Depois de ter contando todas as histórias da minha viagem (Fer, obrigado pelos elogios aos meus textos), é hora de retomar o dia-a-dia, a rotina e tal. Pelo menos devia ser assim, mas incrivelmente não foi o que aconteceu essa semana. Acho que a onda de energia positiva e sorte que estava comigo no Canada me acompanhou pra cá. Vou explicar o porque.
Fui trabalhar na terça e, quando chego lá, tava um alvoroço. Todo mundo agitado. Fui descobrir a notícia surpreendente: a Microsoft comprou o instituto de informática e todo o pessoal junto. Eu caí de para-quedas nesse rolo. E as informações eram todas desencontradas, nada definitivo. Fiquei meio perdido e ao mesmo tempo empolgado é claro.
Mas depois veio a preocupação. Nem todos os funcionários seriam efetivamente contratados pela Microsoft. Haveria uma entrevista com cada um, e quem não fosse selecionado seria muito provavelmente mandado embora.
E a semana inteira envolveu a questão da Microsoft. Por um lado é algo muito bom, uma oportunidade única. Mas por outro lado, pode significar o fim da história por aqui. E aí eu vim convivendo com esse dilema esses dias todos, mas sempre tranquilo. Não cheguei a ficar nervoso ou preocupado pois qualquer que fosse o resultado eu estaria feliz.
Minha entrevista foi marcada pra sexta as 10 h. Na quinta, conversei com muita gente que já tinha passado pelas entrevistas e isso me assustou um pouco. Ouvi histórias muito ruins, muita pressão envolvida, testes meio esdruxulos (por ex. escrever 5 algoritmos no papel em 30 minutos) e coisas desse tipo. Realmente o pessoal que a vida toda teve aquele emprego não esperava passar por isso agora, por isso tava todo mundo meio tenso. Mesmo assim, várias pessoas me deram apoio, principalmente a Linette, o Aleksey e meu chefe Dr. Gillam.
Hoje (sexta) de manhã, acordei cedo, peguei o trem e fui lá no prédio da Microsoft aqui em Washington. Fiquei um pouquinho ansioso é claro, mas quando cheguei lá tudo mudou. Todo mundo que conversei lá foi muito simpático comigo, a começar pela secretária.
Basicamente duas pessoas me entrevistaram. Uma querendo saber informações mais burocráticas, visto, etc. E o outro cara querendo saber do meu trabalho. Eu achava que ai ser um negócio barra pesada, mas acabou sendo algo super bacana, pelo menos eu achei. Pode ser que eu esteja muito enganado, mas minha impressão foi das melhores. A entrevista não passou de um bate-papo bem light, sobre robótica, IA, e temas de pesquisa. Falei sobre o que eu faço no hospital e sobre tudo que já fiz até hoje. E eu gosto pouco de falar disso né hehe, falei pelos cotovelos. E me saí bem, não engasguei muito, consegui falar bem eu acho. Sei que depois de conversar por uns 40 minutos, terminei convidando o cara pra ir no hospital ver o robo, mostrar o que eu já fiz com ele. E o que ele me disse foi: It was nice to talk with you. Ou seja, ele achou bacana nosso papo. Com isso eu não poderia sair de lá mais satisfeito. É claro, pode ser que eu esteja enganado, pode ser que embora eu tenha tido uma boa impressão as coisas deem um resultado adverso, sei lá, é esperar pra ver.
Saindo de lá aproveitei pra procurar um supermercado, já que aqui perto do hotel não tem. Dado que eu recebi meu salário atrasado essa semana, fiz uma extravagância, uma compra de 30 dolares hehehe. Pode ser pouco, mas antes eu só comprava 10, 15 dolares. Comprei várias coisas, até polenta hehe. E ta um calor infernal aqui, eu de camisa preta, carregando um monte de sacola, uma beleza.
Depois, fui pegar o metro de volta. Ao entrar na estação, o trem já tava parando. Corri pelas escadas com aquele monte de sacola e entrei alguns segundos antes dele fechar as portas. Ufa! Sentei sossegado e fomos em frente. Porém! Na estação seguinte percebi que eu tinha pego o trem no sentido errado. Eita cabeção! Tive que esperar a outra estação ainda pra descer e então pegar o trem no sentido certo. Mas cheguei a tempo de fazer meu macarrão caprichado e almoçar.
Acho que a minha parte eu fiz, minha missão eu cumpri. Semana que vem sai o resultado disso tudo e, quem sabe, eu serei um dos novos pesquisadores da Microsoft. Mas... caso nada de certo, eu volto pro Brasil e estarei feliz também, pois estarei com pessoas que eu adoro e fazendo algo que eu também adoro.
Bom fim de semana a todos!
Fui trabalhar na terça e, quando chego lá, tava um alvoroço. Todo mundo agitado. Fui descobrir a notícia surpreendente: a Microsoft comprou o instituto de informática e todo o pessoal junto. Eu caí de para-quedas nesse rolo. E as informações eram todas desencontradas, nada definitivo. Fiquei meio perdido e ao mesmo tempo empolgado é claro.
Mas depois veio a preocupação. Nem todos os funcionários seriam efetivamente contratados pela Microsoft. Haveria uma entrevista com cada um, e quem não fosse selecionado seria muito provavelmente mandado embora.
E a semana inteira envolveu a questão da Microsoft. Por um lado é algo muito bom, uma oportunidade única. Mas por outro lado, pode significar o fim da história por aqui. E aí eu vim convivendo com esse dilema esses dias todos, mas sempre tranquilo. Não cheguei a ficar nervoso ou preocupado pois qualquer que fosse o resultado eu estaria feliz.
Minha entrevista foi marcada pra sexta as 10 h. Na quinta, conversei com muita gente que já tinha passado pelas entrevistas e isso me assustou um pouco. Ouvi histórias muito ruins, muita pressão envolvida, testes meio esdruxulos (por ex. escrever 5 algoritmos no papel em 30 minutos) e coisas desse tipo. Realmente o pessoal que a vida toda teve aquele emprego não esperava passar por isso agora, por isso tava todo mundo meio tenso. Mesmo assim, várias pessoas me deram apoio, principalmente a Linette, o Aleksey e meu chefe Dr. Gillam.
Hoje (sexta) de manhã, acordei cedo, peguei o trem e fui lá no prédio da Microsoft aqui em Washington. Fiquei um pouquinho ansioso é claro, mas quando cheguei lá tudo mudou. Todo mundo que conversei lá foi muito simpático comigo, a começar pela secretária.
Basicamente duas pessoas me entrevistaram. Uma querendo saber informações mais burocráticas, visto, etc. E o outro cara querendo saber do meu trabalho. Eu achava que ai ser um negócio barra pesada, mas acabou sendo algo super bacana, pelo menos eu achei. Pode ser que eu esteja muito enganado, mas minha impressão foi das melhores. A entrevista não passou de um bate-papo bem light, sobre robótica, IA, e temas de pesquisa. Falei sobre o que eu faço no hospital e sobre tudo que já fiz até hoje. E eu gosto pouco de falar disso né hehe, falei pelos cotovelos. E me saí bem, não engasguei muito, consegui falar bem eu acho. Sei que depois de conversar por uns 40 minutos, terminei convidando o cara pra ir no hospital ver o robo, mostrar o que eu já fiz com ele. E o que ele me disse foi: It was nice to talk with you. Ou seja, ele achou bacana nosso papo. Com isso eu não poderia sair de lá mais satisfeito. É claro, pode ser que eu esteja enganado, pode ser que embora eu tenha tido uma boa impressão as coisas deem um resultado adverso, sei lá, é esperar pra ver.
Saindo de lá aproveitei pra procurar um supermercado, já que aqui perto do hotel não tem. Dado que eu recebi meu salário atrasado essa semana, fiz uma extravagância, uma compra de 30 dolares hehehe. Pode ser pouco, mas antes eu só comprava 10, 15 dolares. Comprei várias coisas, até polenta hehe. E ta um calor infernal aqui, eu de camisa preta, carregando um monte de sacola, uma beleza.
Depois, fui pegar o metro de volta. Ao entrar na estação, o trem já tava parando. Corri pelas escadas com aquele monte de sacola e entrei alguns segundos antes dele fechar as portas. Ufa! Sentei sossegado e fomos em frente. Porém! Na estação seguinte percebi que eu tinha pego o trem no sentido errado. Eita cabeção! Tive que esperar a outra estação ainda pra descer e então pegar o trem no sentido certo. Mas cheguei a tempo de fazer meu macarrão caprichado e almoçar.
Acho que a minha parte eu fiz, minha missão eu cumpri. Semana que vem sai o resultado disso tudo e, quem sabe, eu serei um dos novos pesquisadores da Microsoft. Mas... caso nada de certo, eu volto pro Brasil e estarei feliz também, pois estarei com pessoas que eu adoro e fazendo algo que eu também adoro.
Bom fim de semana a todos!
4 comentários:
Temos sempre que nos esforçar pelas coisas que queremos, porém, tudo tem tempo certo para acontecer em nossas vidas. Torcemos "muitão" por boas novas, vc merece tb ser o sobrinho do Tio Patinhas, quero dizer Tio Bill.... hehehe.
Essa foi mesmo surpreendente e inesperada, é isso aí, qq que seja o desfecho já valeu muito a experiência vivida até aqui.
fica frio, tudo é uma experiência
valiosa, aproveite o máximo.
É meu irmão, tem é que aproveitar todas as oportunidades... Faleiq ue você não tava aí por acaso!
Abração
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