Oi pessoas, vim aqui hoje pra contar uma experiência inédita que tive hoje: endoscopia. Como eu já havia dito antes, eu tava com uma azia meio persistente e o médico fez questão de fazer uma endoscopia pra verificar direitinho. Embora hoje tenha sido o dia marcado, minha mãe já tava ansiosa desde a semana passada. Eu que talvez devesse estar nervoso, tava tranquilo. Ela tava preocupada comigo, mas principalmente porque teria que me levar pra casa depois do exame e, prevendo-se que eu estaria mais pra lá do que pra cá, ela teria que se virar em Inglês hehe. Nunca vi ela estudando tanto Inglês essa semana hehehe. Bom, tive que ficar em jejum desde a meia-noite até as 2:30 da tarde, hora do exame. Fomos pra lá de metro e onibus. A volta seria de táxi. Logo de cara, tive que preencher um monte de formulários e, pela 42a. vez desde que cheguei em DC, identificar em uma lista gigante todas as doenças que eu já tive. Detalhe: como sempre, metade dos items na lista eu mal tenho idéia do que se trata. A estratégia é simples: se não sei o que é, é porque nunca tive e pronto hehe.
Logo entrei na parte clínica, já me botaram numa maca e soro na veia. Tive que preencher mais um tanto de papéis sobre anestesia. E nisso apareceu uma enfermeira e falou: "Olá, tudo bem com vc?". Achei engraçado e perguntei se ela falava português. Ela explicou que tinha uma amiga brasileira que ensinou algumas palavras. Daí já me levaram pra sala de endoscopia e lá colocaram aquele monitor cardíaco e respirador com oxigênio. O anestesista fez umas perguntas e eles começaram a conversar entre eles. A enfermeira tava falando que queria conhecer o Brasil e que queria visitar a Bahia (não é o primeiro estrangeiro que me pergunta da Bahia hehehe). Aí eu fui querer falar alguma coisa, mas foi dando um sono e apaguei. Algo como uns 30 segundos depois eu acordei, percebendo que tava em outro lugar. Olhei pro relógio e vi que na verdade tinham se passado mais de 30 minutos. Eu tava doidão que nem bêbado alegre hehe. Perguntei pra uma enfermeira lá se já tinha acabado e ela confirmou. E aí eu quis saber onde tava a enfermeira que falava português. Aí as outras que estavam por perto fizeram aquela cara estranha e me ignoraram. Uma falou assim pra outra: deve ser efeito da anestesia ainda auhuhauhauah. Eu ouvi e gritei logo: eu não to drogado não, juro que tinha uma enfermeira que falou em português comigo. Elas não quiseram acreditar não, acharam que eu tava pirado, viajando na maionese hehe. Mas em consequência da anestesia que me deixou doidão, meu Inglês tava uma maravilha, eu tava falando fluente e mais do que o homem da cobra. Aí fiquei tentando convencê-las, sem muito sucesso, de que eu não tava maluco. Sei que daí um poco a tal enfermeira que fala português apareceu. Ufa hehe. Eu disse então que estava perguntando dela e contei que as outras me zoaram achando que eu tava pirado por causa do negócio do português. Daí ela rachou o bico e eu fiquei falando pras enfermeiras: tão vendo, tão vendo, eu falei pra vcs hehehe. Rapidinho eu fiquei bom e já fui liberado. Mas pra fazer uma graça pra minha mãe, eu saí fingindo que não entendia o que ela falava, e me pendurava nela...... (eita anestesia boaaaaa hehe). Pra ela relaxar, eu logo disse que tava tudo bem e que ela nem ia precisar usar tudo que ela estudou pra pegar o táxi, pois eu tava em condições de voltar de metro mesmo. Depois, ainda resolvemos ir comer, porque eu tava com muitaaa fome, e passear no shopping. Eram 4 horas da tarde. Fiquei meio cozido o resto do dia todo mas foi tranquilo. Daqui duas semanas vou na reconsulta pra saber os resultados.




Pra compensar, a viagem proporcionou paisagens lindas, típicas desse outono americano com ares de inverno. É incrível como a natureza se modifica, em especial as ávores e suas folhas que ganham um colorido impressinante, lindo, completamente diferente do que eu já vi. A viagem durou 4 h e então estavamos em Manhattan, a ilha principal da cidade de NY.

Resolvemos ir em direção ao Central Park para ver a organização da maratona, cuja chegada era lá. No caminho, o frio nos inspirou, ou melhor, obrigou, e já compramos umas luvas, tapa orelha e toca. Minha blusa quente eu não tinha acahdo ainda.
Nesse pouco tempo, já tinha dado pra perceber que NY é lotada de brasileiro. E o tempo todo lá isso só se confirmou. Enquanto em Washington não se vê 1, NY é o paraíso dos brazucas. MAS... voltando já a noite (5 h e escuro), viemos pela Broadway, a famosa rua dos teatros e shows.
Ao longo da Broadway, de longe você começa a perceber um região que se destaca. É a, mais famosa ainda, Times Square. Que sem dúvida é uma das coisas mais impessionantes lá. É lá que milhões de pessoas se juntam na virada do ano (sempre passa na TV). Tudo, naquela região, é iluminado, aceso, piscante, multimídia. É alucinante e muito legal. É lógico que é o cúmulo da poluição visual, vc quase não consegue pensar hehe.
As fotos dão apenas uma idéia do que aquilo é de verdade. Isto porque falta o movimento. São telas e mais telas, uma em cima da outra, passando propaganda, notícias, etc etc. Mais do que luzes, há somente turistas japoneses (e todos os outros tbm) e cameras digitais hehe.
Eu e minha mãe, é claro, demos uma de turistas e mandamos ver nas fotos. Ok, eu concordo que na foto abaixo, apesar de todas as luzes e imagens, é o capacete, quero dizer, toca da minha mãe que chama mais atenção. Mas nem adianta criticar porque é um capa...ops. toca que parece russa mas é original de NY. E esquenta que é uma blz.
Da Times Sq. andamos bastante pra todo lado até cansar (de andar e passar frio). Tomamos então o metro pra Jersey City, do outro lado do rio, pertinho de Manhattan. Era lá nosso hotel. Antes de dormir, baseado num guia da cidade, eu montei um pequeno roteiro pro nosso sábado. Logo cedo, fomo tentar achar um casaco pra mim, sem sucesso é claro. Difícil achar roupa do meu tamanho por aqui. Rumamos então pra Brooklyn Bridge, de 1800 e alguma coisa. Ela liga o bairro (cidade?) do Brooklyn a Manhattan. É muito bonita e de lá se tem uma visão muito bonita da ilha. Atravessamos à pé e tiramos uma fotos bacanas. Vejam que foto bem tirada aqui embaixo hehe ;) Ah, tem essa faixa amarela pois um lado é pra ciclista e o outro pra turista, quero dizer, pedestres.
Depois da ponte, visitamos um ponto turístico obrigatório: World Trade Center, ou melhor, aquilo que sobrou dele. Chegando lá perto já dá pra sentir um certo clima negativo. Muita gente, muito silêncio, muitas tristes lembranças. Fotos, os nomes das vítimas e um buracão ao fundo, onde estão construindo a nova torre. Não é um lugar bacana, mas faz parte da história. Com certeza seria muito melhor visitar as próprias torres gêmeas.
Demoramos um pouco ali. Corremos pra tentar pegar o barco pra ilhazinha onde fica a Estátua da Liberdade, mas não deu tempo. Entramos então num passeio de barco de 1 h. E valeu a pena. A combinação NY/pôr do sol é demais. Apesar do frio que passamos em cima daque barco (acho que a sensaçao era abaixo de zero grau), vimos paisagens sensacionais, como essa da foto abaixo. Até parece montagem ou foto de revista, mas é assim mesmo.
Durante o passeio, o guia ia dando detalhes sobre as atrações. E, é claro, a ausência do WTC se destaca. Ao passar pelo prédio da foto abaixo (maior do estado de New Jersey, do outro lado do rio), o guia disse: imaginem esse prédio com o dobro da altura, um em cima do outro; essa era a altura das torres. Devia ser um negócio.....meio alto hehehe.
A Estátua da Liberdade (puta programa de turista, como diria Napa) também fazia parte do passeio. Afinal de contas, ir em NY sem tirar uma foto lá não dá né. Não é nada de mais. É até meio feinha por que é meio verde, podia ser tricolor hehe. Bom... com muito sacrifício eu e a mommy conseguimos fingir que tava calor, fazer uma pose e tirar essa foto aí.
Ah, essa aqui embaixo é a Brooklyn Bridge, agora vista do barco. Do lado dela fica a Manhattan Bridge. E pra completar nossas cenas de cinema, a lua deu o ar da graça.
E pra fechar o passeio de barco, vai uma foto de mim com NY de fundo. E foi a última, por que depois disso eu já estava congelado e fui me esconder dentro do barco. Dá até um arrepio na espinha só de lembrar.
Logo depois de desembarcarmos, passamos por Wall Street e a bolsa de valores de NY (foto). Ali perto fica o banco mundial, onde o ouro do mundo tá guardado a 150 metros de profundidade. 90 bilhões de dólares. Por razões óbvias, não temos fotos ilustrativas.
Putz, esse post da dando um trampo hehe. Mas tá acabando. Bom, pra jantar, procuramos a rua do Brasil (Little Brazil Street). E achamos. Só havia restaurantes brasileiros e comidas brasileiras deliciosas nos cardápios. Tudo pra brasileiro ver, apenas. Os preços eram absurdamente caros. Acabamos comento pizza apimentada mexicana hehe. Andamo bastante pela 5a. Avenida, a principal rua de compras de NY. Boutiques aos montes. E lá pro meio, numa loja mais baratinha, vimos uns casacos bacanas nas vitrines. Achei que o frio ia diminuir pro meu lado, mas que nada, a loja acabara de fechar. Na mesma 5a. Ave. fica o Empire State, agora maior prédio de NY. Se é o mais alto, tinhamos que subir lá pra ter certeza né.
E era alto pra caramba mesmo hehe. Pra subir, tem que pagar e passar por raio-x. O Jurandir, que tava com uma blusa gigante e cheia de bolsos ficou preso no raio-x. Tudo por causa de uma bolacha com embalagem de alumínio. E eu lá vendo ele ser revistado, de longe. Minha mãe, bem esperta, tava lá do lado, acho engraçado, divertido e resolveu tirar uma foto do esquema. Putz, nem falo nada hehe. Na hora juntou um monte de segurança em volta dela e eu só via ela e a Ludia tentando se entender com os caras. Deixei eles se virarem. Enquanto não apagaram a foto, não foram liberados. Tá, mas lá de cima se vê a cidade toda e é bem bonito. Mas as fotos não prestam. Uma que ficou boa foi essa aí de baixo. Explico. Já tava frio lá embaixo, imagine a 100 andares de altura. Eu tremia tanto que deu pra montar um album de foto tremida hehe.
Já era tarde da noite. Fomos pro hotel pois no outro dia cedo tinha a maratona. Jurandir e Ludia foram assistir a largada. Eu e minha mãe preferimos ver da TV mesmo. E logo depois fomos pro Central Park pra ver a chegada. Logo que chegamos lá, ficamos na frente do telão, perto da linha final. Pra nossa surpresa, o brasileiro Marilson tava em 1o. E assim foi até o final. Demos sorte e tivemos a sorte de presenciar a vitória de um brasileiro num dos eventos mais importantes. Foi vibrante. Ainda consegui fazer um filminho do Marilson nos últimos metros. Postaria aqui se tivesse como. Como não tem, vai a foto do campeão.
Aproveitamos e passeamos pelo Central Park, que é muito bonito nessa época do ano. É uma mistura natureza e prédios ao redor. E é bem grande, não tivemos tempo de andar por tudo.





Domingo fomos logo cedinho até Arlingto assistir a Maratona de Washington. Tinha uma quantidade absurda de gente, só corredores eram 34 mil. Absurdo mesmo tinha sido o frio que eu passei no dia anterior. Por isso, não tive dúvidas, fui à maratona de toca, luva e etc. É óbvio, passei calor.... mas ao menos não passei frio hehe.
Vendo tanta gente correndo, não resisti, tive que dar uma corridinha rápida de alguns poucos, bem poucos, kilometros. Na verdade alguns metros apenas hehe. Mas cheguei em primeiro como a foto comprova.
Assistimos a corrida perto da chegada e era incrível ver como os caras morriam logo que chegavam. Saíam todos tortos, travados, perdidos... isso quando saíam do atendimento médico. E a cada minuto aparecia mais gente naquele lugar. Lotou tanto, de uma maneira, que quando fomos embora aconteceu um congestionamento de gente a pé. Ficamos parados uma meia hora sem conseguir andar. Aí os coitados dos corredores que também tavam indo embora, não aguentavam e começavam a passar mal. É lógico, depois de 42 km o cara ainda tem q passar sufoco. Dêem uma olhada como ficou a estação de metro: um inferno! E olha que é primeiro mundo. Sem contar que vivem fazendo treinamento pra evacuação em massa.

E eles adoram fazer pose, vejam só. Em geral, o que se vê são muitos monstros, fantasmas e coisas do gênero. Mas a festa é tão famosa que mesmo personalidades importantes comparecem....
Até o Ronaldinho Gaúcho apareceu. Não joga mais nada, mas ta em todas as festas. Ele e seu amigo Michal Jackson, logo atrás.
Sei lá, mas acho que esses caras tem algum problema na cabeça. Talez uns parafusos a menos, ou quem sabe, a mais hahahaha.