terça-feira, agosto 05, 2008

Great Falls Park

Sábado passado fomos conhecer o Parque das Grandes Quedas, que é bastante famoso na região por ter como maior atração as "maiores cataratas da região leste dos EUA, depois de Niagara Falls". Dá até a impressão que realmente são grandes quedas d'água, não é mesmo? Pois é, vejam vcs mesmos nas fotos a seguir.

Era sábado a tarde e meu amigo israelense Uri estava com o carro alugado pelo último fim de semana. Daí resolveu fazer algo diferente e nós topamos a idéia de ir até o parque. Pegamos outro amigo Russo, o Alexei, e com a ajuda do mapa partimos. O israelense dirigindo e o russo "navegando" sem nunca terem ido pra aqueles lados. Advinha no que ia dar? Bom, a verdade é que o parque fica a uma meia hora de DC. Nós levamos 1 h. É fato que as highways aqui são bem movimentadas e cheias de entradas e saídas. Isso colaborou pra gente se perder algumas vezes, pegar rodovia com pedágio e até estrada de fazenda. Imagine a cena: um russo gritando pra virar pra um lado, os brasileiros pro outro e o israelense assustado no volante sem saber o que fazer. A coisa ficou russa hehe. Com um pouco mais de familiaridade com o mapa, eu consegui ajudar a achar o rumo e chegar no parque.
Não tinha muita gente, embora tinha muitos carros estacionados. Até por que o parque tem trilhas longas de vários quilometros e o pessoal se manda mesmo. Os que não vão caminhar ficam fazendo churrasco nas mesinhas de pic-nic. Nós fomos direto ver as tais quedas. Realmente elas são bacaninhas, mas pra quem está acostumado com as cataratas do Iguaçu, vixi, que mixaria hehe. Mas ta ótimo, pra gente que vive em DC, onde tem muito museu e prédio histórico, aquele é uma ótima atração natural.


O rio ali é chamado Potomac e é (ou foi) bem importante pra capital americana. Além de demarcar a divisa entre os estados de Maryland, Virginia e DC, ele foi muito usado há 2, 3 séculos atrás para transporte fluvial. Washington dependia muito dos barcos que vinham pelo rio para abastecer a cidade. E, curiosamente, as quedas d’água eram um baita de um empecilho pra eles. Os barcos não tinham como passar por elas e o pessoal tinha que parar um pouco antes, transportar por terra a carga até outros barcos que esperavam do outro lado das quedas. Se pros barcos de antigamente elas eram um problema, pros de hoje elas são o máximo. O pessoal dos caiaques e outros esportes de corredeira aproveitam das fortes correntezas naquela área.


Nós caminhamos um bom trecho pra cima das quedas e descobrimos lá uma barreira que faz aquela parte do rio mais parecer um lago. Disseram pra gente que o pessoal costumava cruzar a pé aquela barreira, indo do estado da Virgínia pra Maryland rapidinho. Se é verdade, não sei. Não caminhamos mais por que estava meio chovendo e, considerando o tempo de volta mais o tempo de ficar perdido, ia ficar tarde.


Na volta resolvemos americanizar um pouco o passeio e fomos para o shopping tomar um sorvete (sem errar o caminho!!!). Mas o shopping tava tão cheio, tão cheio (ahhh, descobrimos onde vão os americanos de sábado à tarde!!) que tivemos que subir até o último andar do prédio de estacionamento (7 andares lotados de carros) pra conseguir uma vaguinha. Ao menos lá de cima a vista era bacana J.


Voltando embora, ao deixar o Alexei na casa dele, a colega de república dele estava com umas amigas batendo papo e nos convidou pra ficar por lá. Depois do passeio natureba no parque, a experiência americana no shopping, fechamos a noite com um bate-papo super internacional: 3 brasileiros, 1 russo, 1 israelense, 1 moça da República Tcheca e outra das Filipinas. Foi praticamente um encontro olímpico com vitória brasileira hehe.