sexta-feira, julho 28, 2006

Uma semana surpreendente!

Depois de ter contando todas as histórias da minha viagem (Fer, obrigado pelos elogios aos meus textos), é hora de retomar o dia-a-dia, a rotina e tal. Pelo menos devia ser assim, mas incrivelmente não foi o que aconteceu essa semana. Acho que a onda de energia positiva e sorte que estava comigo no Canada me acompanhou pra cá. Vou explicar o porque.

Fui trabalhar na terça e, quando chego lá, tava um alvoroço. Todo mundo agitado. Fui descobrir a notícia surpreendente: a Microsoft comprou o instituto de informática e todo o pessoal junto. Eu caí de para-quedas nesse rolo. E as informações eram todas desencontradas, nada definitivo. Fiquei meio perdido e ao mesmo tempo empolgado é claro.

Mas depois veio a preocupação. Nem todos os funcionários seriam efetivamente contratados pela Microsoft. Haveria uma entrevista com cada um, e quem não fosse selecionado seria muito provavelmente mandado embora.

E a semana inteira envolveu a questão da Microsoft. Por um lado é algo muito bom, uma oportunidade única. Mas por outro lado, pode significar o fim da história por aqui. E aí eu vim convivendo com esse dilema esses dias todos, mas sempre tranquilo. Não cheguei a ficar nervoso ou preocupado pois qualquer que fosse o resultado eu estaria feliz.

Minha entrevista foi marcada pra sexta as 10 h. Na quinta, conversei com muita gente que já tinha passado pelas entrevistas e isso me assustou um pouco. Ouvi histórias muito ruins, muita pressão envolvida, testes meio esdruxulos (por ex. escrever 5 algoritmos no papel em 30 minutos) e coisas desse tipo. Realmente o pessoal que a vida toda teve aquele emprego não esperava passar por isso agora, por isso tava todo mundo meio tenso. Mesmo assim, várias pessoas me deram apoio, principalmente a Linette, o Aleksey e meu chefe Dr. Gillam.

Hoje (sexta) de manhã, acordei cedo, peguei o trem e fui lá no prédio da Microsoft aqui em Washington. Fiquei um pouquinho ansioso é claro, mas quando cheguei lá tudo mudou. Todo mundo que conversei lá foi muito simpático comigo, a começar pela secretária.

Basicamente duas pessoas me entrevistaram. Uma querendo saber informações mais burocráticas, visto, etc. E o outro cara querendo saber do meu trabalho. Eu achava que ai ser um negócio barra pesada, mas acabou sendo algo super bacana, pelo menos eu achei. Pode ser que eu esteja muito enganado, mas minha impressão foi das melhores. A entrevista não passou de um bate-papo bem light, sobre robótica, IA, e temas de pesquisa. Falei sobre o que eu faço no hospital e sobre tudo que já fiz até hoje. E eu gosto pouco de falar disso né hehe, falei pelos cotovelos. E me saí bem, não engasguei muito, consegui falar bem eu acho. Sei que depois de conversar por uns 40 minutos, terminei convidando o cara pra ir no hospital ver o robo, mostrar o que eu já fiz com ele. E o que ele me disse foi: It was nice to talk with you. Ou seja, ele achou bacana nosso papo. Com isso eu não poderia sair de lá mais satisfeito. É claro, pode ser que eu esteja enganado, pode ser que embora eu tenha tido uma boa impressão as coisas deem um resultado adverso, sei lá, é esperar pra ver.

Saindo de lá aproveitei pra procurar um supermercado, já que aqui perto do hotel não tem. Dado que eu recebi meu salário atrasado essa semana, fiz uma extravagância, uma compra de 30 dolares hehehe. Pode ser pouco, mas antes eu só comprava 10, 15 dolares. Comprei várias coisas, até polenta hehe. E ta um calor infernal aqui, eu de camisa preta, carregando um monte de sacola, uma beleza.

Depois, fui pegar o metro de volta. Ao entrar na estação, o trem já tava parando. Corri pelas escadas com aquele monte de sacola e entrei alguns segundos antes dele fechar as portas. Ufa! Sentei sossegado e fomos em frente. Porém! Na estação seguinte percebi que eu tinha pego o trem no sentido errado. Eita cabeção! Tive que esperar a outra estação ainda pra descer e então pegar o trem no sentido certo. Mas cheguei a tempo de fazer meu macarrão caprichado e almoçar.

Acho que a minha parte eu fiz, minha missão eu cumpri. Semana que vem sai o resultado disso tudo e, quem sabe, eu serei um dos novos pesquisadores da Microsoft. Mas... caso nada de certo, eu volto pro Brasil e estarei feliz também, pois estarei com pessoas que eu adoro e fazendo algo que eu também adoro.

Bom fim de semana a todos!

quarta-feira, julho 26, 2006

A volta pra Washington

Foi difícil, mas acordei as 4:30 da manhã pra pegar o taxi e ir pro aeroporto. Caindo de sono, desci até o saguão do hotel e por sorte já tinha um taxi esperando não sei quem. Como taxista também não sabia quem esperava, deu certo, e ele me levou pro aeroporto. E o cara foi bacana, diferente do árabe do turbante. Por que na hora de pagar ele ia dando o troco certinho, sem se fazer de joão sem braço. Aí então eu mandei a famosa "keep the change" e ele ficou todo feliz, desejando um bom dia pra mim. Acabaria sendo, mas depois de passar uns apuros.


Fiz check-in, passei pelo raio-x, onde me pediram pra abrir o laptop e fiquei esperando o embarque. Tava com tanto sono que acabei cochilando na cadeira de espera. Embarquei, e do meu lado foi um casal simpático de vô e vó. O sono era tanto que, finalmente, depois de muitos outros vôos, consegui dormir no avião. E dormi quase a viagem inteira. A não a hora que passaram oferencendo comida. Eu acordei meio no pulo e a aeromoça perguntou se eu queria um lanche. Quero! claro! Depois que ela me passou o sanbuda, veio a cobrança: 5 dolares. Putz! Esqueci que tinha que pagar. Aí pra não dar carão, paguei e pronto. Nem tava com tanta fome assim, comi metade e guardei o resto.


O vôo teve muita turbulência, e na hora de pousar em Torono foi meio tenebroso, embora o céu estivesse limpo. Com isso uma moça se desesperou e ficou chorando, resmungando, até o avião estacionar. Foram 4 hora de voo. E eu tinha um intervalo de 1:15 h para o próximo voo.


No aeroporto, corri pra pegar minha mala, pois tinha que passar na alfandega americana, feita já no Canada. Mas... eu cheguei no terminal 1 e enquanto eu esperava na esteira, avisaram que quem ia pros EUA deveria pegar a mala no terminal 2. Vai eu correndo como um louco pelo aeroporto procurando o terminal 2. Descobri! Que tinha que pegar um onibus pra ir pro 2. Aí espera o onibus, anda 5 minutos de onibus, nesse rolo todo faltavam 40 minutos pro meu embarque. Cheguei no terminal 2, peguei minha mala e fui meio na sorte parar na alfandega americana. Muito mal sinalizado.


Por incrível que pareça havia 3 filas: pra americano, pra canadense e o resto. Eu, como parte orgulhosa do resto, entrei na fila (que era a menor por sinal). Mas... esqueci de preencher um formulário. Voltei pra trás, preenchi e fui pra fila de novo. O cara que me atendeu, meio velho, tava todo devagar. Olhou os documentos e aí começou a tentar verificar no computador. Putz, foram uns 10 minutos assim. E ele xingava o computador, batia na mesa, perguntava se eu ja tive problema com visto, etc. Até que finalmente ele foi no guichê do lado e perguntou como fazia pra acessar os vistos do tipo H1B (o meu). Aí pronto, resolvido. Saí correndo faltando umas meia hora pra decolagem.


No caminho tinha outra divisão: quem ia pros EUA e quem ia pra Washington DC. No meu caso, claro, foi mais complicado. Me mandaram abrir a mala grande e até que eu não mostrasse que não tinha nada d+, não me liberaram. Ok, segui em frente. Aí tive que passar o laptop e mochila no raio-x. E eu também. Quando faltavam 15 minutos e achei que estava salvo, vi que não era bem assim.


Isto é, o portão de embarque do meu võo era o U. Detalhe que vai de A a U. Era o último. E se fosse perto, tudo bem, mas era no fim do mundo. Corri uma maratona dentro daquele aeroporto e não chegava nunca. Quando achei que tava perto, tinha uma placa: portão U, a 5 minutos. Putz, era tão longe que marcavam a distancia em minutos! Corri, corri e finalmente cheguei. Aham! Eis que lá tinha mais um grupo de seguranças e vai revistar tudo de novo. Abre mochila, laptop, caixinha do oculos, tudo! E depois ainda me revistaram com o detector de metal. Apitou na minha calça: tive que mostar que era o botão da calça. Apitou de novo atrás: tive que abrir a carteira e mostrar as moedas. Aleluia! Cheguei! E exatamente naquele momento estavam chamando pra embarcar. Em cima da hora.


Depois que estava dentro do avião foi uma maravilha né. Eram um EMB 175, da embraer, e o bixinho é um show. Todo moderno, design inovador, confortável. E ainda por cima cada assento tem seu monitorzinho wide screen interativo. Isso mesmo, vc vai tocando na tela e selecionando o quer assistir ou ouvir. Muito bacana.


Eu tava morrendo de fome, mas lembram do lanche sem-querer do voo anterior? Pois é, foi a salvação, mandei ver. E nem deu tempo direito de subir e já estavamos descendo. Rapidíssimo. 1 h de voo de Toronto a Washington. E no pouso eu senti falta de uma camera. Putz, que vista linda de Washington, do monumento, do Capitólio. Daria fotos esplêndidas. Mas ao menos as imagens estão bem guardadadas na minha memória. Pousamos e tivemos que esperar uns 15 minutos dentro do avião, pois não havia vaga pra ele estacionar.


Depois foi tranquilo, peguei minha mala, peguei o metro e cheguei rapidinho em casa. Cansado mas muito satisfeito com a viagem, a conferencia, o encontro com os amigos e tudo de bom que rolou no Canadá.

terça-feira, julho 25, 2006

Domingo, último passeio em Vancouver, um show!

No domingo, dormimos bastante pra recuperar do cansaço do dia anterior. Antes do almoço o Guilherme foi atrás de umas coisas pra comprar, souvernir e tal. Eu nem comprei nada de lembrança já que não ia voltar pro Brasil mesmo. Depois almoçamos no restaurante persa de novo e vimos mais alguns daqueles casais pela rua. Tava um calor danado.

O hotel estava um caos. Muita gente indo embora e outras chegando. Mesmo assim fomos lá acertar a conta pois eu ia sair na madrugada da segunda. Logo depois, por volta das 4 da tarde, fomos eu e o Guilherme pra conhecer as praias de Vancouver, bem perto do hotel. É, lá tem praia sim, embora seja mais famoso o frio rigoroso do inverno.

Chegando na praia, foi meio decepcionante. Praia de canadense é um negócio estranho. Não tem onda direito, a água é meio suja de algas e tem mais barco e lancha do que gente. Na areia, que mais parece uma serragem, tem troncos de árvore, toras mesmo, espalhadas por todo lado. Daí as pessoas ficam lá encostadas nas toras e tal. Vai ver que no inverno as toras viram casa de castor, sei lá. Do lado de cima da faixa de areia, existe um gramado bonito, com sombras e tal. Tem mais gente na grama que na areia.





Da praia que estavamos, dava pra ver o Stanley Park. Um parque famoso e muito grande que não tinhamos visitado ainda. Como a praia não deu muita graça, resolvemos ir conhecer o parque. E foi a melhor decisão. No caminho para o parque, fomos beirando o mar. E eis que surgiram outras praias, no mesmo estilo, mas lotadas de gente. Aí sim começou ficar mais com cara de praia. E tinha muito brasileiro por lá também. Continuamos caminhando pela pista que fica ao redor de todo o parque. Essa pista, por sinal, é dividida em uma lado pra pedestres e outro pra bicicleta e patins.

Piscina gigante.

E a cada tanto que andavamos, o passeio ia ficando mais bonito. Descobrimos uma piscina gigante na beira do mar (para 3000 pessoas) e vimos umas paisagens lindas. É claro, tiramos fotos e mais fotos. E o parque estava lotado, cheio de gente caminhando, de bike, etc. Esse parque é legal por que tem praia, parque, mato, piscina tudo junto. Tem pra todos os gostos. E é gigante, só de andar por fora dele já quase morremos embaixo daquele sol.

Visão do penhasco do parque, mar e o continente ao fundo.

Mas ainda tinha coisa bacanas por vir. A gente sabia que tinha uma ponte famosa do parque pro outro lado do continente. Mas enquanto andavamos, só viamos uma ponte mixuruca, pequena, lá na frente, bemmmm longe. Aí estavamos achando ruim, pois a pontinha era bem meia boca e muiiiiito longe. Quer dizer... iamos ter que andar um monte pra ver aquela porcaria de ponte? Mas eis que depois de umas curvas da pista, surgiu na nossa frente uma ponte gigante, suspensa, alta (infelizmente pintada de verde). Po, legal. Essa ponte sim valia a pena e ainda por cima era bem mais perto hehe. Acontece que a pontinha que viamos antes, era do outro lado do continente e a pontona estava escondida atrás das penhascos do parque.

A ponte suspensa.

Continuamos caminhando, já meio cansados, e quando estavamos proximos da ponte mais uma surpresa: do nada, surge um navio gigantesco, espetacular passando embaixo da ponte e ali pertinho da gente. Era um daqueles navios de cruzeiro, cheio de gente e com som e festa rolando. Poxa, na hora corremos e tiramos fotos. E ele foi embora pra alto mar. Daí um pouco, surpresa! Outro navio daqueles. E assim aconteceu com mais 2 navios. Um mais sensacional do que o outro. Eu contei pelo menos uns 15 andares em um dos navios. Um show. Demos sorte mais uma vez com o horário: coincidiu de pegarmos a saída dos navios de cruzeiro e bem embaixo da ponte suspensa. Mas deu uma vontade de fazer um cruzeiro hehehe. Um dia eu vou!!!!

O navio passando embaixo da ponte.


Tiramos mais uma fotos da ponte mas acabou a bateria da camera do Guilherme. Aí continuamos caminhando pelo lado oposto do parque, onde fazia sombra. Vimos vários hidro-aviões pousando e decolando no canal do porto. Lá eles usam muito esse tipo de avião. Aí quando eram umas 7 da noite (tava bem claro ainda) resolvemos cortar por dentro do parque pra voltar pro hotel. Já estavamos com as pernas doendo e acabamos não dando o resto da volta no parque. Ainda tivemos que andar mais uns 40 minutos até o hotel. No total acho que andamos uns 10 Km. Das 4 as 8 da noite. Mas valeu a pena mesmo. Foi muito bonito. E pensar que só iamos na praia..... Depois de conhecer o parque, a cidade subiu exponencialmente no meu conceito. Entrou até na lista de cidades que eu moraria hehe.

À noite fomos no quarto do Fernando e da Cynthia nos despedir. Batemos um papo e o Fernando até me agradeceu por que o São Paulo ganhou da Ponte Preta hehe. Depois fomos jantar e finalmente arrumar as malas pra viagem de volta. Foi mais um dia inesquecível em Vancouver.

Fim de semana no Canada - parte 1

Coquetel de encerramento do WCCI'06, do lado de fora do hotel.


A viagem está acabando. Mas as histórias não, já que esses últimos dias tem sido bem movimentados aqui. A começar pela sexta à noite, quando houve o coquetel de encerramento da conferência. Acontece que muita gente já tinha ido embora, deixando conosco seus tickets de bebidas. A comida tava meio pouca e meio apimentada demais, mas a bebida tava bacana. Tomamos umas cervejas e ainda distribuímos pros colegas brasileiros os tickets sobrando. Depois, pra arrematar, como ainda estavamos com fome, fomos ao McDonalds. Finalmente fomos pro hotel dormir pois iamos acordar muito cedo no sábado para fazer um passeio.

Despedida do pessoal na confraternização final (Eu, Eduardo, Ricardo e Fernando).


Sábado já estavamos de pé as 6 da madruga. 6:30h pegamos um onibus no hotel que nos levaria até o porto onde funcionam os ferry boats que atravessam para a ilha de Victoria. Fomos eu, Guilherme, Fernando e Cynthia. É claro que esse onibus ainda passou em vários hotéis pra pegar gente e, sendo todo mundo turista já sabe né, encheu de japones. Sei que até chegar no tal porto demorou um pouco. Lá tinha um monte de gente esperando pra entrar a pé no barco, e filas imensas de carro pra entrar também. O onibus, no entanto, passou por todo mundo e ficou esperando bem na entrada. Daí um pouco encostou a balsa. Mas não pensem em nada pequeno, por que o barco era gigante, o maior que eu já andei, quer dizer, naveguei.

O bixo era tão grande que tinha uns 10 andares, com elevador e tudo. Desses, uns 4 eram só pra carros, onibus e caminhoes. Tinha carretas lá dentro, carros com barcos, carros com carretinha de cavalo (e cavalos dentro!). Nosso onibus foi o primeirão a entrar e parou bem na ponta do barco. Aí todo mundo desceu e subiu pros andares de cima onde, vocês não acreditam, mas tem algo parecido com um shopping. Tem restaurante, lanchonete, várias salas com poltronas de espera, lojas, etc. Tudo isso distribuído por uns 4 andares. Do lado de fora, dá pra andar em volta do navio, subir no alto e ir na proa. Realmente eu nunca tinha visto nada igual antes. Aí é claro, tiramos fotos até não querer mais.

1o piso do navio, só para onibus e carros grandes.

Aí fomos pra lanchonete pra tomar um café da manhã. A gente lá comendo e o barcão balançando um monte. Muito estranho isso. Dava pra ver pelas janelas o balanço do barco. E a vista era muito bonita também. A travessia demorou em torno de 1:30 h. Ao chegar no outro lado, descemos para o onibus e deu pra ver direitinho o navio encostar na estrada de saída. Logo saímos e seguimos para a cidade que fica do outro lado da ilha. Eu tava com um sono danado e acabei dormindo no onibus.

Visão geral de uma das partes do jardim.

A cidade de Victoria é pequena, mas é a capital do estado. Chegando na rodoviária, pegamos outro onibus para um dos jardins mais famosos do mundo, o Butchart Garden. Mais uma meia hora de onibus, dormindo hehe. Ao chegar e descer do onibus, já percebemos: estava um calor infernal, coisa rara no Canada. Pagamos 23 dolares pra entrar no jardim (caro!). E aí visitamos tudo por lá. Realmente é muito bonito e muito bem cuidado. Tem flor e jardim de tudo quanto é jeito. Haja jardineiro! Tiramos muitas fotos, pra variar. Depois de visitar o jardim, queríamos almoçar pois já eram umas 3 da tarde.


Eu, no Butchart Garden, com a dança das águas no fundo.

Fim de semana no Canada - parte 2

Renato no jardim.

Mais uma foto do jardim.



Voltamos pra cidade e almoçamos num restaurante italiano chamado “Old Spaghetti Factory”. Além da comida não ser muito cara, ainda ganhamos sorvete de sobremesa. E é logico, deu aquela preguiça depois. Mas fomos visitar uns lugares, pois o tempo era curto. Vimos uma casa de alguém que foi importante, conservada como original, vimos o parlamento e a marina. Depois entramos no hotel mais antigo e observamos a arquitetura e a decoração do começo do século passado. Coisa fina. Ah, lá tinha também um piano tocando sozinho.

Tentativa de tocar o sino do navio na volta pra Vancouver.

Depois, acabamos indo ao shopping ver umas lojas e tal. Já era a tardinha e pra não chegar muito a noite em Vancouver, resolvemos ir embora. Pegamos o onibus na rodo e fomos pro navio de novo. Dessa vez tava mais vazio, mas a vista estava maravilhosa. Pegamos o melhor horário: o por do sol. Eu e o Guilherme ficamos a viagem inteira do lado de fora, só tirando fotos e observando aquela paisagem deslumbrante. Coisa linda o sol se pondo atrás das montanhas, fazendo reflexo no mar. Eis que no meio do caminho tinham uns barquinhos atravessando. O comandante do naviou deu uma buzinada, meu amigo, coisa absurda. Ecoou pela baía inteira, um barulho ensurdecedor. E saia da frente, por que o gigante passa por cima se bobear. Mas foi muito legal. Depois dessa “navegada”, aumentou ainda mais minha vontade de um dia fazer um cruzeiro de navio. Deve ser muito bom.

Dá pra ter ideia do tamanho do navio?


Olha o visual que tivemos durante 1:30 h até Vancouver, espetacular!


Chegamos no porto já a noitinha e continuamos de onibus até o centro da cidade. De lá voltamos a pé para o nosso hotel. A rua estava borbulhando de gente. O sábado a noite estava uma loucura de movimentado. Pra fechar o dia, fomos jantar uma pizza. Detalhe que a rua da pizzaria, embora seja bem normal, é meio que um reduto dos gays. E na calçada vimos vários, vários mesmo, homens de mãos dadas. Eram casais mesmo. Tudo liberal. A ponto de dois musculosões, sem camisa, ficarem passeando de mãozinha, digo, mãozona, dada. Sem comentários..... A Cynthia é que agarrou o Fernando pra que nenhum deles mexesse com ele heheheh.

Finalmente, mortos, cansados, quebrados, com sono, etc., voltamos para o hotel. Que dia!

sexta-feira, julho 21, 2006

Quase acabando....

Ola pessoal. Tenho mais algumas boas histórias pra contar, começando pela quarta a noite. Era o banquete da conferencia, o evento mais importante fora as palestras. Acontece que o horário do banquete coincidia com o horário do jogo do SP pela libertadores. Então eu levei o laptop comigo e fiquei assistindo o jogo pela internet hehe. Um monte de gente vai me criticar por ter feito isso, mas to de boa e fiquei feliz que meu time ganhou, mesmo nos penaltis.

Renato na janela do quarto do hotel (que vista!)



No jantar, entramos e sentamos juntos numa mesa só de brasileiros. Foi servida uma salada diferente, depois salmão com um tipo bolinho de macarrão e depois a sobremesa. O salmão foi o mais gostoso. Mas tiveram os vinhos também. O salão tava lotado. Após comermos, foi hora dos discursos e premiações. Isso foi bem demorado e chato. Os japoneses nas mesas do lado já tavam dormindo sentados.

Mas foi bacana, conversamos bastante, demos risada e ainda fomos os últimos a sair do salão. Isto é, não sem antes pedirmos vinho extra hehe. Aí quando não havia mais ninguém no salão e os garçons já tavam recolhendo as cadeiras, nós fomos embora. Nem era tão tarde assim, achei o povo meio fraco... mas.... eu tinha apresentação quinta cedinho, as 8, então tinha mesmo que ir dormir.

Acordei bem cedo na quinta, me troquei e fui pra sala da apresentação. Detalhe é que a sala estava trancada. Todo mundo, quer dizer, os gatos pingados que acordaram cedo, ficou esperando pro lado de fora. Até que abriram e chegou o chair da sessão. Daí instalei meu laptop, dessa vez sem problemas, e comecei a apresentação.

Não sei se por causa do vinho ou do que, eu tava meio travado pra falar, as palavras não vinham muito fácil no começo. Depois até que melhorei. Mas o conteúdo da apresentação tava bacana. Tinha umas 10 pessoas assistindo. A conferencia tava deserta, assim como eu tinha previsto, por causa do jantar.

Como 2 apresentadores faltaram, me senti mais a vontade pra demorar na apresentaçao. E assim acabei levando 22 minutos, 7 a mais do que o permitido. O chair fez algumas perguntas e boa.

Daí assistimos as demais apresentações e, no final, o chair resolveu, mais uma vez, me dar o prêmio de melhor apresentação.

Minha segunda apresentação.



Na hora do almoço teve uma palestra meio doida de um polonês famoso que eu não sou capaz de escrever o nome aqui. Foi legal que eu peguei e transmiti o som da palestra pro pessoal do LBiC. Pena que eu não pensei nisso antes, pois as melhores palestras já foram.

À tarde, eu vi algumas apresentações e depois entrei na internet pra falar com a Fer. Tava com saudade (tô ainda), mas deu pra se sentir um pouquinho mais próximo depois de 2 h de conversa pelo Skype.

À noite, fomos jantar num restaurante grego e tomar uma cerveja. Ficamos lá por um bom tempo, batendo papo e depois fomos procurar um lugar onde a cerveja fosse mais barata. Fomos então na rua mais movimentada aqui perto, onde tem vários barzinhos e tipo boates. E como estava muito agradável o clima, sem vento frio, tinha muita gente na rua e vestidos bem a vontade. Ficamos tomando uma cerveja e tal. E depois demos umas voltas pela rua, onde vimos várias coisas curiosas.

Primeiro, as pessoas todas chegam de taxi pra ir pra balada. Segundo, no meio do povo todo chique e produzido que está esperando pra entrar nos lugares, ficando circulando vários, muitos mendigos. Tudo doidão. E não dá briga nem nada, tudo pode e todos se misturam. Os mendigos ficam pedindo dinheiro. Alguns tem estratégias curiosas. Um carrega uma plaquinha dizendo que é o limpador das ruas. Junto ele leva várias vassouras e fica limpando as calçadas, a espera de algum doação. Outros ficam tocando violão e outros procurando gente pra acender o cigarro e receber uns trocos. E tinha um que segurava uma plaquinha assim: Ninjas mataram toda minha família, por favor, preciso de dinheiro para aprender kung fu e me vingar. Tudo doido hehe.

De repente baixou uns 3, 4 carros de polícia por lá. Tudo pra pegar um único cara que nem sei o que tava aprontando. Botaram ele com a cara no capô até que chegasse um camburão e o levasse embora. Finalmente voltamos pro hotel e fomos dormir.

Hoje foi meio dificil acordar. Mas o Leandro e o Guilherme tinham apresentações e foram pra lá bem cedo. Eu fui um pouco mais tarde. Antes do almoço, o Leandro e a Miriam foram pro aeroporto e devem estar embarcando nesse exato momento. Ou seja, começou a debandada.

Eu, Guilherme, Fernando e Cynthia reservamos nossa vaga para fazermos um passeio durante o sábado numa ilha a 2 h de barco daqui. Dizem que é bem legal, vamos ver amanhã. Pra completar, almoçamos num restaurante persa, onde comemos um prato que lembra os brasileiros: arroz, salada e tipo um espetinho de kafta. Tava bom.

Acabei de assistir a apresentação do Guilherme e ele foi muito bem. Tranquilo, passou uma segurança muito grande. Só que uma japonesada resolveu interrogar ele, mesmo assim ele se saiu muito bem.

Teremos agora a noite o encerramento da conferencia com uma confraternização. Tomara que seja legal. Vou indo pra lá!

Cintia, Leonardo, Guilherme, Renato e Leandro - 1o dia da conferencia.


quarta-feira, julho 19, 2006

Meio-de-semana em Vancouver

Esses dias depois da minha apresentação têm sido mais calmos. Estou assistindo algumas apresentações normais e as sessões plenárias, em que um cara que é o papa da área apresenta sobre algum tema em uma palestra mais longa. De fato, essas são as mais bacanas de asssistir.

Já vi uma de um cara famoso da área de neurais e IA que diz ter resolvido e entendido como funciona o pensamento. Meio pretensioso, mas foi interessante. Vi também uma do Mikulainen (não sei como se escreve) sobre inteligência computacional em jogos. Foi bem bacana pois ele faz uso de umas estratégias pra evoluir as redes neurais que controlam os agentes do jogo, muito parecidas com meu jeito de evoluir meus robozinhos. Realmente tem tudo a ver. Assisti também a palestra do Marco Dorigo sobre robótica coletiva e essa, sem duvida, foi a mais sensacional. O trabalho dos caras é espetacular e ele mostrou vários videos, foi muito legal. Finalmente hoje assisti a palestra do grupo de Stanford que venceu o DARPA challenge ano passado (o desafio para carros autonomos que devem atravessar um deserto). Foi muito legal também.

Fora as palestras, não tem sobrado muito tempo pra passear não. Talvez faremos isso nos próximos dias. Mas mesmo assim estamos nos divertindo bastante com as coisas engraçadas que vemos por aqui.

Estou postando atrasado uma foto da minha apresentaçao e outra da sessão de posteres.

Ainda preciso dar uma mexida na minha apresentaçao pois tá meio longa. Vou fazer isso agora. Aliás, apresento amanhã as 8 da manhã, sendo que hoje a noite tem um banquete. Sei não se vai aparecer alguém.

Bom, no fim de semana o pessoal brasileiro volta pro Brasil. Se eu pudesse, era o que eu queria fazer. Passar nem que fosse uns diazinhos pois to com uma saudade grande de todo mundo, especialmente da Fer, da minha famllia e dos meus amigos. Mas... let’s keep going.

Abraços!



Minha primeira apresentação.

Nós na sessão de posteres.

terça-feira, julho 18, 2006

3o. dia - minha apresentação


E o grande dia chegou, o dia da minha apresentação hehe. É claro que eu acordei meio tenso hoje e tal, algo normal. Fomos pra conferencia e logo de cara encontrei com o Fernando, a Cynthia e a Miriam. Aliás, o que tem de brasileiro aqui não é brincadeira.

Assisti algumas apresentaçoes. Mas a conferencia eh tao gigante, que existem 19 sessoes em paralelo e simultaneo. Cada uma dedicada a um tema diferente. É muita gente. Os orientais, coitados, são os que tem mais dificuldade pra fala ingles. Eu vi um que leu tudinho no papel, e mal lido ainda por cima. Sem contar que eles não entendem as perguntas. Deve ser realmente muito mais dificil pra eles.

Nos intervalos, temos coffee break com bebidas e comidas (as vezes) liberadas. Como cada um de nós vai pra uma sessao assistir temas diferentes, só nos encontramos nos intervalos.

No almoço tinha que ser rápido pois o intervalo era curto. Então fomos a um mercado aqui perto e compramos uns sandubas e tal. Comemos bem rápido, mas mesmo assim cheguei em cima da hora na minha sessão. Foi aí que começaram os problemas.

Eu era o primeiro a apresentar. Cheguei e o chair (tipo supervisor da sessão) já estava esperando. Eles têm um laptop pra gente usar, mas eu levei o meu e ja encaixei no projetor. Só que eu nunca usei esse laptop pra isso e, portanto, não consegui fazer a imagem ir pro telão. O chair pediu pra eu então usar o laptop deles, transferindo pelo meu pen drive. Peguei o pen só que daí vimos que o laptop deles não tem entrada USB. Nisso o chair, meio gordinho, já tava bufando e pedindo desculpas pra audiência (devia ter umas 20, 25 pessoas). Aí ele pediu emprestado o laptop do segundo apresentador. Detalhe, o cara e seu laptop eram japoneses. Tudo escrito em japones, windows japones, etc. Ok, coloquei o pen drive, abri a apresentaçao intuindo as teclas pelas posição no teclado hehe. Aí o chair se alivou e ia fazendo a chamada quando... eu puxei o laptop pra mais perto de mim, pq tava muito longe. Pronto! Deu pau na imagem que ficou toda rabiscada. O chair gordinho ja começou a suar frio de novo hehe. E o japones fuçou fuçou e nem ele entendia mais o que tava acontecendo hehe. Apesar de tudo isso eu fiquei sossegado, na minha. E sugeri que reiniciasse o computador. Deu certo e finalmente pude começar a apresentação depois de uns 10 min de atraso.

Apresentei, em inglês é claro. E correu tudo bem, fiquei dentro do tempo permitido e beleza. Daí no final, duas pessoas perguntaram e eu respondi. Nada muito complicado.

Sentei de volta, ja mais aliviado, e assisti as demais apresentações. O Fernando e a Cynthia tiraram fotos da minha apresentação, tenho que pegar com eles.

Um dos caras que apresentou era colombiano. E foi um trabalho interessante que tem a ver com o meu. Então, no final da sessão, juntou eu, ele e mais dois caras interessados em navegação de robôs pra bater um papo. Conversamos um pouco, trocamos uns contatos, e aproveitei para convidá-los pra assistir o meu outro trabalho, na quinta.

Foi então que o chair me chamou. Achei que ele ia reclamar alguma coisa do atraso ou sei lá, mas para minha surpresa ele me disse o seguinte. Em toda sessão é escolhido a melhor apresentação, e eu decidi pela sua. Po, legal! Aí fui até a recepção pra pegar meu prêmio que eu não sabia o que era. E era uma lembrancinha, tipo um souvenir, umas pedrinhas em formato de .. sei la.. nao sei explicar, vejam a foto hehe.

Depois, a tarde, fiquei de boa andando pra la e pra ca. Nessas andanças encontrei vários caras, alguns até famosos, que eu já havia visto em outros congressos passados. E foi legal, por que alguns até me reconheceram e tal.

A noite foi a sessão de posters. Leandro e Fernando apresentaram. Foi bom também pra encontrar outras pessoas conhecidas: peruanos, mexicanos, alemães, e, é claro, brasileiros. Sem duvida nenhuma, este congresso está sendo o melhor de todos pra mim pelas interações. Estou conversando com muita gente e conhecendo gente nova. Isso é bem bacana.

Ah, eu até fiquei rapidinho no poster do Tiago e George enquanto o Leandro saiu pra pegar comida. E eis que apareceu um japones perguntando coisas pra mim. Eu falei que não era autor mas talvez pudesse responder. E, do pouco que eu sabia, até que respondi direitinho. Mas pedi pra ele esperar o Leandro, que explicaria melhor, entretando o japa se mandou.

Só não foram bacanas os salgadinhos da sessão de poster: apimentados pra valer. Por isso é que eu vou parar de escrever agora pra poder comer alguma coisinha.

E vou dormir tambem por que estou super cansando. Bye bye!

2o. dia - parte 2

Almoçamos comida chinesa num shopping e voltamos pro hotel. Logo em seguida fomos pra conferencia que é no mesmo prédio praticamente. Lá peguei minhas coisas na recepção e pela primeira vez deram uma mochila bacana pra gente. Nas outras conferencias mais parecia uma sacola de verdura. Fiquei por ali, meio a toa já que hoje é dia dos tutoriais que são pagos (mas todo mundo entra de bicão). Aí encontrei com o Eric, um colega de Maringá que foi orientado do Mauricio e fez mestrado na Suécia. Conversamos bastante (ele ta tentando doutorado na europa) e ele me apresentou o seu orientador sueco. Batemos um papo por um bom tempo sobre vários assuntos.

Agora voltei pro quarto do hotel e vou tomar um banho, por que daqui a pouco teremos a recepção oficial do congresso. Isto é, uma confraternização do pessoal em que servem comidinhas e bebidinhas. Digo isso pois se quiser beber algo mais, tem que pagar. É sempre assim. Aliás, embora esse hotel seja caro, nós ainda temos que pagar pra usar tudo se quisermos. Desde internet até academia, café da manhã, etc. Então estamos tentando aqui no quarto pegar o sinal de internet sem fio de graça. Ás vezes conseguimos, quando o vento ajuda ehehe. Mas tá bem ruim de internet.

Na recepção a noite tinha uns quitutes meio diferentes e uma banda meio estilo indigenta tocando batuque. Ou seja, mal dava pra conversar. Tomamos uns drinks, eu tomei 2 cervejas e ficamos batendo papo. Dali saimos e fomos a um barzinho tomar mais uma. Soh que ficamos pouco tempo, ja que a bodega fechou super cedo. E na rua, algo incrivel. Pessoas com plaquinha pedindo dinheiro pra comprar droga. Aqui eh um pais bem liberal quanto a isso. Depois voltamos para o hotel, fazia pouco tempo que o sol tinha se posto (por volta da 10 da noite).Amanhã é minha apresentação e espero que de tudo certo. Vou ficando por aqui e depois conto todas as novidades.Muitas saudades! Abraços!
Aqui também tem ladrão!!!!!

Foto da torre norte, tirada da janela do nosso quarto que fica na torre sul do hotel.

2o. dia - parte 1

Oi, já estou em Vancouver. Cheguei uma 11 da noite de sabado aqui e foi bem moleza na imigração, sem problemas. Aí peguei um taxi cujo motorista era uma arabe de turbante, correndo igual um louco. Mas cheguei bem no hotel, só que morrendo de fome pois não nos deram comida no voo. O hotel eh fantastico. Aliás, a cidade toda tem um estilo muito moderno de arquitetura. Mas aqui eh meio friozinho, mesmo no verão. Aí deixei minhas coisas no quarto, falei um oi pro Leandro e Guilherme que já estavam dormindo e saí de novo pra procurar algo pra comer. Nesse ponto eu ja tava com dor de cabeça de tanta fome. Achei um mercadinho na esquina e comprei um sanduba. Comi no quarto e fui logo dormir, tava muito cansado.

Hoje cedo saímos por volta de umas 10 da manhã e fomos andar pela cidade. É uma cidade bonita, moderna mas nada de perfeição, como eu imaginava que seria o Canada. Tem lixo pelas ruas, mendigos e pessoas de estilo alternativo. A cidade eh toda recortada por braços de mar e rodeada de umas montanhas em volta. A vista é bem bonita, especialmente do quarto do nosso hotel. Podem deixar que vou mostrar as fotos logo.

Andamos bastante e visitamos alguns bairros da cidade que ficam aqui no centro. Vimos a marina cheia de iates e o pessoal tomando sol nos gramados por perto. Vimos também um monte de gente com camisas do Brasil, do Ronaldo, etc. Acho que a maioria não era brasileira. Passamos por um tal jardim chines, que mais parecia um matagal. E lá no meio tinha uns doidos tomando banho nas cascatinhas.

Achamos também o Cirque du Solei, o mais famoso circo do mundo. Só que as entradas custam a partir de 200 reais mais ou menos. Coisa de loco. Então apenas tiramos fotos do lado de fora ehehe.
Na frente do Cirque du Soleil

Uma coisa que foi um dia a engrenagem de uma ponte móvel.

domingo, julho 16, 2006

A viagem pra Vancouver

Estou escrevendo este texto enquanto voo em direção a Vancouver. Ter um laptop durante esses voos demorados é uma maravilha. E aqui é bem comum o pessoal usar durante o voo. O primeiro voo foi rapidinho então nem peguei pra usar, mas nesse aqui vou aproveitar pra gastar meu tempo ajeitando minhas apresentações.

Então só pra ficar claro, estou a bordo de um airbus A320, sentado na janela. Faz uns 30 minutos que decolamos e já estão servindo a janta. Este avião é bem moderno. Só pra dar uma idéia, o ar condicionado fica soltando vaporzinho o tempo todo por todo o avião. Acredito que deva ser pra umidecer o ar. Além disso, a cada 3 poltronas tem um monitor tipo flat que baixa do teto pro pessoal assistir filmes. Mas tem certas coisas que não mudam né. Pobre vai de classe economica e essa é sempre um aperto danado. Os bonitões tão lá na 1ª classe e nós, o resto, aqui no aperto hehe. Deu tudo certo no embarque, aliás, nos dois. E foi bem tranquilo por que como o aeroporto que embarquei em Washington é para voos domésticos, a fiscalização e tal foi super light. E em Chicago eu não precisei passar por nada nisso pois já cheguei direto pra embarcar. Mas deu pra ver o pessoal que tava entrando no terminal, coitados, sendo revistados, malas abertas, todo mundo descalço, etc.

É, eu pensei que era janta mas na verdade eram uns salgadinhos mixurucas apenas. Aliás, de novo já que no outro voo também deram isso pra gente. Acho que não vai ter janta, só por que eu tava com fome. Fazer o que.

Acabei de atrasar o relógio. Aliás, pela segunda vez hoje. Já estou no horário de Vancouver. Agora só falta chegar.

Outro detalhe interessante tem a ver com o tipo do pessoal nesse voo. Eu achava que ia estar cheio das loiras e dos polacos, do estilo canadense. Entretanto não é nada disso, tá cheio de gente com cara de nerd. Ah! Me esqueci! Estou indo pra uma conferência da computação. E toda essa turma deve estar indo também hehe.

Vou parando por aqui. Se acontecer algo inusitado no voo eu volto a escrever, senão só na chegada.

sábado, julho 15, 2006

Ontem foi o dia de algumas pessoas especiais pra mim

Daqui a pouco estou indo viajar pra Vancouver. La vou estar bem ocupado e vou ter pouco tempo para manter contato. Mas mesmo assim vou tentar sempre.

Queria fazer o registro aqui de que ontem foi o aniversario da D. Angela, mae da Fer. Parabens mais uma vez e tudo de bom! Ontem conversei bastante com ela e eh sempre bom ter a companhia, mesmo que virtual, pra nao ficar sozinho. Soh lamento nao poder ter participado do churrasco de aniversario ontem, nem poder ir no de hoje. Gostaria muito mesmo de estar presente.

Ontem reencontrei uma pessoa muito importante e bacana, o Juan. Juan foi o cara que assistiu minha apresentacao aqui ano passado, me convidou pra visitar o hospital e, fez de tudo, realmente tudo, pra que desse certo minha vinda pra Washington. Agradeco muito a ele pois sem ele nada disso seria possivel. Ele veio passar 2 semanas aqui pra finalizar uns trabalhos e logo volta pra Israel, de onde ele eh. Conversamos bastante e o cara eh extremamente gente fina. Eu ja sabia disso por tudo que ele fez pra mim, mas dessa vez tivemos mais tempo pra conversar. Alem disso ele conhece todo mundo do lab, faz piada com todo mundo, me apresentou outras pessoas que eu nao conhecia ainda, falou pros caras me convidarem pra almocar junto, etc. Alem disso, mostrei o robo pra ele e as coisas que ja fiz, e ele gostou, sempre daquele jeito entusiasmado dele. E segundo ele, o nosso chefe vai gostar tbm. Assim eu espero.

Infelizmente essa proxima semana eu estarei fora e nao poderei combinar nada com o Juan, mas ja deixamos certo de que na outra semana vamos conhecer uns lugares, sair e tal. Alias, a noiva dele eh daqui e eh muito simpatica tbm. Eh provavel que saiamos juntos.

No mais, arrumei minha mala pra viagem. Alias, como as malas nunca foram desfeitas, foi uma questao mais de decidir o que eu nao ia levar e tirar da mala. Tambem, pela primeira vez, treinei minha apresentacao inteira e fiquei preocupado, pois levei 26 minutos sendo que o limite eh de 15. Vou ter que cortar alguns slides.

Soh pra deixar ciente quem quiser falar comigo ou saber que hora chego e tal, vou explicar o itinerario. Saio de Washington as 17:45 (horario daqui) e em 2 h de voo estou em Chicago. A seguir pego outro voo pra Vancouver com duracao de 4:30 h. Devo chegar la por volta de 22:30 (horario local) ou 2:30 da manha no horario brasileiro.

Entao eh isso pessoal. Vou indo e obrigado pelo apoio.

Um abraçao!

quinta-feira, julho 13, 2006

Joga fora no lixo.....

Ando meio sem novidades pra contar, entao preciso de alguns dias pra acumular algumas historias pra eu postar aqui.

Hoje, por exemplo, foi a primeira vez que eu comi arroz com feijao aqui. Mas nao pensem que eh aquele brasileiro nao. Eh bem diferente, tempero, consistencia, etc. Pra falar a verdade, nao tem nada a ver hehe.

Esses dias tenho me dedicado mais a preparar minhas apresentacoes que farei em Vancouver. Tem umas partes complicadas de explicar em tao pouco tempo (cada apresentacao tem apenas 15 minutos), e entao tenho me desdobrado pra tentar achar um jeito de passar bem a ideia de forma bastante sintetica.

E aconteceu uma coisa engracada hoje. Ja quase na hora de eu ir embora, apareceu o George (o prof. Pardal) dizendo que ele tinha uma placa nova pro notebook que fazia a internet sem fio ficar bem mais rapida. A plaquinha eh menor que a palma da mao. Dai ele abriu o laptop (tem um monte de frescuras pra abrir), tirou a antiga, que eh mais lenta, e colocou a nova. Remontou o laptop e botou pra funcionar. Deu tudo certo. Ai ele ia saindo e esquecendo a plaquinha antiga. Eu corri atras e levei pra ele. Ele me disse: "ah, isso nao serve pra nada, vc quer?". Eu nao, nao tenho notebook. Imediatamente ele jogou a plaquinha no lixo hehehe. Fala serio! Mas, parece que aqui soh as coisas top de linha servem, o resto eh lixo. Eles podem neh, fazer o que.

Ai eu tava aqui em casa, quase indo dormir, quando finalmente minha mae conseguiu fazer a internet funcionar la na casa da minha voh e, agora, depois da meia noite, eu conversei com a mae, a voh, a tia... foi muito bom pra matar um pouco da saudade. Ateh pq, esse eh o unico jeito que temos pra manter contato neh, entao temos que aproveita-lo. A coincidencia eh que a noite passada inteira eu sonhei com meu Vo Paulo. E hoje deu certo de conversar com a minha Voh Zenaide.

Bom, vou indo dormir. Amanha eh um novo dia e fico feliz em saber que esta todo mundo entrando de ferias no Brasil e vao poder descansar, curtir a familia, a cidade natal. Aproveitem por mim!

Abracos!


terça-feira, julho 11, 2006

Feliz Aniversario Humberto!


Bom pessoal, estou passando por aqui rapidinho soh pra dizer duas coisas importantes.
Primeiro que hoje esta completando dois meses que estou em Washington. Eu achava que nao estaria sentindo tantas saudades como estou. Mas estou aqui e tenho que enfrentar isso, faz parte. Fim de semana eu vou pro Canada e vai ser bom pra esquecer os problemas um pouco e me distrair. Recarregar as baterias.

O outro ponto importante tambem tem a ver com datas. Hoje, 11 de julho eh aniversario do meu irmao Humberto. Ja foi o tempo em que passavamos essas datas juntos e que o aniversario de um era festa pros dois, pois ambos ganhavam presente hehe. Ha muito tempo nao passamos aniversarios juntos mas com certeza aprendemos a dar um valor enorme um no outro, muito diferente de quando eramos crianca e viviamos nos encrencando.

Coloquei essa foto ai em cima por que era a unica que eu tinha onde ele aparece (o muleque mais da direita) hehe. Ta "um pouquinho" desatualizada mas com certeza traz recordacoes de valor infinito, o melhor tempo das nossas vidas.

Desejo ao meu irmao todo o sucesso e felicidade do mundo. Tenho muito orgulho dos meus irmaos e, em especial, torco d+ pro Humberto se dar bem nao em apenas uma das empreitadas dele, mas em todas. Seja la qual for um dos muitos caminhos que ele decidir seguir, ateh surfista quem sabe hehe, tenho certeza que vai dar certo, pois ele faz tudo com coracao, com garra. Ele eh um exemplo de determinacao!

Ele eh o tipo de pessoa que onde chega muda completamente o ambiente. Bota todo mundo pra cima, deixa todo mundo alegre, transmite uma energia positiva sem igual. Embora nos encontramos pouco atualmente, cada encontro eh muito especial e marcante.


Meu irmao, nao fique desanimado porque algumas coisas nao rolam do jeito que vc gostaria. Tudo tem seu tempo certo e com certeza sua hora vai chegar! Ai vc vai arrebentar! Tenho orgulho de vc por tudo q vc eh. Parabens pelo seu aniversario! Desejo o maior sucesso do mundo pra vc! Te amo!

Fortes Abracos!

quinta-feira, julho 06, 2006

Atendendo a pedidos / a tragédia




















Oi gente. Olha eu ai em cima. Varias pessoas ficaram curiosas por causa da história do barbeiro e da facada no cabelo, e me pediram pra mostrar como ficou o corte. Não ficou ruim não, dá pra ver na foto que eu tirei hoje né. Bom não tem jeito de ficar mesmo, mas ruim ruim tbm não ficou.

É mas hoje não foi dos melhores dias não. As coisas não estavam dando muito certo e, pra ajudar, meu almoço foi literalmente uma tragédia.

Estão vendo minha camisa azul né? Hoje foi o 1o dia que eu fui com ela pro trabalho. É por que nesse rolo de não saber quando vou mudar e tal... até hoje eu não desfiz totalmente minhas duas malas. Só tirei o necessário e aos poucos pego uma roupa diferente.

Pois então, fui almoçar (e hoje eu estava com fome, o que é meio incomum... já que comer não é meu hobby favorito). Passei pra pegar umas saladas e lá perto ficam as sopas, que estavam cheirando muito bem. Fiquei com uma vontade... mas resolvi não comer, afinal, sopa de hospital né hehe. Fui pras comidas e vi um feijão bonito, com aparência parecida com os nossos no Brasil e decidi pegar. Peguei feijão, frango, salada e suco de laranja.

Na hora de comer, enchi o garfo de feijão, com gosto e coloquei na boca. Credoooooo, era doce! Arghh q horrível. Ainda tentei jogar um sal pra ver se tinha jeito mas não dava não. Desisti do feijão, estragaram ele com tempero doce. Fiquei tão desconcertado que fui beber meu suco e acabei derramando na minha camisa azul. Puta merda. Imediatamente botei a garrafinha de volta na mesa pra tentar limpar a camisa.... e pronto... a garrafa caiu e derramou tudo na mesa, no chão. Virou o maior, desculpem a palavra, rebosteio (essa eu não sei em Inglês ainda). Putz, perdi até a fome. Comi soh a salada e o frango e fui embora pro lab.

Resultado: fiquei o dia inteiro com fome e pensando na sopa, ai ai ai. Mas antes de pegar o onibus pra ir embora, passei no refeitório e fui comer a sopa. Peguei e enchi o pote mais gigante que tinha. E tava bem gostosa a sopa, mesmo sendo de hospital hehe. E é nessas horas que vem as lembranças. Ah que saudade da sopa da minha mãe! A do hospital tava boa... mas quem me dera poder comer a sopa da minha mãe, não tem melhor. A sopa da mãe, com o pão da minha vó.. meu Deus... como eu adoraria comer isso. Ai ai, acho que to meio saudosista esses dias. Essa noite eu até sonhei que tinha achado uma promoção de 25 reais a passagem e que eu tinha ido pro Brasil fazer uma visita surpresa pra todo mundo.

Mas... acho que é assim mesmo. A tendência é piorar. Por isso o jeito é ficar firme e aproveitar minha viagem pro Canada, onde vou encontrar vários amigos, pra recarregar as baterias.

Ciao!

terça-feira, julho 04, 2006

Festa e patriotismo no 4 de julho

Fourth of July, ou, 4 de julho. Eh o dia da independencia dos EUA que esse ano esta comemorando 230 anos. Pra eles eh um dia muito especial, acredito que eh o feriado mais importante. Tanto eh verdade que existe uma extensa programacao de eventos aqui em Washington. Entre eles desfiles, shows e fogos de artificio. Eu, eh claro, fui conferir. Ainda mais por que todos os eventos acontecem no national mall (aquele grande espaco gramado e cheio de museus entre o capitolio, casa branca e os memorais) que fica aqui do ladinho de casa.

Pra nao dar bobeira, vi direitinho no washington post toda a programacao, com horarios, locais e etc. antes de ir. Depois do almoco, fui ver o desfile (parade). Cheguei no finalzinho mas ainda deu pra ver varias coisas. Entre elas uma carroca gigante dos hare krishina (nao sei se eh assim q escreve). Ai as pessoas vestidas com aquelas roupas tradicionais puxavam a carroca gigante por uma corda e dancavam e cantavam as musicas deles. Em cima da carroca tinha um cara, tipo o dalai lama, cercado de uns ajudantes que ficavam fazendo sombra e rodeando ele.

A avenida tava lotada de gente e tava o maior calor, muito quente. As ruas em volta do national mall tavam todas fechadas e, embora os gramados e pracas sejam todos abertos, a seguranca cercou tudo e soh era possivel entrar por entradas controladas em que todos eram revistados. O que se via nas ruas eram muitas familias, muitas criancas, todo mundo carregando suas cadeiras, barracas, comida e, eh claro, todos com bandeiras e roupas americanas.

E foi engracado por que eu fui andando pelas calcadas ao lado do desfile e de repente umas mocas me pararam pra perguntar oq tinha pra fazer depois do desfile. Vao perguntar logo pra mim, que nem americano sou. Sorte delas que eu tinha estudado direitinho a programacao no jornal antes de sair de casa hehe. Dai expliquei que ia ter tais e tais coisas, em tais e tais horarios. Acabei me saindo um otimo guia hehe.

Voltando pra casa, pois ja estava quase na hora do jogo Italia x Alemanha, fui reparando alguns detalhes. Primeiro que as pessoas, familias todas estavam sentadas ou fazendo pique-nique nos gramados e, la no meio, eu vi um ou outro mendigo deitadao... eles tavam felizes pois hoje nao se sentiam tao sozinhos hehehe. Vi tambem que logo que o desfile acabou, imediatamente comecou a limpeza e manutencao de todo o aparato envolvido. Cada poste tinha bandeiras americanas e dai vinha um caminhao com um cara naqueles bracos mecanicos (tipo de cuidar de poste eletrico) pra tirar as bandeiras. Soh que o motorista era A motorista. E foi engracado porque ela nao conseguia parar bem perto e o cara la tras reclamava porque nao alcancava as bandeiras hehe. Perto de casa fica o memorial da marinha e tinha uma banda, tipo uma fanfarra, tocando umas musicas do estilo de fanfarra.

Em casa assisti o jogo da Italia e deu gosto de ver. Aquilo sim foi um jogo pra valer, ambos os times com vontade de vencer e lutando ateh o ultimo minuto. Jogaço.

A noite resolvi ir no capitolio onde ia ter um tradicional show com a orquestra sinfonica americana e varios artistas famosos. Sai as 7:30 de casa e fui pra la, acompanhado por uma multidao nas ruas que nao parava de aumentar. No caminho, pra variar, umas meninas me pediram pra tirar foto delas na frente de uma estatua de um centauro (meio homem meio cavalo) . Nao sei o que elas acharam bonito naquilo hehe, mas tirei. Quer dizer, alem de guia fui fotografo hoje hehe.


(Visao da multidao e o Capitolio ao fundo. Eu tava ai no meio.)

Chegando la, aquela multidao cheia de familias, criancas, etc. todo mundo tinha que passar por detectores de metal antes de entrar. Policia pra todo lado. Mas nada exagerado, nada incomum. Tava realmente lotado e eu fiquei nas escadas do Capitolio, ja que o show era virado pra baixo. Dava pra ver bem de longe a tenda onde era o palco. Melhor via-se pelo telao gigante pendurado num guindaste gigante bem no alto. E dali dava pra ver todo o national mall e o washington monument (obelisco), regiao totalmente lotada de gente. Acabei ficando de peh, embora a maioria das pessoas estavam sentadas em seus lencois e cadeiras, pois assim dava pra ver melhor. O problema eh q tinha mais gente de peh na frente dos sentados. E ai foi igualzinho em estadio de futebol, os sentados vaiando e mandando os da frente sentarem. A diferenca eh q eles sentavam mesmo e eram aplaudidos. Soh q teve um casal que nao quis sentar nao e ai a diferenca de novo foi que a polica veio e falou com eles, que nao sentaram. Veio mais policia e pronto, ja levou eles embora enquanto o povo batia palmas hehehe.

Bom, o show foi das 8 as 9:30. E foi um show mesmo, ao estilo do oscar.. tudo super organizado e transmitido pela tv. Dai teve aquelas dancarinas tipo de jogo de basquete, teve o hino americano e aquelas marchinhas chatas de fanfarra. Isso foi a parte meia boca. O show foi comandado por Jason Alexander, um cara que faz filmes de comedia e canta tbm. Alem disso tiveram os cantores Vanessa Williams, Michael Bolton, outros que nao conheco e, o mais famoso, Stevie Wonder (aquele cantor cego). Eles cantaram umas musicas mais tradicionais americanas que sao +/-. Legal mesmo eu achei quando a orquestra sinfonica tocou. Ao fundo, la pra tras comecaram os fogos de artificio, que duraram 20 minutos. Enquanto isso a orquestra ficou tocando, isso foi bacana. E no climax, eles tocaram Overture 1812, de Tchaikovsky.
Essa musica tem, em alguns momentos, sons de tiro de canhao. E no show foi muito massa, por que tiveram salvas de tiros de canhao de verdade. Os canhoes estavam do lado do palco e faziam um barulhao. Juntando a musica, os canhos e os fogos de artificio ao fundo... realmente foi muito bonito.

Eu ainda acho mais bacana a festa de fogos de virada de ano no Brasil, nas praias, pois eh mais amplo e impressionante. Mas foi bem bonito o show de fogos deles tbm, especialmente pela combinacao com o cenario dos monumentos a noite.

Na volta estavam distribuindo agua mineral de graca pro povo que ia voltando. Aquela multidao. E por sorte que eu moro perto, por que a maioria que mora em outros bairros ia embora de metro. E era incrivel o tamanho das filas pra entrar nas estacoes de metro. Quilometricas! Tambem, pelo que vi na internet, 700 mil pessoas estavam presentes nos shows. Isso que a tardinha deu o maior temporal de verao.

E foi assim. Vou ficando por aqui, ateh o proximo post!


segunda-feira, julho 03, 2006

Facada no meu cabelo

Depois de passada a ressaca da derrota brasileira, eh hora da vida voltar ao normal. E para tanto, logo cedo fui na imobiliaria buscar os cheques que dei como garantia para alugar o apartamento. Eles cancelaram minha tentativa de locacao, ja que nao dava mais pra esperar meu seguro social. Foi justo, ateh seguraram muito tempo. E, ainda bem, nao me cobraram nada e ainda me devolveram tudo que eu tinha pago.

Saindo de la, eu lembrava de ter visto um salao de beleza ou coisa do genero ali por perto. Como eu estava precisando cortar o cabelo, uma vez que a Fer me proibiu de deixa-lo crescer, fui procurar o tal lugar pra dar um jeito na juba. Eh claro que no dia anterior eu dei uma olhada na internet em umas expressoes em ingles pra poder me comunicar direito com o barbeiro neh. Afinal, se cortar d+ meu cabelo atras (no cocoruto), ele arrepia. Agora, como eu ia explicar isso (cocoruto, arrepiar...) se eu nao aprendesse as palavras certas. Confesso que cocoruto eu nao achei em ingles, mas arrepiado sim: "standing on end".

Ai passei pela frente e vi o lugar. Soh que tinha um problema, tratava-se de um "Day Spa". Pensei, putz, to ferrado... eu soh queria um barbeiro, nao um spa. Deve ser caro d+. Entrei e falei que queria cortar o cabelo e tal... a moca me falou q era na porta vizinha, a loja do lado. Ok, fui la e realmente tinha mais cara de barbearia. Soh q era bem chique e o barbeiro mais parecia um garcom (mas nao era viado). Falei que queria cortar e o cara ja ofereceu a cadeira pra eu me sentar... mas antes perguntei quanto custava. Eu ja tinha lido em algum lugar que eh bem mais caro aqui nos EUA. E nao deu outra, 30 dolares pra aparar o pelo. Pelo amor.. q absurdo.. mas vou fazer o que, era o unico lugar que eu conhecia e no bairro que eu moro (centrao) deve ser pior ainda. Mandei ver, fazer o que. Ai lembrei que eu costumava pagar o equivalente a 3 dolares pra cortar no Brasil. E mesmo assim ainda tinha os cortes de 2 reais, que meu pai adora e vivia fazendo propaganda. Ai como o de 2 reais era bommmmm!

O cara comecou a cortar e eu falei que queria que mativesse o corte, mas encurtasse bem o cabelo. Falei logo.. pq fiquei com medo dele fazer cagada no meu cabelo, por que depois de cada cabelo ridiculo que eu ja vi aqui... aquele estilo afro, cheio das marcas, etc... vai saber neh. Mas o cara cortou ateh direitinho e rapido. Ateh de mais pelo q eu tava pagando. Ele cortou sem nem sequer despentear meu cabelo, acreditam? Ele terminou, eu olhei, tava meio grande ainda. Pensei nos 30 dolares..... ah nao, corta mais falei pro cara. E isso se repetiu mais duas vezes hehehe. Po, esses 30 dolares tem que durar no minimo uns 2 meses sem precisar cortar o cabelo de novo. Ainda mais na situacao que eu to...na maior pindura. Fico bom ateh. Soh que no final o cara vai tirar aquela capa e me derruba os cabelos todos na minha calca... passei o dia inteiro me limpando e nao dei conta.

Ja no hospital, assim como na cidade de uma forma geral, tava tudo muito parado, devagar. Isto por que eh vespera do feriado mais importante deles, 4 de julho, dia da independencia. Muita gente nem foi trabalhar. Mas eu fui! E logo apareceu meu colega Frank, com o qual venho discutindo longamente sobre a copa e futebol. E ele, que nao manja muita coisa, achou que o Brasil nao jogou com vontade. E ele acha que eh por que os jogadores moram na Europa e entao nao dao valor na Copa como as pessoas que vivem no Brasil. E ele ta certissimo. Soh quem nao ve isso eh o Parreira.

Trabalhei durante o dia todo e fechei o laboratorio. Fui o ultimo a sair, ja quase 8 da noite. Alias, pra nao ser injusto, estavamos eu e o robo trabalhando. E ele, coitado, ficou la. Amanha, embora seja feriado, tenho trabalho pra fazer. E vou ver se a noitinha saio pra ver os tais fogos de artificio que dizem ser muito bonitos. Let's see!

See you! Bye!

sábado, julho 01, 2006

Um dia triste.

Como eh triste a derrota, a eliminacao da copa. Foi justo, a Franca mereceu e o Zidane, simples e sem nenhum marketing igual aos astros brasileiros deu um show de bola e mostrou como se joga bonito. O Brasil foi ridiculo, jogou 10% do seu potencial sendo que apenas uns 50% seria suficiente pra ser campeao. Nao foi nem questao de jogar bem ou mal, simplesmente eles nao entraram em campo.

E potencial eh a palavra chave. Por que todo mundo sabe da capacidade dos jogadores do Brasil, eles ja provaram que sao bons e que sabem jogar berm e dar show. Mas e por que entao nao esforcaram mais? Por que jogaram tao sem vontade?

Eh a mesma coisa que qualquer um de nos, no trabalho ou estudo, sabermos e somos capazes de fazer nossas tarefas, pois a vida inteira as fizemos com sucesso e, de repente, chegar e fazer sem vontade, menos que meia boca. Nao eh certo.

Eu fico triste e chateado nao pelo jogo em si, pela eliminacao, pois foi merecida. Mas sim por que sei do show de bola, do espetaculo que esses caras sabem dar com a bola. Ninguem duvida de que eles sabem dar show e consequentemente deixar todo mundo feliz, todo mundo batendo palmas e vibrando com eles. E eles tinham tudo pra se consagrar e, mesmo que perdesse, perdesse deixando a gente com orgulho. Ou seja, o potencial deles eh infinito... e isso que deixa triste. Quem me dera ter perdido mas ter tido alegrias com 3 ou 4 dribles espetaculares do Ronaldinho, Robinho. Ou ao menos com um ou outro golaco pra gente lembrar pra sempre. Isso sim eh que me deixa triste.

E estamos todos, principalmente os mais jovens, muito mal acostumados a ganhar sempre. Desde 94 sempre chegando a final e tal, nos esquecemos de como eh perder. Ai eu assisti la com os brasileiros no telao e foi triste no final. Por que muita gente ficou chorando, principalmente as criancas. Por que? Por que as criancas estavam loucas por esse time, pelos jogadores e estavam acostumadas a ver o time ganhar sempre. Isso explica tanta tristeza.

Mas... a vida eh feita de vitorias e derrotas. E precisamos das derrotas pra aprendermos. Sem bater cabeca, nao se evolui. Sem errar, nao se corrige. Digo isso por experiencia propria de quem trabalha com aprendizagem em robos. Meus robos soh aprendem a desviar de obstaculos depois que "sentem a dor de uma colisao". E assim eh a vida. Vamos seguir em frente e agora eh torcer pro Sao Paulo, que esse nao faz corpo mole. Vaiii Tricolor!

Voltando a Copa: vai Felipao, vai Portugal! Tomara que ele ao menos salve o futebol brasileiro do fracasso.

Abracos!