sexta-feira, outubro 12, 2007

O Dia que valeu por 1 mês

Sábado combinamos de conhecer a cidade fazendo um tour. Era o esquema de um ônibus aberto em cima que anda pela cidade e dá pra descer/subir (hop-on/hop-off) onde quiser. Com isso foi possível ter uma visão geral de como é Cingapura. Pra começar, vejam aí abaixo o símbolo da cidade/país, The Merlion. É um leão com corpo de peixe que, segundo eles, é o fundador "lendário" de Cingapura. Por isso Cinga (leão) Pura (cidade) em malaio.

Fazendo o tour, passamos por este caminhão com trabalhadores (coisa muito comum lá). Eu tava tirando fotos dos prédios e o cara com a mão erguida gritou: tira de mim! Aí eu tirei e disse pra ele que agora ele ficaria famoso. Aqui estou cumprindo o que falei pra ele.

Uma das coisas que mais impressiona em Cingapura, depois do calor infernal, é a arquitetura magnífica da cidade. Desde estilos romano e chinês antigo até designs extremamente modernos. É realmente impressionante as construções que se ve por lá. Juntei fotos que tirei nesse dia no video a seguir pra mostrar a beleza e os contrastes da arquitetura em Cingapura.


Dois lugares que passamos e descemos merecem o maior destaque: Chinatown e Little India. Nesses bairros, as pessoas vivem como se estivessem nos seus respectivos países de origem (China e India). E foi lá que eu tive umas das experiências mais surreais da minha vida, ao entrar e testemunhar os rituais dos templos Hindu e Budista.

Em Chinatown, vende-se todo tipo de ervas e animais nas ruas pra uso medicinal. Aí vc chega lá, fala o que tem, e eles te recomendam um remédio de cavalinho do mar seco com casca de cobra com alguma erva (foto abaixo). Entramos numa dessas farmácias de medicina chinesa e é incrível a organização e limpeza. E vimos os caras preparando as receitas (todas escritas em chinês). Eles medem todos os ingredientes numa balancinha manual (parece bem no olhometro). Daí vão fazendo uns montinhos que tem de tudo e no final moem pra fazer o pó. Nunca imaginei que ia ver isso ao vivo na minha frente. Incrível. Pena que não deixaram tirar fotos.

Por lá mesmo almoçamos, comida chinesa é claro. Com pauzinho, é claro. Garfo e faca nem existe. Mas tava gostoso esse noodles e não tinha nada de estranho (pelo menos eu não vi nada d+ no cardápio em chinês hehe). Tomamos uma cerveja de Cingapura (Tiger) que desceu doce, de tão calor.

Também foi legal ver os táxis de chinês, essas bikes que tem até capota, vejam só.

Mas sem dúvida o templo budista foi que chamou mai atenção. Gigante, imponente, vermelho, parece coisa de filme. Muito bonito, assim como por dentro.

Lá dentro era tudo muito bem cuidado, bonito. A parede era cheia de pequenos budas lado a lado. E, acredite, cada um em uma pose diferente. Centenas deles. Tinham monges vestidos de laranja lá também. É até difícil descrever um lugar desses. O som que se ouve lá dentro traz uma paz, é diferente. Ao invés de descrever, vejam o vídeo abaixo que fiz, prestando atenção nos detalhes e tentando ouvir o som ambiente.

Mudando da China pra India, mas ainda em Cingapura, conhecemos o templo hindu (foto abaixo). Este é o local mais diferente que eu já fui na minha vida. De fora dá pra ver todas as esculturas e um detalhe, não se pode entrar com calçado, somente descalço. Aí todo mundo larga os sapatos na entrada, sem preocupação nenhuma.


Olha eu com o pézão no chão dentro do templo hindu.

Assim como no templo budista, o interior é fascinante. Neste caso, ainda mais pois os rituais estavam em plena ativadade e, diferentemente dos budistas, há muito barulho nas orações. O ambiente também não tem nada a ver com o templo budista. É bem mais bagunçado, colorido, sujo. Me dá a impressão de ser algo bem mais popular. Os monges (ou pastores? ou...?) se vestem com uma canga branca que só cobre parte do corpo. Eles fazem todo tipo de benzimentos nos diversos deuses que têm no templo, e entregam comida (eu vi banana) para os fiéis. As imagens dos deuses também são algo muito exótico. Aliás, tudo nesse local era incrivelmente incomum pra mim. Nunca me senti tão em outro mundo como dessa vez. Não percam o video a seguir. Prestem atenção nos sons, cantos, rituais que eu consegui filmar.

Pra terminar esse dia cheíssimo, fomos a um show ultra moderno numa ilha à beira mar. Era um show de luzes, laser, fogo, água e som. Uma combinação disso tudo pra contar a história de uma princesa bla bla bla. A histórinha era mais pra criança. O legal mesmo eram os efeitos espetaculares como projeção 3D, explosões, etc. Vejam a seguir partes do show.

Dia da minha apresentação

No dia da minha apresentação, acordei cedo pra fazer uns ajustes e dar uma treinadinha. Fui pra sessão de robótica, que não estava muito cheia, e sentei pra assistir as 3 apresentações anteriores à minha. Como sempre, gosto de caprichar nas minhas apresentações e valorizo quem faz isso também. Eis que o 1º apresentador já começou chutando o balde: trabalha na NASA e tinha trazido o seu robô real pra demonstrar na hora. Foi legal o trabalho e mais ainda o bichinho de 4 pernas se arrastando pela mesa. Pena que o cara, americano, tenha falado com certo ar de superioridade que não cai bem em encontros científicos. Pior ainda foi que ele caiu fora da sessão tão logo terminou sua fala.

O próximo trabalho foi tão bom que eu nem lembro do que se tratou. Mas o terceiro foi bacana, muito bacana. Evoluiram um controlador pra dirigir um carro de corrida de controle remoto. E ficou tão bom que ganhou de várias pessoas em diferentes circuitos. Aí o apresentador, que era chair (chefe) da sessão, mostrou vídeos do carrinho, vídeo on-board, etc. Pensei comigo, legal, mas esses caras tão inflacionando a sessão. Desse jeito ninguém vai achar graça na minha apresentação. Oras, um traz o robô, o outro mostra carro de corrida....meus vídeos de hospital já eram hehe.

Bom, detalhe que esse cara levou 10 min a mais do que o tempo permitido. Mas, como era ele quem mandava, ninguém falou nada. Daí na minha vez, resolveram que eu não podia atrasar. Então ta né. Fui, falei, mostrei, expliquei e terminei dentro do prazo direitinho. Fizeram algumas perguntas logo depois e, ao final da sessão, algumas pessoas vieram falar comigo. Parece que gostaram.

Aliviado e livre da apresentação, fiquei vendo uma ou outra sessão até a tardinha, quando íamos fazer o safári noturno. Isso mesmo, é o único zoológico que só funciona de noite no mundo. Eles usam umas luzes especiais e tal. Lá no zoo, a gente tinha direito a uma janta. Tinham várias opções e eu quis pegar, pra garantir, a italiana. Era italiana mesmo, macarrão, molho vermelho. Mas olhe na foto o que eles inventaram. Botaram uns mariscos, lula e camarão no meio do molho. Até a comida italiana não escapa, ta loco.

Depois fomos de tremzinho passando por vários bichos. A guia falava bem baixinho e pedia pra não tirar foto com flash pra não assustar os animais. Pra que, um bando de japa na nossa frente só que tirava foto com flash. A guia falava pra parar, eles continuavam (veja no filminho, logo no começo eles usando flash e depois tomando um pito). ÊÊÊ japas! Até que a gente explicou meio na mímica pra eles e eles entenderam.

A verdade é que nem todos os bichos ficam na parte iluminada. Aí teve uma hora que não tinha nada. Eu, querendo zoar com os japas, gritei: -- ali, ali!!! Aí todo mundo: -- onde, onde??? -- Ele acabou de correr, eu disse. E os japas: -- ahhhhhhhh. Huahuahuhau, foi muito engraçado os japas procurando o bicho.

Andamos quase 2 h vendo bichos (vendo meio de longe, não é muito de perto). Vimos leão, flamingo, elefante, hipopótamo, entre outros. Depois voltamos pra civilização e então pro hotel. Precisava descansar do dia cansativo e se preparar pro fim de semana turistão.


domingo, outubro 07, 2007

Dia do Banquete

Véspera da minha apresentação, que não estava pronta ainda. Durante o dia todo fiquei assistindo a diversas sessões e, vira e mexe quando não tava muito interessante, eu ia fazendo ajustes nos meus slides.

À noite era o jantar da conferência. Eu não tinha certeza se ia por que precisava terminar minha apresentação. Mas, a brasileirada começou a se agrupar e fui então no jantar com eles. E não me arrependi, embora não tenha sido a comida o que mais me agradou. De fato, a comida foi ótima, pra quem gosta de coisas meio exóticas e principalmente seafood (coisas do mar).


Foram 7 pratos em sequência. Não vou lembrar todos agora, mas teve lula, teve peixe, teve sopa, teve macarrão. Dá até pra dizer que tinha algumas das coisas que a gente conhece, mas eles sempre botavam algo a mais que pra mim não precisava. A sopa, por exemplo, tinha umas algas no meio com uma consistência meio nojenta hehe.


O pessoal que tava na mesa, a maioria, tava adorando. Mas eu e outros só experimentavam e olha lá hehe. E pior que com os garçons não tinha conversa não, eles enchiam os pratos de todo mundo e não adiantava falar que não queria. Sorte de quem gostava, que daí a gente passava pra frente hehe. Mas era tanta coisa que, de pouquinho em pouquinho, deu pra jantar.


Bom, como eu disse, não foi a comida o que me marcou nesse jantar. Foram, na verdade, os shows que aconteceram durante o banquete. Isso mesmo, tinha um palco e a cada pouco vinha algo típico de Cingapura. No começo vieram uns caras meio vestidos de gueixa (ou coisa parecida) e ficaram dançando. A seguir, foi o mais legal: um cara com uns sacos e cestos. De dentro, ele ia tirando cobras. Wow, aquilo foi diferente. E o cara brincava com as cobras, provocava e ia contando a historia de cada uma.

Daí um pouco, ele dava beijo a cobra, enroscava no pescoço e no final, convidou o pessoal pra subir lá e experimentar a cobra. Eu hein! Pior que várias pessoas foram: uns caras, uma loira, sei não hahaha. E aí foi engraçado por que estávamos dividindo mesa com um casal super simpático da Austrália. E aí o cara queria que a mulher desse fosse lá pegar na cobra pra ele tirar foto. E ela foi! (mas não é a da foto) Isso é que é amor hehe.


Teve ainda um show com um cara de máscara que imitava bichos (um tigre eu acho) e ia trocando de máscaras meio magicamente. E, pra fechar, uma turminha veio dançar com uns pedaços de pau. Aí chamaram o povo pra lá dançar, tendo que ficar pulando pra lá e pra cá. Ah pronto, nossa amiga brasileira foi lá dançar, junto com outras pessoas. Vejam aí no vídeo.


Foi bem divertido, bem diferente. Cumpriu com a expectativa de quem esperava conhecer as particularidades de um país asiático. Ruim só que eu tive que ficar até de madruga terminando meus slides pro dia seguinte. Mas deu tudo certo, como eu vou contar no próximo post.


quarta-feira, outubro 03, 2007

Cingapura - Dia 3

Dia 3

Começou pra valer a conferência. Sessão de posters cheia e dá-lhe comida na moçada. Mesmo sendo de manhã já rolava uns rolinhos primavera e coisas apimentadas. Foi aí que comecei a encontrar a turma do Brasil. É sempre assim, no começo dá impressão que não tem brasileiros. Aos poucos eles vão aparecendo e, nesse congresso, contamos uns 10 ou mais no final. A maioria eu não conhecia. Tinha gente de Minas, do Rio, do Japão (morando lá) e até do Paraná. Olha aí na foto de baixo parte da turma brasileira. (Sildomar - Tokyo, eu, Helio - Rio, Elizabeth - Ouro Preto, Gerson - Rio, Renato - Ribeirão Preto)



Assisti umas sessões de papers e logo era almoço. E o congresso oferecia almoço pra todo mundo. Dá-lhe comida. Coisas do tipo lasagna de frutos do mar e pro aí vai. Eu que não sou muito fã de comidas exóticas tive que me virar hehe. Mas a comida era boa sim, muito boa segundo a opinião da maioria do pessoal.

Aliás não só a comida era abundante, os garçons também. Impressionante, tinha quase 1 por mesa. Era você olhar pro lado que já aparecia alguém pra atender. Se bebesse um gole de água, imediatamente eles vinham encher o copo. Se botasse o guardanapo no lugar errado, lá vinham eles arrumar. Nunca vi um povo tão preocupado em bem servir. Aliás, em tudo. Guias, garçons e até mesmo as pessoas na rua, muito prestativas.

Mais sessões de paper o resto do dia e conheci uma turma de portugueses lá. A noite resolvemos ir comer comida típica. E quem nos guiou foi um dos portugueses. Bom, no Brasil a fama dos lusitanos em questões de localização não é das melhores. Mas Ok, ele disse que sabia o caminho hehe, fomos atrás. Advinha o que aconteceu? Não me levem a mal, talvez tenha sido coincidência, mas a gente se perdeu hehe. Deu um trampo pra chegar no tal lugar. Olhem na foto abaixo Elizabeth, eu, Fernando e Mirassol (portugueses).


Lá era como um shopping cheio de quiosques só de comida. E tinha umas coisas um pouco diferentes. Primeiro um bando de cingapuenses (?) dançando musica americana. Digo, era uma dança toda cheia de passinhos coerografados e repetitivos. Era tipo um tai chi chuan e, curiosamente, eles faziam aquilo na frente de todo mundo e sem professor nem nada. E não tavam nem aí. Tinha velho, novo, mulher, homem, tudo misturado. A Elizabeth, colega brasileira, ficou louca pra dançar com eles. E foi mesmo, fizemos até vídeos hehe. Veja se é dificíl achá-la no meio da turma dançando haha. Mas até que ela foi bem pra quem não sabia os passinhos.



Mas fomos lá pra comer. E putz, cada coisa que tinha. Sopa de órgãos de porco, rim, intestino, etc. Eu hein!!! Veja na foto se dá pra ler os ingredientes das sopas (estomago, rim, figado, espinha, etc.)

Acabei comendo um noodle lá (tipo uma sopa de nissin com vegetais e carne). Outra coisa que chama a atenção é como a comida lá é barata. Muito barata, mais que no Brasil.

Cingapura - Dia 2


Dia 2

Foi o primeiro dia da conferencia. Como era soh de tutoriais eu soh fui pegar meu pacote da conf. Soh iam liberar mais tarde mas dei sorte de encontrar um prof brasileiro, o Helio. Dai ja fomos tomar um café e fico td certo. Não fiz muita coisa o resto do dia. Soh peguei o pacote e fui descobrindo descobri q essa era a conf mais bem organizada q eu ja fui. Muito mesmo, nos minimos detalhes. Reflexo do q eh Cingapura, lugar onde td funciona direitinho e eh bem feito. Melhor q os eua de lonnnge.

A noite era a festa de abertura. Era num museu e eu fui andando pra lá, naquele calor, suando bicas. Achei que sabia o caminho e acabei me perdendo, dei voltas e voltas até achar o museu, meia hora mais tarde. Até que tava boa a comida, embora um pouco exótica de mais pro meu gosto. Aliás, era só o começo hehe. Bati um papo com o pessoal que mexe com sist. Imunológicos e fiquei curtindo o visual da sacada do museu. Era bem na beira de um rio, cheio de barzinhos e prédios. Muito bonito.