sábado, março 08, 2008

Viagem a Microsoft, e ao futuro...

Esta semana viajei para Seattle e Redmond para participar da TechFest, feira interna da Microsoft Research que apresenta as inovações e invenções produzidas por eles. A viagem foi de Washington para Washington (Washington DC, a cidade capital onde moro até o estado de Washington, que fica na costa oeste dos EUA). No total, levou umas 6 h de vôo, sendo que boa parte do tempo eu fui escrevendo minha tese. Quer dizer, tentando, por que obviamente, conforme a lei de Murphy, havia um nenê chorão do meu lado que “ajudou” a me concentrar na tese e, pelo trabalho que deu pra coitada da mãe, me inspirou bastante com relação a ter filhos. Mesmo assim fui persistente e escrevi quase que a viagem inteira.

Chegando lá 11 da noite, horário local (5 h a menos que Brasília), peguei o carro alugado e fui dirigindo para o hotel. É claro que eu não tava muito seguro, afinal de contas o aeroporto fica a uns 30 km do hotel, em Redmond. Embora eu tivesse um mapa, Murphy compareceu mais uma vez, já que a estrada estava em obras, cheia de cone, desvio, etc. Mas, devagarzinho cheguei ao hotel sem problemas.

No dia seguinte, fomos todos juntos para a feira em um carro só (eu e o pessoal do meu grupo). Do hotel até a sede da Microsoft se gasta uns 10 minutos, se não se perder no caminho (o que aconteceu algumas vezes). Rapidamente demos uma volta pelo campus da MS e deu pra perceber como é gigante. É praticamente uma cidade e lembra bastante campus de universidade, bonito e bem cuidado. Tem até dois campos de futebol. São 50 mil pessoas trabalhando lá diariamente. Isso explica por que é tão difícil achar lugar pra estacionar, mesmo os prédios tendo vários pisos só de estacionamento.


Vimos o prédio do Bill (na foto abaixo) e ouvimos várias histórias, como por exemplo de um cara que foi ter uma reunião com ele e, sem querer, falou alguma coisa de bomba. Contam que na hora saíram seguranças de trás das paredes (?) e retiraram o cara imediatamente. Dizem que os seguranças do Bill são programadores, os maiores e mais musculosos programadores hehe.
A feira foi no centro de conferências e tinha muita gente. Boa organização e segurança rígida, dado que a feira é confidencial, só pra funcionários. Nada de fotos. Eram 150 trabalhos sendo demonstrados ao vivo e 24 palestras. Muita coisa interessante e boas palestras. Ah, as salas de palestras são um show. Gastamos os 2 dias inteiros da conferência interagindo com o pessoal e vendo muitos projetos que podem, um dia não muito distante, revolucionar o mundo da tecnologia.


No 2º dia, um colega nosso, o John, chegou. Ele não veio no dia anterior por que tinha simplesmente “esquecido” hehe. Ao chegar, como o campus é muito grande, ele estacionou no 1º estacionamento que tinha e veio parar no prédio de conferência com os ônibus internos da MS. Detalhe é que na hora de ir embora pro hotel, ele não lembrava mais onde tinha deixado o carro. Ou seja, ele perdeu o carro no campus. Acho que gastamos mais de 1 h procurando esse carro. Ele estava parado num estacionamento do outro lado de lá da rodovia que corta o campus no meio. De lá pro hotel, viemos em 2 carros e, é claro, nos perdemos hehe. Foi uma aventura voltar ao hotel.

Falando em colega, na foto abaixo estou eu com a Liz. Ela é nova no nosso grupo e um dos seus objetivos é tornar o grupo mais unido e botar as coisas que desenvolvemos para funcionar na prática. Conversamos muito por lá e muitas boas idéias surgiram. Inclusive ela contou que adora cozinhar e que vai levar doces e comidas pra gente "testar" hehe. Eu já achava ela parecida com a minha tia Áurea (olhem a foto abaixo), depois então que ela contou que adora cozinhar, mais ainda! Falei pra ela que tinha ela me lembrava uma tia minha e dá tiramos essa foto pra comprovar.


No último dia, fomos visitar a casa do futuro. É uma casa super moderna que a MS criou pra demonstrar como as coisas serão em 5, 10 anos. Acho que já passou algumas vezes na TV no Brasil. De qualquer forma, o mais interessante é que tudo pode ser controlado por voz e eles usam muita projeção de imagens nas paredes, mesas, etc. Tinha muita coisa eletrônica e telas de LCD por todos os cantos. Alguns exemplos. Então a mulher falava pra casa que iria cozinhar e imediatamente a cozinha toda se acendia, e a receita que ela pedia aparecia projetada na mesa da cozinha. Ao colocar os ingredientes na mesa, a casa já os identificava e confirmava se estava certo ou errado. Na copa, ela deu ordem pra casa mostrar um ambiente de festa de criança. As cores todas mudam, imagens de festa aparecem projetadas nas paredes como pinturas, e na mesa surge um jogo de aviõezinhos virtual que você pode interagir. No quarto, por exemplo, o espelho tinha como que uma tela de fundo que detecta a roupa que você coloca na frente e diz se ta na moda, com o que combina, se ta dentro do padrão da escola e tal. Foi bem legal. Mas eu, particularmente, senti falta de um robô. Quem vai limpar a casa do futuro? Quem vai arrumar as bagunças do quarto do futuro? Só pode ser o robô do futuro, oras. Mas, um dia a gente chega lá.


No mesmo dia à tarde, fomos passear em Seattle (foto acima). Aquela região é perto do oceano Pacífico e é cheia de baías e lagos. Eu achei bem bonito, gostei. Mas o clima é bastante chuvoso e nublado constantemente. O que não é muito legal. Andamos bastante pela cidade e nos perdemos bastante, mas desta vez estávamos com um GPS que dizia pra onde ir. Ah se não fosse ele hehe. A atração mais famosa de Seattle é uma torre (foto abaixo), chamada Space Needle. Subimos lá e valeu os 16 dolares pela bela visão da cidade (última foto).

À noite peguei meu rumo pro aeroporto e embarquei de volta quase à meia-noite. Voei a noite inteira e consegui dormir quase o tempo todo, ufa. Tinha uma conexão em Chicago, só que lá tava nevando, pra variar. Aí pronto, o 2º vôo atrasou mais de 1h. Resumo da ópera: cheguei em casa quase meio-dia do dia seguinte, quebrado. Valeu a pena.