sábado, outubro 28, 2006

Meu "brinquedo" predileto!



Depois de muito tempo, hoje fui trabalhar no hospital. É que agora estamos partindo pra botar o robô no ambiente pra valer e estou começando a prepará-lo pra isso. Na verdade vou ter que mapear o hospital inteirinho, levando o robo a cada canto pra ele poder "aprender" a se localizar. Pra isso eu conecto um joystick no robo e vou dirigindo o bixinho.

Na verdade hoje eu apenas treinei um pouco no próprio laboratório, pra pegar as manhas e tal. É um trabalhinho chato esse, cansa ficar guiando o robo. No começo até é divertido, mas depois passa a ser cansativo. Semana que vem devo começar a mapear o primeiro dos 6 andares do hospital.


Bom, mas o importante nessa história é que me fez muito bem o dia de hoje. Eu andava meio desmotivado, meio sem objetivos claros. Aí cheguei lá, revi alguns colegas e comecei a trabalhar com o meu "briquedo" preferido: o robô. Tava sentindo falta dele, ou melhor, falta de botar a mão na massa, ou melhor, na lata do robo hehe. Esse negócio de ficar só na parte de software, por muito tempo, é muito abstrato. De fato, eu até gosto bastante, mas prefiro muito mais aliar o desenvolvimento de algoritmos com uma aplicação real, sólida, palpável, de carne e osso, ops... quero dizer... de lata e parafusos!


O prof. Pardal (cujo nome é George), até veio lá me cumprimentar dizendo: eu percebi que vc está de volta! Quando vi o robo andando por aí, sabia que vc tinha voltado hehe. E, como de costume, queria saber quando é que o robô vai servir uma cerveja gelada pra ele hahaha. Foi legal, e ainda por cima matei a saudade da comidinha do hospital....hmmmm..delícia!!

Acho que vou fazer um esforço e abandonar com mais frequência o conforto do meu escritório na MS pra atuar mais próximo do meu companheiro robo. Acho que intercalando as duas coisas é o ideal pra eu pegar um ritmo bom de trabalho. Sem contar que não pode existir algo mais empolgante do que botar o robo pra navegar autonomamente no hospital, no meio do povo todo. Pra quem trabalhou a vida toda com navegação de robôs, isso é um sonho hehe. Espero que não vire pesadelo hehe.


Pra finalizar, vou deixar aqui o link de alguns vídeos sobre robótica. Os 4 últimos da lista são resultado do meu trabalho nos últimos meses. A produção, trilha sonora, direção e efeitos especiais são todos por minha conta também. Só o papel principal é que ficou com o robô hehe. O link é: http://www.imedi.org/docs/references/mr.htm

quarta-feira, outubro 25, 2006

Vejam a 'cara' final do meu apê

Ando meio com preguiça de escrever. Talvez seja consequência da canseira que foi o dia de ontem. Sendo assim, talvez eu escreva pouco nesse post. Bom, no final descobriremos.

(Pentágono - a lateral (já reconstruída) que está de frente pra foto foi onde o avião bateu)

Só recordando, no fim de semana passado fomos visitar o Pentágono, o monumento à Força Aérea e o Cemitério de Arlington. No Pentágono é um predião sem muita graça. O mais legal dele é o seu formato, o qual não é visível de perto. Ou seja, recomendo fazer a visita pelo Google Earth mesmo e tá bom. Embora tenhamos visto a 'aresta' atingida pelo avião em 11 de setembro, o mais divertido foi minha mãe perguntando: esse Pentágono não é aquele prédio em forma de hexágono??!! Ok, Ok, sem comentários.. apenas risos.

O monumento à Força Aérea foi recém inaugurado e tá gerando muita controvérsia no povo daqui. Tão achando feio, fora do padrão. Eu também não achei grande coisa, mas ao menos a visão a partir de lá é espetacular: vê-se a cidade inteira de Washington. E demos sorte, a banda da Força Aérea estava tocando em homenagem aos 60 anos da instituição.

Tentamos ir a pé até o Cemitério, que fica ali pertinho. Mas as highways (rodovias) não tem nem acostamento. Acabamos pegando o metro. Andamos pelo cemitério, que pra quem não sabe é aquele que aparece em tudo que é filme de guerra (por exemplo, Resgate do Soldado Ryan) e onde ficam enterrados os soldados mortos desde a 1a Guerra. O Kennedy e família tbm têm túmulos lá. O cemitério é imenso, e as lápides vão até onde os olhos conseguem enxergar. Tem também a tumba do soldado desconhecido, onde um soldado (vivo) fica fazendo ronda. Ele fica marchando pra lá e pra cá e tal. A cada 1 h tem a troca de guarda, cheia das honras.




(Arlington National Cemitery)

No domingo, pela primeira vez, eu almocei arroz e feijão de verdade aqui nos EUA. Graças a minha mãe que fez um almoço caprichado. Aliás, agora sim to comendo bem aqui hehe.




Terça-feira, assim como havia feito na segunda, eu iria trabalhar. Mas.. um cara que tava vendendo de graça uma escrivaninha, me ligou perguntando se eu ainda estava interessado. Isto é, eu já tava de olho desde a outra semana, mas o cara não respondia. Perguntei se duas pessoas conseguiriam carregar, ele disse que achava que algumas quadras até que ia. Eu e minha mãe fomos então a pé até a casa do cara, que fica a umas 20 quadras de casa. Um frio, um vento... horrível. Logo que chegamos lá, vi a mesa e, embora fosse velha, tava inteirona. E de graça, até injeção na testa. No entanto, ela era pesada d+, impossível carregar 1 quadra sequer hehe. O cara, gente fina, ofereceu pra levar até em casa a mesa. No maior sacrifício, botamos ela em cima do bagageiro do carro dele, amarramos e fomos. Chegando no meu prédio, descarregamos na grama a mesa. Perguntei ao rapaz quanto era, mas ele insistiu que era de graça mesmo. Então fiz questão de dar uma gorjeta só pela carona e esforço. Mas esforço maior estava por vir.



Estávamos eu, minha mãe e a mesa. E agora pra carregar pra dentro? 1a estratégia, tentamos no soquinho: quase não saiu do lugar. 2a, de um lado pro outro, girando. Mas não dava, o trem era pesado e desajeitado demais pra carregar. Aí então veio a idéia genial: pegar uma mala com rodinha e colocar por baixo de um dos lados pra servir de alavanca. E não é que deu certo? Ok, foi uma situação meio ridícula, mas deu certo. Minha mãe ia puxando a mala, meio agachada, enquanto eu levava no braço o outro lado. Nesse rolo, ainda subimos uma escada pequena, fizemos curvas e passamos 3 portas. Quando estávamos quase dentro do apto, o Jurandir e a Ludia chegaram. Aí foi fácil terminar o serviço. Quase morri pra carregar aquele treco, mas agora tenho uma mesona profissional.

Agora, finalmente as coisas estão ajeitadas no meu apê. Vejam as fotos....


Só pra finalizar o post, aí vão duas dicas. Primeiro, um grande número das fotos que temos tirado aqui em Washington estão no Fotolog da minha mãe, quem quiser pode acessar em:
http://treisporquatro.nafoto.net/

Já quem curtir umas discussões críticas a respeito de assuntos interessantes, entre no blog do meu amigo George, futuro autor de bestsellers. Além das idéias pra refletir a respeito, leiam também os comentários polêmicos. O link é: http://gbezerra.blogspot.com/

quinta-feira, outubro 19, 2006

"Era uma casa muito engraçada......"



Bom, ainda estou me adaptando ao meu novo lar doce lar. É meio estranho dormir em cima de uma bolha de ar, em uma casa que se resume a quarto, cozinha e banheiro. Quando vou no banheiro é rápido, a cozinha não é muito a minha praia, então eu fico mesmo é no quarto (que às vezes vira copa, às vezes sala, às vezes escritório, às vezes até quintal pra estender roupa). E ficar nesse tal quarto versátil também é estranho. Isso porque 2 metros à direita da cama está a porta e o corredor. 2 metros à esquerda fica a janela com vista para o estacionamento. Ou seja, acaba que todo mundo te ouve e todo mundo te vê, afinal 95% do tempo eu estou ou na sala ou no quarto ou na copa (o que dá na mesma).



Complicado mesmo é se adaptar aos utensílios da casa. Primeiro o ar condicionado: é uma briga entre eu e o termostato. Tá frio, eu aumento o ar pra esquentar. Lá pro meio da noite eu acordo suando porque tá calor demais e vou lá diminuir o danado. Cedo já tá frio de novo... e assim vai.


Tomada então é tudo quadradinha. Fui tentar passar uma camisa pra trabalhar (lembrem que tava tudo amassado fazia 5 meses dentro da mala) em cima do colchão de ar (ó o perigo!), porque não tem mesa, mas não consegui. Meu ferro de passar é brasileiro com tomada redondinha, aí já era. Botei a camisa no varal e espirrei um treco lá que a gente comprou pra ajudar a desamassar roupa. Afff, que besteira. Além de não resolver nada, ainda ficou uma manchona no meio das costas que não secou a tempo de eu ir trabalhar. Fui daquele jeito mesmo e fiquei de blusa o dia inteiro hehe.


Outro dia, minha mãe deu uma receita infalível pra roupa amassada: pendurar a roupa dentro do banheiro enquanto toma banho. Segundo ela o vapor faz com que a roupa fique lisinha. Já que era assim, não peguei uma não, mas sim umas 6 camisas e pendurei dentro do banheiro enquanto tomava banho bem quente pra fazer bastante vapor. Cada idéia! Cada cena! É óbvio que não funcionou... o jeito é comprar o adaptador de tomada.



O fogão então é da década de 60, mas acende automático e não é elétrico. Viu D. Angela! O método de por fogo é uma beleza. Fica um foguinho eterno queimando gas no meio do fogão, embaixo da tampa, e quando liga uma das bocas, o foguinho corre por uns caninhos e acende a boca toda. Uma modernidaaaade.


Mas a pérola mesmo acho que são as janelas. Alguém lembra de como se abria vidro emperrado de fusca véio? Pois é, é mais ou menos assim. Tem umas maçanetas em cada janela e bastar você girá-las com uma leve força (com as duas mãos juntas nem sempre funciona, às vezes precisa de uma forcinha do lado de fora) e abrem-se as janelas da esperança (esperança de que vc consiga fechá-las depois). Mas ao menos tem umas rosas para enfeitar a paisagem.


Capricharam foi na decoração. Na sala/quarto/escritório, ao invés de colocar quadros na parede, penduraram um monte de trubisco esquisito. Eu contei 8, com os 2 que ficam no teto. Tem termostato, detector de fumaça, detector de movimento, alarme e mais os outros que eu não sei pra que prestam. Sei que o detector de fumaça tem um botão escrito TESTE. É claro que eu apertei, resultado, quase deixei todo mundo surdo com o apito que aquilo fez. Tive que arrancar a bateria pra parar. O alarme então ninguém sabe o código pra usar adequadamente. Ok, ele não funciona mas não precisava ficar apitando a cada minuto né. Fui obrigado a abrir e passar a faca nos fiozinhos por dentro, antes que aquele barulho irritante me fizesse dar uma martelada no fia da mãe.


Mas quer saber, retiro minhas reclamações. Banheira, closet, água quente nas torneiras, lava-louça, ar condicionado central, lavanderia, fogão que acende sozinho, janela automática........essas coisas só se vê em mansão. Então quer saber? Meu cafofo é praticamente uma mansão. É meio pequena, uma mansãozinha, mas é a minha mansão. Tô até aceitando hóspedes!

Deixando de lado a brincadeira e falando sério, o apto é bacana. Ótima localização, praticamente dentro do parque de mata nativa, em rua super silenciosa, do tamanho ideal que não dá muito trabalho pra limpar e fica no térreo. De qualquer forma, tendo suas vantagens e desvantagens, seus defeitos e virtudes, é aqui, nesse lugar que eu vou passar a experiência mais valiosa da minha vida. E la vamos nós! (como diriam Marcelo e sua amiga, a bruxa do pica-pau)

terça-feira, outubro 17, 2006

Fotos do fim de semana

(Capitólio)


Estão vendo? Dessa vez nem demorou muito e eu já estou de volta postando. Pra compensar o último post que foi cheio de texto (teve quem reclamou mas teve quem gostou!!), vou encher esse aqui de fotos, as fotos do fim de semana.


Esse começo de semana eu deixei minha mãe, a Ludia e Jurandir soltos por aí pra eles se virarem sozinhos. Aí é claro, estão aprontando cada coisa, cada mico (vejam na foto aí de cima elas, na boutique, provando chapéus do polo norte só pra tirar foto).......mas é assim mesmo que é bom pra aprender. Tanto é que já estão melhorando no Inglês.

(Capitólio)

A gente só tem se encontrado pra almoçar ou jantar. Isso também porque estou bem ocupado essa semana. Várias coisas do trabalho pra resolver. Coisas que atrasaram por causa da mudança e tal.

(Capitólio)


Mas hoje aconteceram duas coisas interessantes. Primeiro tive uma reunião com meu chefe por telefone. Ele anda tão ocupado que reunião só por telefone. E ele quer fazer uma dessa toda semana. Ao menos ele me liberou pra trabalhar onde eu quiser, até mesmo em casa como muita gente tem feito.

(Suprema Corte Americana)


A segunda coisa legal é o seguinte. Minha mãe, que tá fazendo teatro faz um tempo já, participou de uma propaganda da Unipar (Universidade Paranaense) que foi lançada agora. Ela faz um papel extremamente importante, papel de mãe. E como diz meu colega Franscisco da MS, nisso ela tem experiência hehe. Ainda bem que ela veio pra cá, senão o assédio da imprensa e dos fãs ia ser tão grande que não ia dar sossego. Pra quem quiser assistir, aí vai o link do vídeo: http://www.unipar.br/vestibular2007/vt/vestibular_100k.wmv

(Casa Branca)


Amanhã devo instalar a internet lá em casa e aí tudo vai ficar mais fácil pra mim. Então é isso. Vou ficando por aqui. Espero que tenham gostado das fotos. Até a próxima!

(The National Mall)

segunda-feira, outubro 16, 2006

Falta tempo, mas não histórias pra contar...

Olá meus queridos, deu pra perceber que não tem sobrado tempo para eu postar no meu blog né. Pois é, juntou a chegada da minha mãe e nossos primos Ludia e Jurandir com a semana da mudança pro novo apartamento, aí virou uma correria. De qualquer forma, tenho guardado na minha memória os melhores momentos e vou contá-los agora. Vou tentar ser meio breve porque ta fazendo um frio danado aqui. Acabei de ver no termômetro na rua: 7 graus centígrados.


Eles chegaram na terça, mesmo dia que eu fui na imobiliária assinar a papelada e buscar as chaves do apê. Tudo que o tiozão tem de simpático e extrovertido a secretária dele tem de tímida e desinformada. Eu tinha ido à imobiliária as 4 da tarde. Até aquela hora o pessoal não tinha dado sinal algum de que tinha chegado. É claro, pela lei de Murphy, eles tentariam falar comigo qdo eu estava ocupado. E não deu outra, me ligaram qdo eu estava no metro e ainda foram na Microsoft atrás de mim enquanto eu estava na imobiliária, a recepcionista me chamou pelo sistema de som até cansar. Liguei então no hotel deles e combinei de encontrá-los mais tarde. E foi o que aconteceu. É sempre bom estar com pessoas queridas, com a mãe da gente então nem se fala. Eles estavam bem cansados graças a viagem cansativa. Mesmo assim toparam de irmos ver o meu novo apto.

(Visão lateral do meu prédio; logo postarei fotos de dentro do apê)

Ensinei a eles +/- como andar no metro e fomos nós. Chega no meu prédio, nenhuma chave abre a porta da frente. Por sorte alguém abriu pra gente. Chega no apto, nada de abrir a porta. Putz, só podia ser brincadeira. Mas aí o Jurandir conseguiu abri-la qdo eu já tinha desistido. Acontece que ela funciona no sentido contrário, fazer o que. No outro dia fui descobrir que tem jeitinho para abrir todas as portas, o tio me disse: “you have to play a little bit with the keys”. Então ta né. Ainda a noite os levei para jantar no restaurante mediterrâneo e já os instiguei a passar óleo de peroba na cara e encarar os americanos falando inglês.
(Ludia, Jurandir e minha mãe, de metro, me ajudando na mudança)

No dia seguinte, fomos almoçar num restaurante mexicano e meu colega Francisco da MS foi conosco. Aí virou uma torre de babel: inglês, espanhol e português misturados hehe. Mas foi bacana. A não ser pelo fato de a Ludia e Jurandir não terem curtido muito o prato apimentado, mas foi bom pra experimentar pelo menos. Dali em diante o Francisco vem todo dia querendo aprender português hehe. Trabalhei a tarde e nos reencontramos a noitinha. Quando estávamos indo pro meu apto, uma japonesa mais velha começou a passar mal do nosso lado. Quase desmaiou. Acudimos ela e tentamos ajudar. Mas eles não falavam nada com ela, ou melhor, falavam português como se ela entendesse: senta, baixa a cabeça, respira fundo hehe. Aí eu tive que intervir e tentar ver o que ela tinha, se precisava de ajuda etc. Acabamos levando ela pra dentro do shopping e emprestei meu celular pra ligar pra irmã dela vir busca-la. Nesse meio tempo fiquei falando com ela enquanto eles procuravam no dicionário palavras que tem a ver com doença. Leram leram aquele dicionário mas não falaram um A. Daí a japonesa ficou se explicando, pedindo desculpa e tal. Ela tem diabete e fica sem comer no almoço porque não da tempo. Aí eu falei pra ela que não podia fazer isso, que tinha que comer antes de ficar mal, etc etc. E acabamos indo embora quando ela melhorou.

Fomos a Cleveland Park ver se as tais chaves agora funcionavam e também visitar uma cama usada pra comprar. Vi a cama, usada mas em boas condições e barata, mas não tinha como transporta-la, mesmo estando a 3 quadras apenas do apto. Tentamos com meio mundo: no posto, no mercado, com táxi etc. e nada de ninguém pra ter uma camionete pra levar (é muito pesado pra levar na mão). Desistimos e fomos testar as chaves. Dessa vez, playing a little bit deu tudo certo. Fomos então jantar num barzinho bacana ali por perto. Cada um comeu uma coisa e tomamos cada um uma cerveja diferente. Batemos papo e, quase no final, uma garçonete, que na verdade era gerente do bar, veio falar com a gente: vcs são brasileiros!!! Aí pronto, sentou e ficou conversando com a gente. Ela era gaúcha. E já sabe né, quando brasileiros se encontram no exterior da o que falar, ainda mais depois de umas cervejas hehe. Aliás, depois das cervejas, o Jurandir e a Ludia e minha mãe já tavam todos felizes porque tavam entendendo quase tudo que o pessoal falava em inglês. O que só vem confirmar minha teoria: beba e se transforme imediatamente em poliglota.

Na quinta resolvemos ir ao shopping lá em Wheaton pra comprar tudo que fosse possível e necessário pra minha nova casa. Fomos depois do almoço e só voltamos as 11 da noite. Andamos um monte lá e compramos um monte de coisas também. Desde um colchão de ar, passando por panelas e pratos até material de limpeza. E é claro duas malas gigantes: uma pra minha mãe e outra pra Ludia. Foram a salvação, pois botamos todas as compras lá dentro e então foi possível carregar tudo. Foi cansativo e cômico, já que era uma cena engraçada a gente arrastando aquelas malas, sacolas e vassoura. Coisa de louco, aventuras incríveis hehe. Mas ainda bem que eles estavam aqui, senão eu tava ferrado pra montar meu apê.
(Chegando em Cleveland Park Station de mala e "cuia" no sábado)

Sexta tirei o dia pra trabalhar. Pedi pra marcar uma reunião com meu chefe e ele me mandou falar com a Linette pra ver a agenda dele. No final das contas ficou marcada uma reunião por telefone pra semana que vem já no horário da noite. Quase não é ocupado o colega. Embora tenha trabalhado o dia todo, ainda almocei com minha mãe e os primos. A tarde eles foram pro apto dar uma limpada geral pois sábado eu mudo em definitivo. Fui pra lá só a noitinha quando terminei minhas coisas. Cheguei lá e já tava ficando mais com cara de casa. As coisas mais limpas e organizadas. Apesar disso, ainda ta vazio, pois não tenho móveis, a não ser minha cama de ar que eu enchi com uma bombinha e ficou uma beleza.


Nesse tempo que deixei eles sozinhos, eles tem se virado bem e tentado entender o inglês. É cada história que parece piada. Mas aí precisa que eles contem outra hora. Sei que depois da limpeza fomos num restaurante italiano meio chique. Chega lá, pedimos um vinho e de cara me pediram ID. Daí a Ludia pediu uma sopa, minha mãe um tipo fundue, e eu e Jurandir pedimos almôndegas (meatballs). Tomamos o vinho, comemos uns paezinhos que estavam na mesa e quando chegaram os pratos, putz, foi um ataque de riso generalizado e indisfarçável. Vcs não acreditam, mas veio um pratinho quadrado com 3, isso, 3 almondegas minúsculas e um molhinho mixuruca por cima. Quase morremos de tanto rir daquilo, pois era ridículo. Pode ser chique, mas é ridículo. Aí eu pedi mais pão né, afinal, aqueles projetos de almôndega não iam matar nossa fome. Mas foi engraçado d+, e caro também.

Sábado foi o dia da minha mudança definitiva para o apto. É claro que aproveitei muito bem o último café da manhã do hotel. Perto do almoço, fomos então para Cleveland Park, eu, de mala e cuia. Passamos metade da tarde esperando alguma lavadora de roupa ficar livre e lavando meus lençóis e edredom. Ainda bem que em 45 minutos tava tudo pronto, inclusive tudo seco. Quer dizer, algumas partes das coisas ficaram úmidas. Daí improvisamos um varal no meio da minha sala com o fio da TV a cabo e deixamos pra secar. Quem passa pela garagem e via aquele varal devia pensar, nossa, faz uns 20 anos que eu não vejo ninguém usar esse método para secar roupas, de onde será que esse povo veio?

(Visita à Basílica da Nossa Senhora da Imaculada Conceição, padroeira americana)

Quase à tardinha, pegamos o busão e fomos para o hospital buscar o resto das minhas mucutas. Antes, paramos na Basílica da Imaculada Conceição, a padroeira dos EUA. A igreja é muito bonita e gigante. Ela fica perto do hospital. Eu passava todo dia na sua frente, mas somente desta vez fui visitá-la. E ainda chegamos no meio da missa. Já no hospital, mostrei meu local de trabalho para eles, pegamos minhas coisas e fomos de volta pra casa de ônibus. Fazia um frio daqueles! Em CP (Cleveland Park), fomos jantar umas pizzas na lanchonete da brasileira e depois cada um pegou seu rumo.

(No hospital, finalmente uma foto minha no Washington Hospital Center)

Fui pro meu apê, era minha 1ª noite num canto só meu. Tratei de desfazer minhas malas e guardar todas as roupas. Finalmente depois de 5 meses, meu guarda-roupa deixava de ser minhas malas para ser um closet. Depois de algumas horas arrumando tudo, era hora de dormir e estrear meu colchão de ar. Simplesmente deitei e dormi. Entretanto, lá pelo meio da madrugada eu acordei com frio: sentia tudo gelado por baixo de mim, culpa do colchão de ar é claro. Coloquei uma roupa mais quente e não adiantou. Coloquei uma coberta por baixo, mas continuava gelado. Já não sabia mais o que fazer quando fui fuçar no termostato (super antigo) pra ver se o tal ar condicionado esquentava o ambiente. Então descobri, mesmo no escuro, um botão escondido que regulava a temperatura. Na hora aumentei e aí sim começou a esquentar e foi possível voltar a dormir. Mas não posso reclamar muito do meu colchão pq ele ta me servindo de local para refeições, local de trabalho, local de leitura e até mesmo local de dormir!

Domingo combinamos de nos encontrar na estação de CP mesmo para irmos visitar os pontos turísticos famosos de Washington. Fomos à Casa Branca e, por sorte, vimos meio de longe o helicóptero presidencial pousar no quintal dos fundos, onde um monte de gente esperava o cara. No Washington Monument estava tendo um encontro de donos de cachorros e cachorros, a favor dos animais sem teto. Tinha tudo quanto é tipo de cachorro, um mais bonito que o outro. No final ainda acabamos saindo junto na passeata com a cachorrada hehe. Visitamos ainda o Capitólio, a Suprema Corte e alguns museus. Tomara que agora minha mãe e a Ludia parem de achar que a Casa Branca é o Capitólio. Foi difícil convence-las do que é o que hehe. Cansados, pegamos o metro e fomos embora.

Cansados tbm deve estar você, leitor do meu blog. Mas de acordo com que as coisas vão se ajeitando, voltarei a postar mais frequentemente e com textos mais breves. Abraços a todos e voltem sempre!

sábado, outubro 07, 2006

Home, sweet home!


Boas notícias! Agora eu tenho onde morar, um canto só meu. Fica no prédio aí da foto, virado pro lado dos fundos. Embora o prédio tenha sido construído em 1960, está tudo muito bem cuidadinho por dentro: nada de carpetes fedendo a cachorro ou elevadores de filme de terror. Espero me dar muito bem na minha nova morada.

Mas não foi fácil, como vcs bem sabem, achar esse apto. Na sexta-feira eu fiquei na expectativa o dia todo e nada de me ligarem. À tardinha dei uma passada no hotel e resolvi ligar de lá pro tiozinho da imobiliária. Como eu desconfiava, havia problemas. Ele me disse que tinha um outro cara que também tinha se candidatado a alugar o apto, e quem iria decidir era o proprietário. Até aquele momento não havia decisões, mas o tiozinho me prometeu uma resposta ainda ontem. Decepcionado, voltei ao trabalho e fiquei esperando alguma ligação até as 9:30 da noite, e nada.


Nesse meio tempo, deu tempo de jogar conversa fora (falar besteira mesmo) com o Marcelo e Renan, afinal eles só falam coisas sérias!! E também de falar com meu pai. E meu pai começou a achar que o tiozinho tava me enrolando, que tinha alguma coisa errada na história. Aí fiquei desconfiado, pois meu pai, que é um cara que não desconfia de ninguém, tava achando que tinha caroço no angú. Entretando, eu relutei em pensar isso pois eu tinha sentido uma empatia muito grande em relação ao tiozinho, isso desde a primeira vez que liguei pra ele. Achei ele muito sério e gente fina, não era possível que eu estava sendo enrolado, ou era?

Voltei pro hotel já tarde da noite, desanimado e pensando que tinha perdido mais uma oportunidade. Porém (sempre tem um porém, ainda bem), quando entro no quarto vejo a luz do telefone, sinalizadora de mensagens, piscando. Logo entendi: o tiozinho registrou o numero do hotel, a hora q eu liguei, como meu número e por isso ligou de volta naquele telefone. Ouvi a mensagem e era mais ou menos assim: Renato, tenho boas notícias pra vc, mas me ligue imediatamente. Putz, boa noticia é bom sinal, mas imediatamente é mau porque a ligação tinha sido as 6 da tarde.

Pensei, pensei...será que eu ligo agora pra ele. Mas ele já é bem velho, e velho costuma dormir cedo, putz, será que ele achou que eu me desinteressei? Bom, não quis nem saber, peguei e liguei pois eu não podia arriscar de perder essa de novo. Logo que ele atendeu, eu pedi desculpas por ligar tão tarde (e pediria mais 2 vezes ainda) e recebi a tal boa notícia, foi assim:
-Tiozinho: quero te dizer que agora vc tem um apartamento!!! (todo empolgado falando)
- Eu: ótimo! Estou muito feliz com essa notícia, muito obrigado! E agora o que eu faço?
- Tiozinho: ligue para minha assistente segunda-feira que ela vai te explicar. Nós vamos ter que tirar uma parte do seu dinheiro. (em tom de brincadeira)
- Eu: ok, ok, sem problemas! Mas me desculpe por ligar tão tarde.
- Tiozinho: não precisa se desculpar, eu estou aqui pra te ajudar e estava esperando sua ligação.

Fala que o tiozão não foi bacana comigo? Eu sabia que ele não ia falhar. Quer dizer, não sabia, mas tinha uma intuição. E agora eu tenho meu apto! Vou acabar de resolver a burocracia e então correr atrás da mobília (se resume a uma cama, uma mesa e umas cadeiras).

Hoje cedo radicalizei no café da manhã, comi bacon com omelete. Obviamente que já eram umas 10:30 e então foi praticamente um pré-almoço. Mas sabe que encaixou bem? Acho que vou comer isso amanhã de novo hehe.

Durante o dia fiquei na MS o tempo todo. Só eu no escritório gigante vazio. Ainda bem que pela internet eu nao fico sozinho, sempre aparece um amigo, ou a Fer, ou meus pais, meus irmãos. Aliás, estão todos convidados a visitar meu novo apartamento hehe. Espero vcs lá!

sexta-feira, outubro 06, 2006

Na expectativa...

Ai ai, mais um dia cheio. Ao menos hoje terminou com ótimas perspectivas, como vou contar a seguir. Logo cedo a consultora da imobiliária me liga avisando que não ia dar pra visitar o ap hoje. Eu já tava acordado mesmo, aproveitei e fui tomar o café do hotel. Dessa vez encarei o ovo mexido deles e digo: até que é bonzinho, mas não se compara com o da minha mãe, ainda mais se for comido na janta e nao no café da manha.

Fui pra MS e fiz mais ou menos o que uma pessoa preocuapada faria: liguei pra tudo quanto é imobiliária, prédio e site que eu via pela frente. Só serviu pra confirmar que nao tinha quase nada disponivel mesmo. Mas... um deles me disse que o apto em referência estava meio alugado. Tavam esperando a confirmaçao do cara e tal. Ok, pedi pra ligar de volta caso houvesse alguma novidade. Como eu já tava mais do que encanado, comecei a pensar, poxa estou na situação exata para que aconteça um daqueles milagres, tipo algo completamente inesperado, uma surpresa, uma oportunidade cair do céu. Ou seja, tava meio sem saída e sentindo que qdo a coisa ta preta, sempre uma coisa supreendente acontece pra salvar tudo.

De repente, perto da hora do almoço a consultora me liga gritando: achei, achei um apto pra vc! Venha correndo aqui pra gente ir lá ver. Pronto, falei, olha aí, aconteceu meu milagre. Larguei tudo, desci correndo, peguei o metro e fui pra Cleveland Park. Qdo to na rua indo ao local combinado, depois de uns 300 metros andando perto de uma mulher baixinha foi que eu reparei que ela era a própria consultora. Tava tão empolgado com o novo apto que nem percebi ela antes. Daí fomos e visitamos o tal. Gostei do apto, embora o prédio seja meio velho e o carpet feda a cachorro (aliás como a maioria dos prédios antigos por aqui). Ok, gostei, mas... só então ela foi me dar o preço e o pior, a data para mudança: novembro. Tudo foi por água a baixo.

Saindo de lá, resolvi andar a esmo por ali e todo prédio que eu via alguma placa de aluga, eu ligava ou perguntava no interfone. Mas nao achei nada mesmo. Voltei de metro pra MS, almocei uma porcaria de um sanduba apimentado e fui trabalhar. Aí to lá configurando meu smart card (meu crachá), para isso eu insiro ele do lado do laptop numa entrada especial (ele é usado pra autenticar as coisas). Terminei e fui ao banheiro escovar os dentes. Opa, jóia, já decorei a senha do banheiro e entrei sussegado lá. Quando sai, fui na porta do escritório e surpresa, esqueci o cartão dentro do laptop e não podia abrir a porta. Eita vida. Vai eu pedir favor pros outros de novo para abrirem pra mim. Entrei e fui pegar um café pra mim quando vi o pessoal, quer dizer, uns camaradas meus, jogando pebolim na cozinha. Logo que eu cheguei perto já falaram: agora estamos ferrados, tem brasileiro na área hehehe. Briquei um pouco com eles mas, pra decepção deles, eu sou pereba no pebolim.

Como percebi que eu não ia me mudar tão logo, pedi à Microsoft para extender minha estada no hotel para mais uma semana. Sem complicações, eles aceitaram. Agora vou poder comer ovo mais vezes no café da manhã.

Mais tarde um pouco toca meu celular. Eis que era o cara do apto meio alugado dizendo q não rolou e que eu poderia visitá-lo. Oba, era minha chance, meu milagre. Vi direitinho sobre o ap na internet e confirmei que era em ótima localização, bem onde eu sempre quis. Peguei de novo o metro pra Cleveland Park e fui até o predinho. É um prédio relativamente pequeno e é o ultimo de uma rua sem saída que termina num parque chamado Rock Creek Park, tipo uma mata nativa aqui que se alastra por toda a cidade. Na frente do prédio estava o tiozinho, um cara já de cabelos grisalhos e que usava aparelho de surdez. Nos cumprimentamos e fomos ver o ap. Reparei que o predinho, embora um pouco antigo, estava muito bem cuidado. Carpetes novos, pintura nova, lavanderia zeradinha. O apto fica no térreo mesmo, de fundo. E o tiozinho foi me falando que várias pessoas já tinha visto o apto hoje, aí fiquei preocupado. Entro no ap, tinha duas pessoas lá vendo. Po, falei, tenho que fazer alguma coisa pra conseguir esse apto. Dei uma olhada rápida: é tipo um kitnet do tamanho ideal pra mim, tá com o piso novo, tá bem cuidado, com cozinha e banheiro ajeitados e a janela tem visão para a garagem e o parque. Em 3 minutos eu vi tudo e já saí falando que era exatamente o que eu queria, até porque era mesmo. E falei pro tio: o que eu faço pra ser o 1º da lista, quero esse apto. Ele então me instruiu a preencher um formulário e pagar uma taxinha. Enquanto preenchia, as pessoas foram embora e fiquei batendo papo com ele. Contei de todos os rolos meus até hoje e assinei o formulário. Ele disse que iriam avaliar minha situaçao financeira e amanhã me darão a resposta. Desde então estou apreensivo pra saber o resultado. É claro que falei pra ele que qualquer problema é só me ligar, mas sei lá, depois de tudo que eu já passei aqui eu fico com o pé meio atrás. Mas... ao sair do prédio, ele ofereceu carona até a MS. Descobri que ele é nada mais, nada menos que o presidente da imobiliária. E tinha um carraço. Fomos batendo papo e, no caminho, ele me disse: pelo tempo que vc está aqui seu inglês é excelente. Pela primeira vez alguém elogiou meu inglês. Não que eu acho que falo maravilhosamente bem e ninguém nota. Eu sempre quis melhorar e falar bem, e esperava um dia chegar ao ponto de poder fazer o que estou fazendo, me virando em várias situações em uma língua diferente. De fato não acho excelente meu inglês, e disse isso a ele; acho mediano, razoável, mas fiquei feliz com o elogio. É claro que aí entrou o dom de comerciante do tio, há mais de 30 anos nesse ramo, e foi consequencia dessa minha semana na qual tenho falado muiiiiiito com todo mundo. Por isso digo, nada melhor do que tentar arrumar onde morar para pegar fluência na lingua hehe.

E é isso. Estou na expectativa, meio ansioso, meio apreensivo, esperando que dê tudo certo com meu apto. É esperar para ver!

quarta-feira, outubro 04, 2006

Procurando onde morar


Oi minha gente, tudo certinho? Comigo várias coisas têm dado certo, enquanto outras ainda estão pendentes. Já estou estabelecido no escritório da MS mas ainda tenho algumas surpresas. Ontem, por exemplo, me deu aquela vontade de ir no banheiro mas eu não sabia a senha da porta do banheiro. Isso mesmo, o banheiro tem senha pra entrar. Aí tive que pedir a um colega que me passasse tão importante código hehe.

Como eu havia prometido, aí vai a foto do meu novo crachá. Detalhe: a foto não foi tirada na MS, mas sim no hospital. Fotos do meu novo local de trabalho ficam pra depois.


Hoje foi um dia bem corrido pois estou correndo atrás de um apartamento pra eu morar. Liguei em algumas imobiliárias e marquei com 2 consultoras para visitar apartamentos: as 11h e as 12h. Peguei o metro e fui encontrar com a 1ª. Combinamos na frente de um prédio lá. Ela havia dito que tinha 2 aptos disponíveis em Cleveland Park, o bairro que me interessa. Quando encontro ela, ela me diz: me desculpe, mas um dos aptos é só pra daqui 3 semanas e o outro acabou de ser alugado. Ou seja, rodei. Era o sinal de que as coisas seriam mais difíceis do que eu imaginava.

Dali fui para o segundo compromisso, desta vez com a mesma mulher que me alugou o apto que não deu certo meses atrás. Basicamente o que ela me disse foi: não tenho nada disponível nesse bairro para as próximas semanas. Putz, e agora? Eu tenho que sair do hotel no sábado, pra onde vou? Bom.. aí fui ver um apto de 1 quarto que era muito grande, muito caro e só poderia entrar dia 20. Nada feito. A seguir fomos no mesmo prédio que eu tentei alugar o apto meses atrás. Aí ela disse que tinha um kitnet que iria liberar pra novembro, mas que ela tentaria antecipar. Chegamos lá, ela pegou a chave e foi entrando no ap. De repente, um cara acorda no susto. Ele tava dormindo e ela foi entrando, avisando que já tava mostrando o apto. Aí ele não quis não e mandou ela embora. Tbm nada feito, pra novembro não serve. Finalmente, saí de mãos abanando. Não tem nada, ta difícil. Mas, mais tarde ela me ligou dizendo que tinha um kitnet bacana mais pro centro da cidade, não exatamente em Cleveland Park. Ok, diante dessa situação, let’s go. Vou amanhã vou dar uma olhada e tomara que dê certo. Detalhe, mesmo que eu pegue o ap, só posso entrar dia 12.

A seguir fui pro hospital rever o pessoal por lá e trabalhar um pouco. Estão mudando um pouco as salas lá. Fiquei até as 8 da noite como de costume e depois peguei o metro até a Microsoft. Cheguei as 8:40.

Agora é torcer pra eu arrumar meu cafofo logo e me livrar disso finalmente! Abraços!

terça-feira, outubro 03, 2006

I am back!

Como o tempo passa rápido não é mesmo? Poxa, já passaram todos os dias que eu tinha direito de ficar no BR e finalmente estou de volta a DC. Ok, foram momentos ótimos e eu fiz o possível para aproveitá-los ao máximo. Justamente por isso na hora de ir embora da aquela vontade de ficar. Mas sabe que essa viagem foi muito diferente de outras. Primeiro porque eu estava animado com as novidades da MS; segundo que a ansiedade, medos, preocupações da primeira vez, do desconhecido, não existiam mais; e terceiro, que esta passagem inesperada pelo BR provou que as distâncias não são tão longas e o tempo passa rápido. Por tudo isso, viajei tranquilo e confiante.

Talvez justamente por isso (astral positivo atrai coisas boas), minha viagem foi uma das melhores, senão a melhor de todas. Conto porque. Logo de cara, no chek-in, não havia mais janelas disponíveis. Mas havia vaga numa fileira de 3 assentos, todos os quais estavam vazios. Seria ótimo para dormir assim, quero dizer, assim eu dormiria no voo. Entretanto, algum outro espertinho pegou uma das poltronas e acabamos ficando com uma vazia entre nós dois. De qualquer jeito sobrou mais espaço.

Na decolagem tava chovendo e passamos por umas nuvens carregadas, causando bastante turbulência. Não vou mentir, lembrei do acidente da Gol por alguns momentos... mas... o que há de ser será e não adianta se preocupar. Logo começaram os filmes nos monitores pessoais de 9 polegadas, sendo que eu estava querendo assistir 2. De cara assisti o Código DaVinci (o livro é bem melhor), gastando 2 h do voo. Em seguida emendei em Missão Impossível 3 (que achei o pior da série). Ou seja, de uma espera de 9 horas, eu já havia consumido 4 que passaram bem rápido. É claro que depois veio a fase difícil, em que o sono judia mas mesmo assim eu não caio nele. O cara do meu lado só falto virar de ponta cabeça tentando dormir. Eu também fiz meus malabarismos e dormi, acho, umas 2 h divididas em vários intervalos. E pra ajudar, o voo adiantou-se, algo raro, chegando 1 h antes do previsto em DC. Resumindo, o tempo passou até rápido e cheguei bem cedo no aeroporto.

Mas a sorte não acabou ali não. Lembrem-se do ditado: “os últimos serão os primeiros”. Pois é, provei que é verdadeiro. Isto porque dos terminais espalhados pelo aeroporto existem uns onibus grandões esquisitos que levam as pessoas para o terminal principal, onde fica a imigração e baggage claim. No aperto, eu consegui entrar no tal onibus, que tava lotado. Fui o último a entrar e foi por pouco. Eis então que ao encostar, o onibus desajeitado abriu as portas logo a minha frente e acabei sendo o primeiro a sair. Primeiro a sair e primeiro a chegar na fila da imigração que, no caso, não existia. Fui o primeirão. E olha que quem já passou por isso antes sabe o quanto é enrolado e demorado isso. Mas.... dessa vez dei sorte e o cara mal perguntou o que eu vim fazer e pronto, me liberou. Daí peguei a bagagem e ainda consegui pegar o onibus pro metro em cima da hora, 6:45 h. Ok, o metro estava lotado depois, fui em pé boa parte do caminho. Mas por volta das 15 para as 8 eu já estava no hotel.

Aliás, esse hotel fica no mesmo prédio da MS e a estação de metro tem uma saída especial que sai dentro do prédio. Po, não podia ser melhor. Entrei no meu quarto as 8 e ainda consegui tirar uma soneca antes da reunião. Aliás, do meu quarto da pra ver a MS. Mas antes de ir pra lá, eu precisava escovar os dentes mas... não tinha pasta. E o quarto tbm não fornecia. Tão chique que esquecem o básico. Dei na loca e resolvi escovar com sabonete. Putz, foi a pior coisa que eu fiz. Ecaaaaa que coisa horrível. Foi complicado viu. Mas saí do quarto e fui pra MS. Lonnnnge: do quarto desço uma escada rolante, pego um elevador e já estou lá.

Aï fiquei a manhã inteira na orientação para novos empregados (eu e + 3). O chefe do RH, chamado Schumacher, fez as apresentações. E foi bem mais simples que o do hospital. Melhor assim. Perto da hora do almoço, terminou. Ele me deu o crachá da MS com minha foto (um dia desses eu mostro pra vcs) e me levou pra área onde o pessoal do hospital está trabalhando. Po, adorei. Muito bacana. Reencontrei todo mundo por lá, cada um na sua baia ou cubículo como eles chamam. E é grande a parada. Fiquei explorando o local, reencontrando o pessoal até que achei um box escrito assim: Renato Cazangi 5443. Era o meu. Não tinha computador nem cadeira ainda, mas era bacana. Na verdade é tudo padronizado né, de todo mundo é igual. É tipo uma saleta de 3x2 com uma mesa grandona de canto, armários e todas as coisas de escritório em cima da mesa. Ah, tem até um telefone só pra mim. Sei que depois disso fiquei o dia inteiro correndo atrás das minhas senhas e dos meus computadores. Digo, cada um tem um laptop e um desktop. Enquanto não consegui ao menos o laptop não sosseguei. Descobri também uma cozinha super bacana e completa onde todo mundo pode se servir a vontade de café, bebidas e snacks. A cozinha tenha uma sacada pra parte interna do prédio, onde tem umas mesinhas e o pessoal fica lá nos breaks. De lá da pra ver meu quarto no hotel. Em resumo, o ambiente é bem gostoso eu achei. E ali todo mundo trabalha no mesmo ambiente, o que quebra um pouco do isolamento que acontecia no hospital. Espero que seja mesmo do jeito que estou imaginando. Mas.. não vou abandonar o hospital pois o meu motivo de estar aqui está e vai ficar lá: o robô.

Acho que escrevi d+ já né? É fácil advinhar porque. A porcaria do hotel, embora seja caríssimo, ainda quer cobrar pra usar a internet. Tá loco, trouxe o laptop mas não vou poder acessar a net aqui. Mas melhor assim, afinal preciso urgentemente descansar pois meu dia foi cheíssimo. E vou agora mesmo, um grande abraço a todos!