas interessantes que eles falaram, algumas me marcaram mais.

Eles realmente vêem o nosso grupo como diferenciado, sempre dizendo que é uma família, onde cada um é sempre solidário ao outro. Além disso, eles fazem questão de enfatizar que, embora haja a preocupação de dar lucro, tudo o que estamos desenvolvendo pra área de saúde tem, como principal objetivo, salvar vidas. E pra fechar, eles falaram bastante da importância da pesquisa na estratégia do grupo, o que é muito bom pra mim, pois eu sou do time de pesquisa.

No fim do jantar, o chefão deu presente pra todo mundo (a maioria era chocolate), e  sorteu alguns Zunes (mp3 player da MS). O sortudo aqui ganhou um hehehe. Mais um presente de natal hehe.

Antes de ir embora ainda fiquei um tempão batendo papo com uns colegas lá. Quando saí na rua, vixi, tava extremamente frio. Minha mão começou a congelar e doer de tão frio. Peguei um táxi rapidinho e fui pra casa.

Resumo: foi bem bacana mesmo essa semana. Mas eu fiquei pensando o seguinte. Semana que vem vai ser a confraternização do pessoal do meu laboratório lá em Campinas. E olha como as coisas são diferentes. Assim como em todos os anos, a confraternização lá vai ser no maior calor, com piscina, churrasco, futebol.... Tudo de bom. Já aqui, frio, terno e gravata apertando o pescoço, 7 pratos chiques mas nenhuma picanha hehe. Pelo menos ganhei um mp3 player. Mas não tem problema, quando eu voltar eu vou ter muita comemoração pra ir.

Abraços a todos!

domingo, dezembro 03, 2006

Amigos

Olá meus amigos, neste post eu resolvi falar um pouco sobre.... amigos. Isso mesmo, o tema desse post é a amizade e sua importância na vida das pessoas, segundo o meu ponto de vista, é claro. Já venho pensando há algum tempo em escrever este post, principalmente motivado pelas mudanças que aconteceram recentemente na minha vida.

As mudanças se resumem à minha vinda pros EUA e à minha vida nos EUA. Basicamente eu mudei de um lugar onde eu tinha vários grandes amigos para outro em que eu não tinha mais ninguém. Parece dramático, e é. É também natural: todo mundo passa por isso na vida. Alguns tem maior facilidade pra lidar com isso, outros sofrem mais.

No meu caso, um conjunto de fatores cooperou para fazer as coisas mais difíceis por aqui. Primeiro de tudo, ter que deixar todos os meus grandes amigos para trás. Depois, viver em um país onde, em geral, as pessoas são frias e gostam de manter distância umas das outras. E, finalmente, o grande contraste de se conviver com pessoas em um ambiente de trabalho ao invés do ambiente acadêmico.

O último fator citado, embora seja aparentemente sutil, é realmente crítico. Eu sempre vivi no ambiente acadêmico (universidade, salas de aula, laboratórios). Nesse ambiente, há interação com muita gente, há sempre gente nova surgindo, há muito copartilhamento e cooperação. Tudo isso gera infinitas oportunidades de se criar amizades. Vindo pra cá, descobri que o ambiente de trabalho é completamente diferente. As pessoas estão lá pra trabalhar e ponto. Quando existe, a interação é exageradamente profissional. A rotina também não ajuda.

Não quero aqui, de forma alguma, reclamar das pessoas que convivo aqui. Posso dizer que sou muito grato e que praticamente todos me receberam muito bem. Não faltou prestatividade nem generosidade. Entretanto, o máximo que eu posso afirmar é que tenho alguns poucos bons colegas (maioria de não-americanos). Vejam só como a comparação é válida: meu amigos Marcelo e George também mudaram de país na mesma época, mas continuaram a viver no ambiente acadêmico, em república, no meio da moçada e tal. Isso fez com que a adaptação deles fosse muito mais rápida. Ok, eu sei também que eles são muito mais simpáticos do que eu o que conta muito hehe,.

De qualquer forma, antes que esse post pareça uma reclamatória, que fique claro que, dentro do possível, eu estou bem aqui e a minha intenção é apenas tentar mostrar o valor da amizade. Sem amigos, tudo é mais complicado. Por exemplo, eu sempre achei Campinas sem graça, um saco. Eu não gostava de morar lá. E eu achava que a era porque a cidade era um lixo (muita gente ainda acha isso hehe). No entanto, a partir de um certo momento, eu passei a curtir Campinas, sentir falta de lá quando viajava. Na verdade, a cidade não mudou em nada (talvez até piorou, sei lá), o que mudou foi que eu fiz bons e grandes amigos. E a partir de então, até os feriados de cidade vazia, as noites viradas trabalhando, a rotina puxada do dia-a-dia, passaram a ser divertidos e agradáveis.

Aliás, eu faço questão de generalizar. Não é somente o ambiente em que se vive que fica melhor quando se está rodeado de amigos verdadeiros. Tudo é muito mais alegre, inclusive os momentos tristes, por incrível que pareça. Ter amigos pra fazer festa é ótimo, mas tê-los te apoiando nas dificuldades é algo incomensurável.

E eu ouso dizer aqui que os amigos são as pessoas mais importantes na vida de qualquer um. Exagero? Eu acho que não, pois vejam só. Um cara fundamental na minha vida é meu pai, e eu não tenho vergonha nenhuma em dizer que ele é um grande amigo. Minha mãe, sem dúvida, é uma amigona pra todas as horas. Também tenho orgulho de ter outros dois grandes amigos, meus irmãos Humberto e Gustavo.


Não vou parar por aí não, pois não é só na familía que tenho bons amigos. Minha melhor amiga, de longa data, confidente, e sei lá que outras palavras usar pra expressar o grau de amizade entre a gente, é a Fer, minha namorada. Coincidência? Óbvio que não! Ela é tão especial pra mim porque é, antes de tudo, minha grande amiga. Aliás, eu acredito que não é possível haver namoro ou casamento se não houver amizade como pré-requisito.


Não vou enumerar um por um dos meus amigos aqui pra não correr o risco de deixar alguém de fora. Mas já deu pra entender a essência da minha tese sobre a amizade, eu acho. Assim sendo, dada a enorme relevância dos amigos pra mim, vcs devem ter idéia de como é difícil estar longe de todas essas pessoas maravilhosas. A saudade é imensa, no entanto o desejo de revê-las é maior ainda.

Sinceramente, quando chegar o dia de eu partir deste país, eu espero poder ir embora sentido essa mesma saudade de pessoas importantes que ficarão pra trás. Mas não tenho a menor dúvida que vou estar, ao mesmo tempo, extremamente feliz, tanto pelo retorno, quando pela missão cumprida.

Pra concluir, quero aproveitar esse espaço cedido pelo dono do blog, pra agradecer de coração todos os meus amigos e amigas, indistintamente. Obrigado a cada um, por tudo, sempre, e em especial pela sua amizade verdadeira.



"E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"
Vinícius de Morais