quarta-feira, novembro 29, 2006

"Eu não sou doido!"

Oi pessoas, vim aqui hoje pra contar uma experiência inédita que tive hoje: endoscopia. Como eu já havia dito antes, eu tava com uma azia meio persistente e o médico fez questão de fazer uma endoscopia pra verificar direitinho. Embora hoje tenha sido o dia marcado, minha mãe já tava ansiosa desde a semana passada. Eu que talvez devesse estar nervoso, tava tranquilo. Ela tava preocupada comigo, mas principalmente porque teria que me levar pra casa depois do exame e, prevendo-se que eu estaria mais pra lá do que pra cá, ela teria que se virar em Inglês hehe. Nunca vi ela estudando tanto Inglês essa semana hehehe.

Bom, tive que ficar em jejum desde a meia-noite até as 2:30 da tarde, hora do exame. Fomos pra lá de metro e onibus. A volta seria de táxi. Logo de cara, tive que preencher um monte de formulários e, pela 42a. vez desde que cheguei em DC, identificar em uma lista gigante todas as doenças que eu já tive. Detalhe: como sempre, metade dos items na lista eu mal tenho idéia do que se trata. A estratégia é simples: se não sei o que é, é porque nunca tive e pronto hehe.

Logo entrei na parte clínica, já me botaram numa maca e soro na veia. Tive que preencher mais um tanto de papéis sobre anestesia. E nisso apareceu uma enfermeira e falou: "Olá, tudo bem com vc?". Achei engraçado e perguntei se ela falava português. Ela explicou que tinha uma amiga brasileira que ensinou algumas palavras. Daí já me levaram pra sala de endoscopia e lá colocaram aquele monitor cardíaco e respirador com oxigênio. O anestesista fez umas perguntas e eles começaram a conversar entre eles. A enfermeira tava falando que queria conhecer o Brasil e que queria visitar a Bahia (não é o primeiro estrangeiro que me pergunta da Bahia hehehe). Aí eu fui querer falar alguma coisa, mas foi dando um sono e apaguei.

Algo como uns 30 segundos depois eu acordei, percebendo que tava em outro lugar. Olhei pro relógio e vi que na verdade tinham se passado mais de 30 minutos. Eu tava doidão que nem bêbado alegre hehe. Perguntei pra uma enfermeira lá se já tinha acabado e ela confirmou. E aí eu quis saber onde tava a enfermeira que falava português. Aí as outras que estavam por perto fizeram aquela cara estranha e me ignoraram. Uma falou assim pra outra: deve ser efeito da anestesia ainda auhuhauhauah. Eu ouvi e gritei logo: eu não to drogado não, juro que tinha uma enfermeira que falou em português comigo. Elas não quiseram acreditar não, acharam que eu tava pirado, viajando na maionese hehe. Mas em consequência da anestesia que me deixou doidão, meu Inglês tava uma maravilha, eu tava falando fluente e mais do que o homem da cobra. Aí fiquei tentando convencê-las, sem muito sucesso, de que eu não tava maluco. 

Sei que daí um poco a tal enfermeira que fala português apareceu. Ufa hehe. Eu disse então que estava perguntando dela e contei que as outras me zoaram achando que eu tava pirado por causa do negócio do português. Daí ela rachou o bico e eu fiquei falando pras enfermeiras: tão vendo, tão vendo, eu falei pra vcs hehehe.

Rapidinho eu fiquei bom e já fui liberado. Mas pra fazer uma graça pra minha mãe, eu saí fingindo que não entendia o que ela falava, e me pendurava nela...... (eita anestesia boaaaaa hehe). Pra ela relaxar, eu logo disse que tava tudo bem e que ela nem ia precisar usar tudo que ela estudou pra pegar o táxi, pois eu tava em condições de voltar de metro mesmo. Depois, ainda resolvemos ir comer, porque eu tava com muitaaa fome, e passear no shopping. Eram 4 horas da tarde.

Fiquei meio cozido o resto do dia todo mas foi tranquilo. Daqui duas semanas vou na reconsulta pra saber os resultados.

2 comentários:

George Bezerra disse...

Renato, rapaz, já falei pra vc pegar leve nas drogas, ahahaha. Tudo beleza por aí? Ce viu?! A tchuchuca perguntou logo da Bahia, hehe. Fala pra ela que pra conhecer um baiano nem precisa ir tão longe assim, rs.

Grande abraço.

Unknown disse...

Te aquieta Greg...Fica na tua aí...ahahahaha
Muita viagem fazer endoscopia mesmo...Quando fiz sai MUITO grog, nem conseguia falar direito.
Abração